Posts Tagged ‘Queda’

TV Globo: Desfiles e Fantástico têm as piores audiências da história, dentre outros programas

6 de março de 2014

Globo_Audiencia03_Queda

Altamiro Borges em seu blog

O insuspeito Ibope – que o blogueiro Paulo Henrique Amorim apelidou certeiramente de Globope – trouxe péssimas notícias para a Rede Globo nos últimos dias. Segundo sua sondagem, o programa Fantástico de domingo, dia 2, registrou a sua pior audiência da história na região metropolitana de São Paulo. “Ele gravou 15 pontos, batendo o recorde negativo anterior, de 15,9, em 27 de outubro. No Carnaval de 2013, o Fantástico marcou 17 pontos.”, informa o sítio especializado “Notícias da TV”, editado por Daniel Castro. Mas esta não foi a única atração da TV Globo a sofrer baixa. Os telejornais e até as novelas estão em declínio. Apesar da queda de audiência, porém, as Organizações Globo continuam abocanhando boa parte dos bilionários recursos em publicidade.

Ainda segundo o sítio “Notícias da TV”, o Carnaval deste ano não deixará saudades aos donos da emissora. “O primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro deve entrar para a história da Globo como a pior audiência já obtida na transmissão do Carnaval. De acordo com dados preliminares, a Globo teve média de 6,8 pontos na Grande São Paulo e chegou a ficar atrás da Record durante alguns minutos. Se os relatórios consolidados do Ibope confirmarem o desempenho, terá sido o recorde negativo da Globo com Carnaval… No ano passado, a Globo fez 7,6 pontos com o primeiro dia de desfiles do Rio. Em 2012, marcou 8,3. Cada ponto na Grande São Paulo equivale a 65 mil domicílios em 2014”, relata Daniel Castro.

No caso das novelas, o segundo mês do novo dramalhão da emissora, “Em Família”, também foi preocupante. Pesquisa do Ibope de sábado apontou que ela alcançou 31 pontos da Grande São Paulo. É o segundo pior início de novela das nove na história da emissora, superando apenas o mesmo período de “Salve Jorge”, de Glória Perez, que marcou 30,7 pontos no Ibope. A situação mais dramática, porém, parece ser a dos programas de entretenimento da TV Globo. A audiência do “Vídeo Show” despencou depois que passou a ser apresentado por Zeca Camargo, em novembro passado. O programa intercala entrevistas com celebridades e reportagens de bastidores da emissora, mas ainda não convenceu os telespectadores e corre o risco de sofrer drásticas alterações.

Por último, no que se refere aos telejornais, o cenário também não é nada bom para os apresentadores Willian Waack e Christiane Pelajo, do ultradireitista “Jornal da Globo”. Na quinta-feira, dia 27, ele registrou 6,7 pontos no Ibope, contra 8,8 do SBT. “No confronto, a Globo perdeu para A Praça É Nossa (9,3 a 7,2) e Conexão Repórter, de Roberto Cabrini (7,9 a 5,9)”, descreve o sítio “Notícias da TV”. Mas todas estas sondagens negativas, que se repetem há várias semanas, não devem tirar o sono dos três filhos de Roberto Marinho, que herdaram o império global e figuram na lista de maiores bilionários do Brasil no ranking da revista Forbes divulgado nesta semana. Apesar da seguida queda de audiência, a Rede Globo continua a campeã no riquíssimo mercado publicitário do país.

Segundo reportagem de Mariana Barbosa, na Folha, “o investimento em publicidade no Brasil cresceu 6,81% em 2013, alcançando R$47,9 bilhões. Descontada a inflação, o crescimento real foi de 0,85%… Do investimento total do ano passado, R$40,26 bilhões foi o faturamento de veículos de comunicação com venda de espaço publicitário. O restante foi o investimento na produção de filmes e peças de campanha. Os números são do Projeto Inter-Meios, relatório auditado pela Price Waterhouse Cooper para o Grupo Meio & Mensagem. O estudo é feito com base em números passados pelos veículos de comunicação, já retirados os descontos nas negociações com as agências” – o famoso Bônus de Volume, uma forma de propina muito utilizada pelos donos da TV Globo.

