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Novo procurador-geral critica “autismo” e falta de transparência da gestão Gurgel

27 de setembro de 2013
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Para Janot, Procuradoria Geral da República deve dialogar mais com outros poderes.

Sobre mensalão tucano, engavetado pelo antecessor, Rodrigo Janot diz que trabalhará para evitar prescrições de penas.

Via Rede Brasil Atual

Em entrevista concedida aos repórteres Felipe Recondo e Andreza Matais, para o jornal O Estado de S.Paulo, o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deixou claro que está disposto a imprimir ao Ministério Público Federal um ritmo menos partidarizado e mais transparente do que seu antecessor no cargo, Roberto Gurgel. Ele critica o “autismo” que tomou conta do órgão não gestão passado, devido ao que ele chama de falta de diálogo com os demais poderes, e se recusou a classificar o chamado “mensalão” como “maior escândalo de corrupção da história do Brasil” – como fazia Gurgel. Para Janot, “toda corrupção é ruim”. O importante a destacar, segundo o novo procurador, é que houve investigação e julgamento, o que contrasta com a ideia de suposta impunidade. Perguntado se vai acelerar o processo que tratada do chamado mensalão tucano, que ocorreu em Minas Gerais nos governos Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Azeredo, ambos do PSDB, Janot respondeu: “Pau que dá em Chico dá em Francisco”. Abaixo a íntegra da entrevista publicada

O processo do “mensalão” está acabando. O senhor vai acelerar o processo do mensalão mineiro?

Pau que dá em Chico dá em Francisco. O que posso dizer é que, aqui na minha mão, todos os processos, de natureza penal ou não, vão ter tratamento isonômico e profissional. Procuradores, membros do Ministério Público e juízes não têm processo da vida deles. Quem tem processo da vida é advogado. Para qualquer juiz e para o Ministério Público todo processo é importante.

O crime de formação de quadrilha no mensalão mineiro já prescreveu. O senhor vê novos riscos?

Uma das minhas formas de trabalho aqui é dar a prioridade a qualquer processo com risco iminente de prescrição. Isso é buscar efetividade da justiça.

O senhor já disse que não deve pedir prisão imediata dos réus do “mensalão”. Mas vai agilizar os pareceres aos embargos infringentes?

Eu tenho de esperar o acórdão. Vou me desincumbir do que tenho de fazer o mais rápido possível. Mas não posso dizer se vou usar o prazo todo ou não. Vai depender do acórdão. Eu vou inclusive usar o recesso. Não vou tirar férias.

O senhor considera que o julgamento do “mensalão” foi um marco contra a impunidade?

Não. Eu tenho muito receio de dizer que um processo é um marco contra a impunidade, que é marco disso ou daquilo. Eu espero que isso contribua, dentro de um contexto maior, para que todo o processo chegue ao final com o resultado que a lei prevê. Será que esse é o grande marco? Não sei se é o grande marco. Eu olho pra trás e vejo que este julgamento, há 20 anos, não teria ocorrido, não existiria o processo. Essa tem que ser a grande mudança.

Por que não haveria processo há 20 anos?

Havia uma resistência a se aplicar igualmente a lei para todo mundo. Hoje a República é mais República.

O senhor comunga da ideia de que foi o maior escândalo da história do País?

O que é maior? Receber um volume de dinheiro de uma vez só ou fazer uma sangria de dinheiro da saúde, por exemplo. São igualmente graves, mas eu não consigo quantificar isso. Não sei o que é pior. Não sei se este é o maior caso de corrupção, não. Toda corrupção é ruim.

Talvez pelo envolvimento da cúpula de um governo.

E a [corrupção] difusa? Envolve também muita gente. Dinheiro que sai na corrupção falta para o atendimento básico de saúde, educação e segurança pública. Toda corrupção é ruim.

O senhor já disse que não defende a prisão agora dos condenados do “mensalão” com novo julgamento. E os demais?

Para esses, transitando e julgando a prisão é decorrente. Para os demais [que terão um segundo julgamento], só depois da publicação do acórdão.

O senhor defende a extinção do foro privilegiado ou a mudança poderia gerar mais impunidade?

