Posts Tagged ‘William Bonner’

Cinco questões que desafiam a grande mídia

6 de março de 2014

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A imprensa comercial joga contra o Brasil. No time da oposição, é a camisa 9 da propaganda antigoverno, se posicionando na grande área para as eleições.

Daniel Quoist, via Carta Maior

1. O PIB do Brasil cresceu 2,3% em 2013. Numa lista de 13 grandes economias, incluindo China e Estados Unidos, o Brasil apresentou o terceiro maior crescimento. Esse crescimento é ruim para o país? Para o país não, mas para a oposição além de medíocre, é sofrível! É como se os bicos dos tucanos tivessem rachado ao colidir com a parede da realidade mundial. Qualquer país adoraria conviver com a mediocridade de um crescimento de sofríveis 2,3% em seu PIB. Mas, para a velha turma do quanto pior melhor, nem se o crescimento fosse superior a 13% seria considerado razoável.

2. Qualquer militante oposicionista pode infernizar a vida dos petistas presos na Papuda? Pode e é simples: basta um jornal qualquer publicar que José Dirceu se comunicou com alguém usando um celular e então ou o ministro Joaquim Barbosa ou seu preposto, o delegado da Vara de Execuções Penais, Bruno Ribeiro, o mantém em regime fechado e adia até não mais poder o prazo para decidir sobre seu pedido para trabalhar fora do presídio. Se um site instrumentalizado pela oposição difundir com algum sucesso a notícia de que Delúbio Soares ofereceu uma feijoada na Papuda, tal versão já será mais que suficiente para trazê-lo de volta ao regime fechado. Mais um pouco e o estagiário de uma revista dirá que José Genoíno começou uma briga ao estilo “Velozes e Furiosos” no pátio de sua casa. Resultado: em meia hora estará amargando o regime fechado no pátio da Papuda.

3. Qual a reação do colunismo político sobre os rompantes, diatribes e chiliques de Joaquim Barbosa ao vivo e a cores na TV Justiça quando insiste em mostrar indisfarçável repulsa ao voto proferido por Luiz Roberto Barroso? Consideram politicamente muito pertinente e juridicamente muito natural. Recebe até conselhos para se aposentar antecipadamente e se candidatar nas eleições de 2014. Os motivos oferecidos à guisa de conselhos ao irritadiço ministro estão a um passo da infâmia: porque amargar uma derrota no STF e se “submeter” à presidência de Ricardo Lewandowski dentro de mais alguns meses? O ministro faz intervenções abruptas e histriônicas sempre de olho no relógio da Corte – há que estar sincronizado com o início do Jornal da Nacional da Globo. Não lhe parece natural que a bancada do JN deixe de mencionar seu nome e de lhe reforçar a aura de justiceiro solitário sempre que é feita a escalada das matérias.

4. Porque um jornal espanhol – o influente El País – afirma em sua capa que é praticamente unânime a avaliação de que a Petrobras é um sucesso no longo prazo e que a petrolífera brasileira será capaz de reduzir o endividamento este ano seguindo seu plano estratégico e, ao mesmo tempo, notícia como essa nem mesmo chega a ser considerada como nota de rodapé em qualquer dos tradicionais jornais brasileiros? Nossa imprensa tradicional só repercute no Brasil matéria publicada no exterior que diminua o prestígio do Brasil, ataque suas instituições econômicas a começar pela insistência na demissão do ministro Mantega ou que espinafre a organização da Copa 2014 e preveja a falência da Petrobras. Em síntese, repercussão apenas para o Brasil que não pode de modo algum dar certo. Porque o que dá certo levanta a bola do governo e levantando essa bola, mais água cairá no moinho da reeleição da presidenta Dilma. O risco para a grande imprensa é que o PT seja vitorioso e dessa vez… em primeiríssimo turno.

5. Luiz Roberto Barroso tem feito os mais brilhantes e bem fundamentados votos que um ministro do STF tenha proferido nos últimos anos sobre a AP 470, o dito “mensalão”, muito bem, porque então não recebe qualquer aplauso da grande imprensa? Porque o que interessa é manter o STF em seu viés máximo de partidarismo político, atuando como partido político de forma escancarada, transformando seu presidente Joaquim Barbosa em candidato à presidência da República e no único capaz de levar as eleições de outubro próximo para um hipotético segundo turno. Barroso é jurista, é professor de direito, é reconhecido nos meios jurídicos por um refinamento intelectual que destoa profundamente dos demais integrantes da Corte. Porque ao se posicionar sobre quaisquer temas jurídicos, Barroso tem mais é que ser escanteado para o banco de reservas. Sua postura, altivez e independência o tornam impossível de ser patrulhado e menos ainda de ser “colonizado” pela grande imprensa.