“A Price audita 80% do mercado (R$32,2 bilhões) e, no caso de internet, isso inclui apenas os portais. O faturamento publicitário de Google, Facebook e outras empresas de internet estrangeiras que não divulgam os dados é estimado em R$8 bilhões. Considerando os números auditados, a tevê continuou ampliando sua participação, encerrando o ano com 66,5% do total dos investimentos em mídia, crescimento de 9,8%. O meio jornal encerrou o ano em segundo lugar, com 10,1% de participação e receita de R$3,3 bilhões (queda de 3,8%). Revista ficou com 5,5% (7,6% menos ante 2012). A tevê por assinatura ganhou espaço: cresceu 18% e ficou com 4,9% do total investido. Já os portais de internet receberam 4,4% da verba e, pela primeira vez, viram o faturamento encolher (5,6%). O meio rádio obteve 4,1% de participação (alta de 10,5%). O segmento de mídia exterior, com fatia de 3,4%, teve a maior alta percentual: 21,8%”.

Audiência despenca: Sanduíche à moda da Globo

2 de janeiro de 2014
JN_Patricia_Bonner02A

Queda de audiência? Culpa é das novelas.

O JN virou apenas um entremet muito do insosso entre um melodrama e outro.

Nirlando Beirão, via CartaCapital

Sempre revolucionário – sem mencionar outros atributos seus, como a blindada imparcialidade, o apartidarismo irrestrito e o compromisso em defender os interesses da nação, e não os do casa –, o jornalismo da Globo inverteu a lógica do sanduíche, segundo a qual o recheio deve ser mais saboroso do que as peças que o contêm.

O Jornal Nacional, sob a expertise do chef Ali Kamel, decretou, voluntariamente ou não, outro método de degustação. As novelas das 7 e das 9 é que falam hoje ao apetite – peculiar que seja esse apetite – do telespectador. O JN virou apenas um entremet muito do insosso entre um melodrama e outro.

O Ibope, a quem não se pode atribuir propósito de prejudicar a Globo, indica que a plateia do JN minguou em 30% nos últimos dez anos. Na esteira do show produzido em conjunto pela Globo e pelo Supremo Tribunal, o carro-chefe do jornalismo platinado mergulhou recentemente em inéditos 18 pontos de audiência. Um recorde.

Em prol dos imperativos comerciais (a publicidade brasileira é a última adepta do JN), o jornalismo da Globo inverte mais uma vez a realidade e tenta atribuir às novelas – a que a precede e a que a sucede – a culpa pelo desastre de público. Mas está na cara que, dos vilões que o JN operosamente fabrica, nenhum tem a mesma graça perversa, por exemplo, daquele Félix de Amor à Vida.

Haverá quem queira tributar os tropeços do JN a detalhes menores como, digamos, a credibilidade. Bobagem: credibilidade nunca foi o forte da Globo, mesmo antes do Ali Kamel.

Com queda de 73% em mortalidade infantil, o Brasil é destaque de relatório da Unicef

22 de dezembro de 2013

Bebe01

Via BBC Brasil em 15/12/2013

Uma queda de 73% na taxa de mortalidade infantil do Brasil em apenas duas décadas foi um dos destaques de um relatório da Unicef divulgado. Segundo o estudo, a taxa brasileira caiu de 58 para 16 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2011. Em 2000, o índice era de 36 por mil nascidos vivos – o que faz com que a queda tenha sido de 56% desde então.

Ainda com essa redução drástica, 40 mil crianças morreram antes de completar cinco anos no Brasil no ano passado (contra 205 mil em 1990).

“No Brasil, programas comunitários e estratégias de saúde para a família foram implementados desde a década de 1990 para oferecer cuidados de saúde primários (à população)”, explica o relatório. “Isso ajudou a expandir o acesso aos serviços de saúde, reduzir as desigualdades na cobertura e cortar as taxas de mortalidade infantil.”

Segundo a Unicef, outros fatores que ajudaram a reduzir as mortes de crianças no Brasil incluem “melhorias nos serviços de saneamento básico, nos níveis educacionais das mães e nos índices de aleitamento materno e vacinação, além do crescimento na renda das famílias”.

A queda no Brasil foi acompanhada de uma redução menos acentuada nos índices globais no mesmo período. Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram antes de completar cinco anos – um total de 19 mil por dia. Em 1990, foram 12 milhões de mortes.

Países problemáticos
Para a Unicef, esse declínio geral se deve às melhorias das condições de vida em regiões carentes e às campanhas de vacinação e de conscientização sobre a importância do aleitamento materno.

Segundo a agência da ONU, nos países pobres, as maiores quedas ocorreram em lugares que receberam ajuda externa, como a República Democrática Popular do Laos, o Timor Leste e a Libéria.

Mas em alguns países a situação piorou desde 1990, entre eles República Democrática do Congo, Chade, Somália, Mali, Camarões e Burkina Faso.