Quanto mais se sobe o foro, mais diminui a revisão dos julgados. Se você diminui a revisão do julgado, maior é o risco de ter erro. Essas questões têm que ser colocadas de maneira clara na mesa para discutir esse assunto.

O senhor disse que tem disposição ao diálogo. Isso tem a ver com pessoas que o senhor investigará?

Investigação não é diálogo. Falo de relação institucional entre poderes.

Esse diálogo faltou nos últimos anos?

O Ministério Público se fechou. Virou uma instituição autista. Diálogo não é composição. Se eu tiver de investigar, eu vou investigar. Eu sou mineiro ferrinho de dentista.

Como o senhor pretende acelerar processos que estão no Ministério Público?

Vou dar maior transparência às questões que tramitam no gabinete do procurador-geral. A sociedade brasileira tem direito de saber o que tem aqui dentro, como tramitam os processos e os prazos. Eu quero abrir o gabinete. Minha segunda meta é acabar com os processos que ficam na prateleira. O acervo é a massa do diabo. Não podemos ter medo de arquivar e de judicializar.

O senhor é a favor de flexibilização das regras para criação de novos partidos?

Não temos de flexibilizar. Temos de cumprir a lei. A lei fixa os requisitos para a criação dos novos partidos. Nós temos de ver se os requisitos foram cumpridos. Ponto.

O senhor enviará proposta ao Congresso para diminuir benefícios salariais para os membros do Ministério Público, como auxílio-moradia ou licença prêmio?

Eu discuto o estatuto [do Ministério Público] como um todo. Para que eu possa enviar uma proposta cortando o que está previsto no estatuto, tenho que negociá-lo como um todo. Duvido que qualquer colega meu não deixe de trocar privilégio pela garantia de investigação.

Outros procuradores-gerais da República já saíram com a pecha de engavetador e prevaricador. O senhor quer deixar qual marca?

Quero deixar uma marca: simplicidade. Só.

A igreja Assembleia de Deus faz mutirão para viabilizar o partido de Marina

15 de maio de 2013
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Marina mira suas garras nos evangélicos.

A cota de evangélicos é de um quinto das assinaturas do Rede, novo partido das ex-verde.

Via Valor Econômico

Em frente à Assembleia de Deus – Ministério do Belém, na capital paulista, duas mulheres, com prancheta nas mãos, se aproximam dos homens que chegam apressados à igreja, segurando Bíblias. Vestidas com camiseta do Rede Sustentabilidade, as voluntárias pedem assinaturas para o partido articulado pela ex-senadora Marina Silva, antes da reunião mensal que reúne até 3 mil pastores e obreiros. “É para apoiar a Marina”, diz uma das mulheres, exibindo uma foto da ex-senadora. Na porta do templo, são distribuídas fichas para a coleta de 66 mil assinaturas.

Cada religioso ganha um envelope com 11 folhas, com espaço para 33 assinaturas. “O pastor Lélis pediu para pegar e devolver preenchida”, diz o pastor que entrega as fichas. A orientação é devolver tudo completo dentro de uma ou duas semanas.

O nome do pastor Lélis Washington Marinhos, uma das lideranças do Ministério do Belém, quebra a resistência dos que não sabem para quem coletarão assinaturas. “Não é um trabalho oficial da igreja, mas é um exercício de cidadania”, diz o pastor, que é presidente do conselho político nacional da Convenção Geral das Igrejas Assembleia de Deus no Brasil. “Temos formadores de opinião e é justo que eles opinem. Todos têm liberdade”, afirma. A relação com Marina é amistosa. “Ela goza da simpatia da igreja”, diz, lembrando que a ex-senadora é integrante da igreja em Brasília.

O pastor Luciano Silva, de 37 anos, que acompanhava a ação na igreja, diz ter pegado fichas para coletar 9 mil assinaturas. “Marina é irmã. Tem origem humilde e sempre lutou pelas causas sociais. As pessoas têm boa aceitação”.