Jornal Nacional: William Bonner é corrigido ao vivo

21 de fevereiro de 2014

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O vídeo foi censurado pela Rede Globo, a mesma empresa de jornalismo que publicou um editorial defendendo a liberdade de imprensa. Como os internautas das redes sociais são teimosos, eles ficam replicando o vídeo em outros endereços. Talvez, quando você for assistir, o vídeo abaixo ainda esteja no ar.

Mário Augusto Jakobskind: Como se manipula a informação

27 de novembro de 2013

Midia_Donos02William Bonner, ao vetar esta ou aquela notícia, diz: “Essa o Homer não vai entender”. Ele refere-se ao “telespectador médio” do Jornal Nacional.

Mário Augusto Jakobskind, lido na Carta Maior

Não é de hoje que vários pensadores sérios estudam o mecanismo da manipulação da informação na mídia de mercado. Um deles, o linguista Noam Chomsky, relacionou dez estratégias sobre o tema.

Na verdade, Chomsky elaborou um verdadeiro tratado que deve ser analisado por todos (jornalistas ou não) os interessados no tema tão em voga nos dias de hoje em função da importância adquirida pelos meios de comunicação na batalha diária de “fazer cabeças”.

Vale a pena transcrever o quinto tópico elaborado e que remete tranquilamente a um telejornal brasileiro de grande audiência e em especial ao apresentador.

O tópico assinala que o apresentador deve “dirigir-se ao público como criaturas de pouca idade ou deficientes mentais. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantil, muitas vezes próxima da debilidade, como se o espectador fosse uma pessoa de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantil”.

E prossegue Chomsky indagando o motivo da estratégia. Ele mesmo responde: “se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, por razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos”.

Alguém pode estar imaginando que Chomsky se inspirou em William Bonner, o apresentador do Jornal Nacional que utiliza exatamente a mesma estratégia assinalada pelo linguista.

Mas não necessariamente, até porque em outros países existem figuras como Bonner, que são colocados na função para fazerem exatamente o que fazem, ajudando a aprofundar o esquema do pensamento único e da infantilização do telespectador.

De qualquer forma, o que diz Chomsky remete a artigo escrito há tempos pelo professor Laurindo Leal Filho depois de ter participado de uma visita, juntamente com outros professores universitários, a uma reunião de pauta do Jornal Nacional comandada por Bonner.

Laurindo informava então que na ocasião Bonner dissera que em pesquisa realizada pela TV Globo foi identificado o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se, segundo Bonner, que “ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como o BNDES, por exemplo. Na redação, o personagem foi apelidado de Homer Simpson, um simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão do mundo”.

E prossegue o artigo observando que Homer Simpson “é pai de família, adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja, é preguiçoso e tem o raciocínio lento”.

Para perplexidade dos professores que visitavam a redação de jornalismo da TV Globo, Bonner passou então a se referir da seguinte forma ao vetar esta ou aquela reportagem: “essa o Homer não vai entender” e assim sucessivamente.

A tal reunião de pauta do Jornal Nacional aconteceu no final do ano de 2005. O comentário de Noam Chomsky é talvez mais recente. É possível que o linguista estadunidense não conheça o informe elaborado por Laurindo Leal Filho, até porque depois de sete anos caiu no esquecimento. Mas como se trata de um artigo histórico, que marcou época, é pertinente relembrá-lo.

De lá para cá, o Jornal Nacional praticamente não mudou de estratégia e nem de editor-chefe. Continua manipulando a informação, como aconteceu recentemente em matéria sobre o desmatamento na Amazônia, elaborada exatamente para indispor a opinião pública contra os assentados.

Dizia a matéria que os assentamentos são responsáveis pelo desmatamento na região Amazônica, mas simplesmente omitiu o fato segundo o qual o desmatamento não é produzido pelos assentados e sim por grupos de madeireiros com atuação ilegal.

Bonner certamente orientou a matéria com o visível objetivo de levar o telespectador a se colocar contra a reforma agrária, já que, na concepção manipulada da TV Globo, os assentados violentam o meio ambiente.

Em suma: assim caminha o jornalismo da TV Globo. Quando questionado, a resposta dos editores é acusar os críticos de defenderem a censura. Um argumento que não se sustenta.

A propósito, o jornal O Globo está de marcação cerrada contra o governo de Rafael Correa, do Equador, acusando-o de restringir a liberdade de imprensa. A matéria mais recente, em tom crítico, citava como exemplo a não renovação da concessão de algumas emissoras de rádio que não teriam cumprido determinações do contrato.

As Organizações Globo e demais mídias filiadas à Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) raciocinam como se os canais de rádio e de televisão fossem propriedade particular e não concessões públicas com normas e procedimentos a serem respeitados.