Em 2011, metade das mortes infantis ocorreram em apenas cinco países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China. E quase todas as 500 mil mortes por malária ocorreram na África Subsariana.

De acordo com a Unicef, os conflitos armados estão entre os principais fatores de risco para o problema da mortalidade infantil. No total, oito dos dez países com as maiores taxas têm algum tipo de conflito ou instabilidade.

As cinco principais causas de mortes entre crianças menores de cinco anos no planeta são pneumonia (18%), complicações neonatais (14%) diarreia (11%); complicações durante o parto (9%) e malária (7%).

Cerca de 40% das mortes ocorrem durante os primeiros 28 dias de vida da criança, estando a desnutrição ligada a mais de um terço desses óbitos.

A locomotiva continua descarrilada: PIB dos 22 estados mais pobres cresce e o de São Paulo cai

19 de dezembro de 2013

PIB_SP01

Segundo o IBGE, a participação dos menores estados no PIB nacional aumentou 2,8% de 2002 a 2011. Na mesma comparação, São Paulo perdeu espaço, com um recuo de 2,1%.

Lilian Quaino, via Portal G1

Desde 2002, a participação dos 22 estados brasileiros com menores Produtos Internos Brutos (PIBs) no resultado das contas nacionais cresceu 2,8%, enquanto, no grupo dos cinco maiores, no mesmo período, a participação de São Paulo na formação do índice caiu 2,1%, e a soma dos outros quatro mais poderosos Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, recuou 0,7%.

A perda de espaço de São Paulo na composição do PIB nacional se deve principalmente à queda na atividade da indústria de transformação, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22).

O IBGE divulgou as Contas Regionais do Brasil de 2011 e, segundo a pesquisa, o grupo dos cinco maiores estados concentraram, naquele ano, 65,2% do PIB. Mas o quadro da produção e riquezas do país em 2011 pode ser dividido em três partes quase iguais: São Paulo, com 32,4% de participação; Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná, com 32,6%; e os demais 22 estados com a fatia restante de 34,8% na formação do PIB nacional.

“A concentração econômica chama a atenção, ao longo da análise da série, iniciada em 2020, esses 22 estados ganharam mais participação que os outros grupos”, disse Frederico Cunha, gerente das Contas Regionais do IBGE.

Segundo explicou, o grupo dos menores PIBs cresceu sua participação puxado por estados como Espírito Santo, que desde 2002 avançou 0,5% como grande produtor de commodities minerais e agrícolas; Pará, crescimento de 0,4% em relação a 2002 por conta da exportação de minério de ferro, que tornou o estado a maior economia do Norte; Mato Grosso, maior estado agrícola do país e que vem apostando na industrialização, teve alta de 0,3% na participação do PIB nacional em nove anos; e Santa Catarina, de agropecuária pujante e indústria diversificada.

O crescimento da participação desses estados poderá alterar o quadro que ainda se mantém de menor PIB per capita nas regiões Norte e Nordeste. Em 2011, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná apresentaram PIB per capita acima da média brasileira, que era de R$21.535,65. O Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro, R$63.020,02, representou quase três vezes a média brasileira e quase o dobro da registrada em São Paulo (R$32.449,06), o segundo maior do país. Entre os estados com PIB per capita menor, estão Maranhão (R$7.852,71) e Piauí (R$7.835,75), que foram cerca de 36% do brasileiro.

“Em alguns estados a distância entre os PIBs per capita tem diminuído em função do crescimento do grupo dos menores”, disse Cunha.

Entre 2010 e 2011, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso tiveram as maiores participações na agricultura do país, sendo que Minas cresceu seu espaço em 0,9% por conta da recuperação dos preços do café e da cana-de-açúcar, este último, também ajudou São Paulo a crescer sua participação em 0,8% no período.

Enquanto São Paulo perdeu espaço na indústria, principalmente na de transformação, Rio de Janeiro e Espírito Santo foram beneficiados pela recuperação dos preços do petróleo, e Pará e Minas, pelos preço do minério de ferro, explicou Cunha.

Os urubólogos cortam os pulsos: Inflação cai de novamente

11 de outubro de 2013

Inflacao_Set13

Fernando Brito, via Tijolaço

Na quarta-feira, dia 9, o IBGE divulgou o IPCA de setembro: 0,35%, como todo mundo esperava. Claro que os jornais vão dar uma “puxadinha” por ter ficado acima dos 0,24% de agosto, mas não terão como registrar que, no acumulado, a inflação segue uma trajetória de queda, em lugar da alta explosiva que cansaram de prever, inclusive com o “estouro” do teto da meta, de 6,5%.