À frente do contato com os evangélicos está o presbítero Geraldo Malta, de 54 anos, um dos fundadores do PSDB e responsável pela aproximação de José Serra com pentecostais e neopentecostais nas campanhas pela Prefeitura de São Paulo em 2012 e pela Presidência em 2010. Malta é assessor do deputado federal Walter Feldman (PSDB), um dos articuladores do Rede Sustentabilidade.

A expectativa de coleta nas igrejas evangélicas da capital paulista, diz Malta, é de 80 mil a 100 mil assinaturas – quase um quinto das 492 mil necessárias para viabilizar o novo partido. “Já visitamos quase todas as denominações evangélicas”, diz. No mesmo dia em que foi ao Ministério do Belém, Malta pediu apoio ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus do Brás, e ao presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso, ligado à Assembleia de Deus.

A busca de assinaturas entre evangélicos, no entanto, é apenas um dos caminhos investidos pelos articuladores do Rede Sustentabilidade para tentar viabilizar o partido. Na comemoração do 1º de Maio, o grupo pediu permissão ao presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT), para coletar assinaturas na festa da central sindical e conseguiu cerca de 3 mil apoios, segundo Malta.

As universidades são um dos focos do partido. A coleta é reforçada quando Marina é convidada a fazer palestra aos estudantes, como na USP leste, na capital paulista, na semana passada. Parques, praças públicas e onde há aglomeração de pessoas, como perto de estações de metrô, são outros pontos em que há voluntários do Rede.

Há também a mobilização de deputados de diferentes legendas, como o tucano Feldman, Dr. Ubiali (PSB/SP), Domingos Dutra (PT/MA) e Alfredo Sirkis (PV/RJ), que poderão ingressar na sigla.

Artistas têm ajudado a dar visibilidade ao grupo e nesta semana a coleta de assinaturas será reforçada durante show de Adriana Calcanhoto, com Nando Reis e convidados em São Paulo, feito exclusivamente para apoiar o partido e angariar fundos para bancar a coleta.

O partido também investe na mobilização nas redes sociais e na internet. Há uma ficha disponível no site da legenda para quem quiser coletar assinaturas por conta própria. Responsável pela coordenação executiva do grupo, a advogada Marcela Moraes, de 32 anos, diz que há sete mil pessoas inscritas como voluntárias em todo o país.

A presença de Marina nos eventos de coleta dá visibilidade nos meios de comunicação. Em visita a São Paulo, em março, cercada por jornalistas e fotógrafos, a ex-senadora chamava a atenção nos mercados públicos por onde passou para pedir apoio. Com calça jeans e tênis, Marina explicava: “Não é filiação ao partido. É endosso. É concordar que o partido seja criado”.

Depois de cumprimentar Marina, a aposentada Madalena Prestes, de 64 anos, diz ter assinado a ficha por desejar mudanças na política. “Quero que ela faça alguma coisa. Estou cansada desses partidos”.

Para bancar parte dos custos, o grupo de Marina organizou dois eventos com empresários e apoiadores para levantar recursos, em São Paulo e em Brasília. A maior parte dos cerca de R$55 mil arrecadados veio de doadores da campanha presidencial de 2010, como Guilherme Leal, da Natura.

O Rede agora corre contra o tempo para conseguir o registro da Justiça Eleitoral até 5 de outubro, prazo que permitiria disputar a eleição de 2014 e dar legenda para a candidatura de Marina. E se não der tempo de registrar o partido até outubro, há possibilidade de concorrer por outro partido? Feldman evoca Marina e diz: “Ela sempre fala o seguinte: quem tem plano B não tem plano A”, afirma. “Não existe a possibilidade de não dar certo”.

Roberto Azevêdo vai comandar a OMC. Para desespero de alguns “brasileiros”

7 de maio de 2013

OMC_Roberto_Azevedo01Apesar da torcida contra dos grandes meios de comunicação – estes que recebem milhões e milhões em publicidade da Secom do governo federal – representante brasileiro foi eleito para comandar a Organização Mundial do Comércio.

Via De Brasília

Antes de mais nada, a eleição de Roberto Azevêdo (foto) é o reconhecimento mundial do acerto que o Brasil fez na condução de sua política externa desde a chegada de Lula e do PT ao Governo em janeiro de 2003. Em lugar da postura de subserviência e repugnante submissão, emergiu um País ativo nos fóruns internacionais, com forte presença em todos os momentos – jamais se omitindo a dizer qual a sua posição.

As viúvas de FHC – e que são sempre entrevistadas pelos meios de comunicação no Brasil – jamais aceitaram que em lugar de alguém se prostrando de quatro – numa cena venal e vexatória que passou pela retirada dos sapatos para entrar na América do Norte – estivesse um país que impôs a si próprio a condição de interlocutor e de protagonista.

Foi interessante observar nos últimos dias a indisfarçável alegria com que os jornaleções, que hoje espalham sua imundície em portais da internet, davam conta de deserções na contabilidade brasileira. Chegaram ao ponto de considerar “perda” a negativa do Paraguai em apoiar o candidato brasileiro – numa clara demonstração de “secação”.

Quando ontem [6/5] a União Europeia divulgou que votaria em bloco no candidato mexicano, mais dócil aos interesses dos ianques (eu me nego a chamar os moradores de lá de riba de “americanos”, porque eu também sou americano), o portal UOL praticamente decretou a derrotado do brasileiro – e fez isso com incontida alegria.

Algumas repercussões interessantes:

● A eleição do embaixador brasileiro Roberto de Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), representa a confiança da comunidade internacional no Brasil, diz a especialista em comércio exterior Marília Castañon Pena Valle, ex-coordenadora-geral do Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). [Agência Brasil]

● A eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) representa que há uma “ordem internacional em transformação”, segundo o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. Para ele, significa que os países em desenvolvimento e pobres avançam em suas conquistas. O chanceler disse hoje [7/5] que a vitória de Azevêdo se deve a uma campanha intensa, que mobilizou o governo e ganhou apoio em todos os continentes. [Agência Brasil]

● A presidenta Dilma Rousseff parabenizou hoje [7/5] o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo pela eleição para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O brasileiro disputou com o mexicano Hermínio Blanco, e assume o cargo no dia 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy.

Dilma telefonou para Azevêdo por volta das 15h, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e manifestou a satisfação pela escolha do brasileiro para liderar a OMC em um momento no qual o mundo se recupera da crise financeira de 2008.

“Ainda sofrendo os efeitos da crise mundial iniciada em 2008, caberá à OMC nos próximos anos dar um novo, equilibrado e vigoroso impulso ao comércio mundial, fundamental para que a economia global entre em um novo período de crescimento e justiça social”, diz a nota assinada pela presidenta. [Agência Brasil]

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Novo partido: Roberto Freire caiu no conto de José Serra

3 de maio de 2013

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Serra tira a escada e deixa Roberto Freire pendurado na brocha.

Via Os amigos do presidente Lula

A costumeira indecisão de José Serra (PSDB/SP) em definir rumos está “tirando a escada e deixando Roberto Freire pendurado na brocha”, como se diz no ditado popular.

Freire fundiu seu ex-PPS com o ex-PMN de Jaqueline Roriz, para criar o MobiDemo. No fundo é a criação de uma “janela partidária” para outros parlamentares com mandato mudarem para o “novo” partido. A ideia era receber a filiação de José Serra, trazendo outros tucanos ligados a ele.

Acontece que, pela lei, essa a janela se fecha em 30 dias, e Serra declarou não ter pressa. Disse até que continuará no PSDB, apesar de todos apostarem que é só para atazanar por mais tempo Aécio Neves (PSDB/MG). A data limite para mudar de partido e concorrer em 2014 é o início de outubro.

Com isso, Roberto Freire corre o risco de ser caso único de fundir um partido e, em vez de aumentá-lo, encolhê-lo, ao perder parte de seus membros, já que quem era filiado ao PPS ou ao PMN também está livre para mudar de partido sem perder o mandato, alegando discordar da fusão.

AP 470: Ministros do STF, que fizeram o jogo da mídia, agora apagam termos ditos em plenário

24 de abril de 2013
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Urinaram para trás: Mello (805 cortes) e Fux (518 cortes) levam o Troféu Madalena Arrependida.

Via Correio do Brasil

Cinco ministros do Supremo Tribunal Federal confirmaram a tese de um novo julgamento por conta de recursos que as defesas dos condenados na Ação Penal 470 devem apresentar após a publicação do acórdão, até o início de maio.

Os ministros, que falaram, sem se identificar, ao diário conservador paulistano O Estado de S.Paulo, afirmam haver maioria na Corte para que sejam admitidos os chamados embargos infringentes – recurso previsto quando há pelo menos quatro votos contra a condenação do réu. No caso de José Dirceu isso ocorreu na acusação de formação de quadrilha.

Com João Paulo Cunha, no entanto, o placar que permite a revisão da pena foi registrado no crime de lavagem de dinheiro. Com um novo julgamento, seriam abertos novos prazos. A composição do plenário do STF será diferente, pois os ministros Ayres Britto e Cezar Peluso – ambos que votaram pela condenação dos réus – estão aposentados. No lugar de Peluso foi nomeado Teori Zavascki. E um novo ministro será indicado para a vaga aberta com a aposentadoria de Ayres Britto.

No novo julgamento também podem também ser revistas as penas do empresário Marcos Valério – condenado por ser “o operador do mensalão”, segundo os autos –, seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, a ex-diretora financeira da SMP&B Simone Vasconcellos, a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, o ex-vice-presidente da instituição, José Roberto Salgado, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o ex-sócio da corretora Bônus Banval, Breno Fischberg.

Arrependido

José Dirceu, que foi condenado a dez anos e dez meses de prisão, surge no acórdão, nas palavras de Luiz Fux, como o comandante de um “um projeto de poder de longo prazo, de ilicitude amazônica”.

Fux, porém, está entre os ministros que decidiram apagar do documento final termos que se arrependeu de ter usado. No lugar deles, aparece a palavra “cancelado”. Fux não aceitou, por exemplo, que constasse a expressão “lavagem deslavada”. Celso de Mello também cancelou trechos em que participou de discussões acaloradas. Ambos são recordistas de omissões: Mello (805 cortes) e Fux (518 cortes).

A publicação do documento marcou o período de dez dias para a apresentação de recursos. Os advogados de defesa têm à disposição dois tipos de apelação, os embargos de declaração e os infringentes.

Os infringentes só poderão ser usados nos casos em que o réu teve ao menos quatro votos a favor de sua absolvição. É a situação de Dirceu em um dos dois crimes pelos quais responde. Se ele foi condenado por oito votos a dois por corrupção ativa, por formação de quadrilha o placar foi apertado, seis a quatro.

Para os defensores dos 12 réus que podem utilizar os embargos infringentes, há chances de decisões serem revertidas. Isso porque a Corte já não é mais a mesma. Dois ministros se aposentaram, e Teori Zavascki é um novato que ainda não votou neste processo.

Se Dirceu tiver sucesso, poderá ter reduzida ou até mesmo nula a pena imposta a ele por formação de quadrilha, que foi de dois anos e 11 meses de prisão. Com isso, ficaria livre de ir para a cadeia em regime inicialmente fechado.

Marina Silva cria o PSDdoB

16 de fevereiro de 2013

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“Nem posição, nem oposição”, diz Marina sobre nova sigla

A ex-senadora Marina Silva afirmou no evento de fundação de seu novo partido, no sábado, dia 16, que a nova sigla não é de oposição nem de posição. Segundo ela, o necessário é tomar posições, apoiando acertos do governo e criticando os erros.

A fala de Marina remete a uma declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro, de direita nem de esquerda.

“Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição, nem oposição”, afirmou Marina, segundo relata o repórter Fábio Brandt. Em seguida, a pré-candidata a presidente em 2014 disse que o bom trabalho do governo deve ser apoiado e o mau trabalho criticado – caso do projeto do novo Código Florestal.

Em seu discurso, Marina deixou claro que o tema preferencial do novo partido deverá ser o ambiental. Para ela, trabalhar pelo bem comum nos tempos de hoje é “produzir a economia de baixo carbono, proteger a água, proteger as florestas”.

Nota do Limpinho: Marina Silva continua em cima do muro como as aves de rapina.


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