Em outros termos: para o patronato associado à SIP quem manda são os proprietários, que podem fazer o que quiserem e bem entenderem sem obrigações contratuais.

No momento em que o Estado fiscaliza e cobra procedimentos, os proprietários de veículos eletrônicos de comunicação entram em campo para denunciar o que consideram restrição à liberdade de imprensa.

Os governos do Equador, Venezuela, Bolívia e Argentina estão no índex do baronato midiático exatamente porque cobram obrigações contratuais. Quando emissoras irregulares não têm as concessões renovadas, a chiadeira do patronato é ampla, geral e irrestrita.

Da mesma forma que O Globo no Rio de Janeiro, Clarín na Argentina, El Mercurio no Chile e outros editam matérias com o mesmo teor, como se fossem extraídas de uma mesma matriz midiática.

JN esquece do jornalismo e presta enorme serviço à igreja católica

17 de março de 2013
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Dom Odilo fala em deus e Patrícia responde emocionada: “Que assim seja.”

Lino Bocchini em seu blog Desculpe a nossa falha

A exemplo de quarta-feira, dia 13, quando foi eleito o novo papa, o Jornal Nacional de quinta-feira, dia 14, também foi quase todo dedicado ao assunto. Com a íntegra em mãos, planejava contar quantas vezes, em 33 minutos de noticiário, determinadas palavras apareceriam. Desisti após o primeiro bloco, quando já se somavam 23 “papas”, sete “Jesus Cristo”, seis “missa” e uma pilha de “cardeais”, “igreja”, “basílica”, “deus”, “cúria”, “senhor” etc. Montei então o roteiro de frases abaixo, todas ditas pelos apresentadores William Bonner (nos estúdios da Globo no Rio) e Patrícia Poeta (no Vaticano) e pelos repórteres da Globo que fizeram a cobertura por lá, na Argentina e em Jerusalém. Lembro que todo material abaixo vinha acompanhado da entonação certa, trilha “emocionante”, edição cuidadosa, sorrisos etc. As frases estão colocadas em ordem de aparição:

“O primeiro dia do novo papa, a primeira missa”

“Como o papa se tornou conhecido pela simplicidade”

“Um papa matutino”

“Começou impondo um estilo novo ao papado e recusou o carro oficial”

“‘Também sou um peregrino’, disse”

“Comportou-se como um padre, quase um pai de família. Nem usou o trono para a homília”

“Tem a simplicidade evangélica de João 23 e o sorriso paterno de João Paulo 1º”

“O papa Francisco começa a conquistar um certo fascínio que já existia entre os cardeais”

“O colégio, num grande e inteligente gesto, em poucas horas mudou o rosto da igreja”

Aí entra ao vivo dom Odilo Scherer, que respondeu a quatro perguntas rápidas. Terminou a última, sobre a “torcida brasileira” a seu favor, dizendo que “os cardeais deveriam escolher aquele que deus indicasse”. Ao que Patrícia Poeta emenda, emocionada: “Que assim seja.”

Vem então uma reportagem sobre beatificação de João Paulo 2º:

“O papa peregrino, João Paulo 2º, pregou com gestos a humildade … tinha sorriso sereno e cativante … enorme carisma de se comunicar com as multidões… apenas seis anos depois de sua morte, a igreja concluiu a beatificação, último passo, antes de torná-lo santo … O clamor começou logo após sua morte, em abril de 2005. Depois, veio a descoberta do primeiro milagre. A cura de uma freira francesa, que sofria de mal de Parkinson”. [O milagre entrou dessa forma, como uma notícia banal, sem a palavra “suposto” ou “segundo a igreja”]. E termina assim a matéria de João Paulo 2º: “A imagem de um dos papas mais adorados da história recente é o reflexo também do que a igreja busca com a escolha de agora: a força de um líder carismático e amado”.

Continuam as frases do JN:

“O moderado e humilde Jorge Bergoglio”

“Antes mesmo de se tornar papa, Jorge Bergoglio já era conhecido por cultivar hábitos simples”

“Nos primeiros gestos, nas primeiras palavras, já um jeito próximo, natural. ‘Irmãos, irmãs, boa noite’. Ali estava não mais o Jorge, mas o Francisco”

“O nome já era um recado, mas era necessário mais. E para esse papa, o mais era o menos. Despojado, sem joias, apenas a batina branca”

“Repare no crucifixo, é de aço, nem mesmo é de prata”

“[Deixou que] vários cardeais se apertassem no elevador com ele”

“O papa preferiu ir de ônibus com os cardeais, deixando o carro especial do pontífice seguir vazio”

“De onde vem essa inspiração, esse sentimento de humildade? Até agora, o próprio papa não falou nada sobre isso”

“Francisco parece já ter definido como prioridade do seu papado a solidariedade para os que mais precisam”

“Ontem ao se despedir do público, dizendo ‘boa noite, bom repouso’, parecia um pai que vela pelos filhos. Sua santidade. Santa simplicidade”

Começa um bloco sobre a vida de Jorge Bergoglio na Argentina. O JN lembrou rapidamente das críticas mais fortes que pesam sobre o novo papa, seu suposto apoio à ditadura no país vizinho:

“Durante a década de 1970, na ditadura argentina, Bergoglio era a principal autoridade eclesiástica do país. Um jornalista o acusou num livro de ter dado informações que levaram à prisão de 2 padres jesuítas, que supostamente teriam ligações com grupos de esquerda. Em sua defesa, Bergoglio disse que há um documento que prova o contrário, ele pediu a renovação dos vistos de permanência no país de um deles. Já um biógrafo do papa diz que ele agiu secretamente para ajudar a retirar perseguidos políticos da Argentina”.

Esse pedaço “crítico” do noticiário, que durou pouco mais de um minuto, termina assim:

“Papa Francisco tem posição semelhante à de Bento 16: é contra o uso de preservativos”.

Voltam as frases:

“Na terra santa, as pessoas rezaram e se disseram contentes com a escolha de um papa humilde, de nome Francisco”

“Por todo oriente médio foi assim: atenções voltadas para o homem de fala suave e olhar sereno”

“Já que estamos falando de carisma, o que chamou a atenção hoje aqui nas ruas do Vaticano foi o número de fiéis tirando fotos, entrando nas lojas e perguntando se tinha um santinho, um terço, uma lembrança do novo papa. Isso horas depois de ele ter sido eleito. E quem procurou muito, acabou encontrando. Eu achei, nós procuramos bastante e achamos, tá aqui: ‘Habemus Papam Franciscum’ [e mostra um santinho com a cara do argentino]. Tá aqui Bonner, tô mostrando pra vocês”

No bloco final, a ameaça de um pouco de jornalismo:

“Apesar de tanto segredo, a imprensa daqui começa a publicar alguns detalhes do conclave que elegeu o novo papa. De acordo com o que um respeitado vaticanista declarou a um jornal italiano, a primeira votação apresentou o italiano Ângelo Scola, o canadense Mark Ouellet e Jorge Bergoglio com mais votos”.

Patrícia Poeta, contudo, desconversa:

“Mas isso não importa mais”.

E volta ao normal:

“Em mais uma demonstração do bom humor que estamos começando a conhecer, o papa brindou com os cardeais que o escolheram”

Por fim, recebe os cumprimentos do parceiro de mesa e editor do JN, William Bonner, que encerra assim o jornal:

“Missão cumprida, Patrícia. Para você e para toda nossa equipe que fizeram esse trabalho belíssimo aí no Vaticano, parabéns”.

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“Missão cumprida, Patrícia. Parabéns.”

***

Leia também:

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Que fase: Audiência do programa eleitoral supera a do Jornal Nacional

11 de setembro de 2012

Via Portal BOL

O horário eleitoral noturno, no ar desde o último dia 21, está superando em ibope o Jornal Nacional, tradicionalmente a segunda ou terceira maior audiência da tevê aberta brasileira.

Até a noite de quarta-feira, dia 5, 14 blocos de propaganda política haviam sido apresentados. Nove deles foram mais vistos do que as edições do telejornal da Globo que os precederam. O JN só desbancou o bloco político no primeiro (21 de agosto), no décimo (31 de agosto) e no 11º dia (1º de setembro) de “concorrência”. Houve ainda dois empates: um no dia 23 de agosto, quando a média arredondada dos programas foi de 25 pontos, e outro no dia 25 de agosto, quando ambos cravaram idênticos 22,6 pontos. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

As 14 primeiras edições do programa jornalístico em novo horário (às 20 horas, meia hora antes do habitual) registraram média de 24,8 pontos (25, no arredondado), ante 25,6 (26, no arredondado) da faixa de propaganda política.

No acumulado do ano até o fim de julho, o Jornal Nacional tem 30 pontos de média. Ou seja: a queda com o começo da campanha na TV é de cerca de 17%.

O bom desempenho do horário eleitoral na Globo poderia ser atribuído ao sucesso do programa que o sucede, a novela Avenida Brasil, uma das de maior repercussão da última década. Mas uma análise detalhada dos números mostra que a audiência da propaganda política se mantém estável ao longo dos 30 minutos de duração do segmento. O que significa que a expectativa pelo começo da novela não infla artificialmente o Ibope dos reclames dos candidatos.

Nos três relatórios de audiência minuto a minuto, a oscilação entre a média dos 15 primeiros minutos e a dos 15 últimos da faixa eleitoral é de, no máximo, 1,4 ponto para cima. (Lucas Neves)


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