A inflação acumulada baixou para 5,83% e pode fechar o ano até abaixo de 5,5%, abaixo do registrado no ano passado, porque os índices dos três meses finais do ano, em 2012, foram elevados e não há sinais de que venham a se repetir.

Ninguém aqui é gênio. Todos os que acompanham a economia brasileira sabiam disso e, se não diziam, era – e é – por interesses políticos e, cada vez mais, eleitorais.

Paradoxalmente, porém, a queda da inflação abre espaço para um realinhamento de preços “problemáticos”, como o dos combustíveis.

Explico: janeiro, fevereiro e, algumas vezes, março são meses em que, por motivos sazonais – clima, no caso dos alimentos, e reajuste de contratos e serviços em janeiro – são comuns as elevações de preços.

E o ano que vem, além disso, vai começar com uma pressão mais intensa da mídia sobre a população em matéria de terrorismo inflacionário.

Até porque só um desastre econômico, ainda que mais figurado que real, é sua esperança em outubro.

Como a internet está arrebentando a audiência da Globo

20 de agosto de 2013

Globo_Audiencia_Queda

Não é apenas o Jornal Nacional que perdeu um terço do público na última década.

Paulo Nogueira, via Diário do Centro do Mundo

Dias atrás circulou na internet um levantamento. Nos últimos dez anos, o Jornal Nacional perdeu um terço da audiência. Quem ganhou? Não foi a concorrência na tevê. Foi a internet.

Todos já notaram que a internet está matando a mídia impressa – jornais e revistas. Mas são poucos os que estão enxergando um pouco adiante: a tevê, tal como a conhecemos, já está também no corredor da morte, sob a ação da internet.

Uma pesquisa da prestigiosa Forrest traz um dado que conta tudo: hoje, os brasileiros gastam três vezes mais tempo na internet do que na tevê. E, dado o crescimento avassalador da internet, logo serão quatro vezes mais, e cinco, e seis – até o traço.

Não é apenas o Jornal Nacional que emagreceu consideravelmente nestes dez anos em que a internet se consolidou entre os brasileiros. O Domingão do Faustão, em São Paulo, o mercado que é referência para o mercado publicitário, desabou ao longo dos últimos anos para 10% do Ibope.

Pouco tempo atrás, executivos da Abril entrevistaram estagiários. Foi perguntado a eles: “Quem vê o Faustão?” Ninguém. Também foi perguntado quem lia a Veja e a Exame, e uma mão misericordiosa se ergueu.

O Fantástico é, hoje, uma ruína dominical. Nos anos de 1980, seu apogeu, a audiência passava de 40%. Hoje, está na casa dos 13%, 14%. Outra ruína dominical é a Fórmula 1: perdeu metade do público de 2003 para cá.

O último reduto da Globo, as novelas, seguem o mesmo percurso. Na década de 1980, Roque Santeiro teve, em seu pior dia, 58% de audiência. No melhor, 95%. Dez anos atrás, Senhora do Destino teve média de 50%. No ano passado, Salve Jorge ficou em 30%.

Hoje, a Globo é notícia muito menos por sua programação do que por coisas como o esdrúxulo horário do futebol por força da novela e a supersonegação na compra dos direitos da Copa de 2002.

Resta o paradoxo da publicidade.

Mesmo com audiência em dissolução, a Globo continua a faturar absurdamente em publicidade. Mesmo o governo – sistematicamente atacado pelos medalhões da Globo em todas as mídias – colocou cerca de R$6 bilhões em propaganda na empresa nos últimos dez anos.

O milagre-truque se chama Bonificação por Volume, ou BV, uma criação de Roberto Marinho. É uma comissão, ou propina, paga às agências. Quanto mais elas anunciam na Globo, mais ganham. Hoje, muitas agências dependem do BV da Globo. Mas até quando elas vão anunciar num Faustão ou num Fantástico? Quando a audiência recuar para um dígito, que anunciante tolerará o emprego de seu dinheiro conveniente apenas para a Globo e para a agência?

Na verdade, surpreende que os anunciantes não tenham se insurgido, ainda, contra o macabro expediente do BV. Os anunciantes encontram seus consumidores onde? No Fantástico ou na internet?

Ora, já hoje os brasileiros gastam três vezes mais tempo na internet que na tevê. Ponhamos dez anos na frente, e com a velocidade arrasadora que a internet tomou.

Que será a Globo em 2023? Estará viva? É possível. Mas não será sombra do que foi um dia e nem do que é hoje.

JN_Audiencia01


%d blogueiros gostam disto: