Posts Tagged ‘Mortalidade infantil’

Cuba encerra 2013 com menor taxa de mortalidade infantil da história

3 de janeiro de 2014
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Além do baixo índice de mortalidade infantil, Cuba também registra bons níveis educacionais.

A Ilha se mantém como um dos melhores países do mundo neste índice, à frente de Brasil e Estados Unidos, por exemplo.

Via Opera Mundi

Segundo relatório divulgado pela ONU (clique aqui) na quinta-feira, dia 2/1, Cuba terminou 2013 com uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por cada mil nascidos vivos, o número mais baixo da história da Ilha.

A primeira vez que os cubanos registraram taxa inferior a 5 foi em 2008, com 4,7. Desde então, os índices foram 4,8 em 2008, 4,5 em 2010, 4,9 em 2011 e 4,6 em 2012.

De acordo com a ONU, a média mundial de mortalidade infantil no ano passado era de 48 para cada mil nascidos. No Brasil, em 2012, esse índice era de 12,9. A dos Estados Unidos, por sua vez, era de 7 mortes para cada mil nascimentos.

O jornal Granma destacou em sua edição de quinta-feira, dia 2/1, que o resultado coloca a Ilha “entre as primeiras nações do mundo” neste quesito. Segundo números oficiais, oito das 15 províncias cubanas atingiram indicadores menores que a taxa nacional de 4,2, em 2013. Em 2013, foram registrados 125.830 nascimentos, 156 a mais que no ano anterior.

Segundo dados do Ministério de Saúde Pública cubano, as principais causas de morte de crianças no país estão relacionadas a anomalias congênitas, infecções e afecções perinatais.

Com relação às mães, em 2013 foram registrados 26 óbitos relacionados diretamente com gravidez, parto e pós-parto, uma taxa de 20,7 mulheres para cada 100 mil nascimentos, também a mais baixa da história de Cuba.

Com queda de 73% em mortalidade infantil, o Brasil é destaque de relatório da Unicef

22 de dezembro de 2013

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Via BBC Brasil em 15/12/2013

Uma queda de 73% na taxa de mortalidade infantil do Brasil em apenas duas décadas foi um dos destaques de um relatório da Unicef divulgado. Segundo o estudo, a taxa brasileira caiu de 58 para 16 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2011. Em 2000, o índice era de 36 por mil nascidos vivos – o que faz com que a queda tenha sido de 56% desde então.

Ainda com essa redução drástica, 40 mil crianças morreram antes de completar cinco anos no Brasil no ano passado (contra 205 mil em 1990).

“No Brasil, programas comunitários e estratégias de saúde para a família foram implementados desde a década de 1990 para oferecer cuidados de saúde primários (à população)”, explica o relatório. “Isso ajudou a expandir o acesso aos serviços de saúde, reduzir as desigualdades na cobertura e cortar as taxas de mortalidade infantil.”

Segundo a Unicef, outros fatores que ajudaram a reduzir as mortes de crianças no Brasil incluem “melhorias nos serviços de saneamento básico, nos níveis educacionais das mães e nos índices de aleitamento materno e vacinação, além do crescimento na renda das famílias”.

A queda no Brasil foi acompanhada de uma redução menos acentuada nos índices globais no mesmo período. Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram antes de completar cinco anos – um total de 19 mil por dia. Em 1990, foram 12 milhões de mortes.

Países problemáticos
Para a Unicef, esse declínio geral se deve às melhorias das condições de vida em regiões carentes e às campanhas de vacinação e de conscientização sobre a importância do aleitamento materno.

Segundo a agência da ONU, nos países pobres, as maiores quedas ocorreram em lugares que receberam ajuda externa, como a República Democrática Popular do Laos, o Timor Leste e a Libéria.

Mas em alguns países a situação piorou desde 1990, entre eles República Democrática do Congo, Chade, Somália, Mali, Camarões e Burkina Faso.

Em 2011, metade das mortes infantis ocorreram em apenas cinco países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China. E quase todas as 500 mil mortes por malária ocorreram na África Subsariana.

De acordo com a Unicef, os conflitos armados estão entre os principais fatores de risco para o problema da mortalidade infantil. No total, oito dos dez países com as maiores taxas têm algum tipo de conflito ou instabilidade.

As cinco principais causas de mortes entre crianças menores de cinco anos no planeta são pneumonia (18%), complicações neonatais (14%) diarreia (11%); complicações durante o parto (9%) e malária (7%).

Cerca de 40% das mortes ocorrem durante os primeiros 28 dias de vida da criança, estando a desnutrição ligada a mais de um terço desses óbitos.

Bolsa Família influencia na redução da mortalidade infantil

6 de novembro de 2013

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Entre 2004 e 2009, a taxa de mortalidade infantil brasileira diminuiu de 21,7 para 17,5 por mil nascidos vivos.

Via Portal Brasil

O programa Bolsa Família mudou as condições e expectativa de vida das crianças. No estudo Efeitos do Programa Bolsa Família sobre a Mortalidade de Crianças, um dos capítulos do livro comemorativo dos dez anos do programa, Davide Rasella e outros quatro pesquisadores atestam que o programa de distribuição de renda desempenhou “papel significativo na redução da mortalidade infantil, geral e por causas relacionadas com a pobreza, como desnutrição e diarreia, nos municípios brasileiros”.

Entre 2004 e 2009, a taxa de mortalidade infantil brasileira diminuiu de 21,7 para 17,5 por mil nascidos vivos. Entre as causas específicas, essa redução foi ainda maior. Os óbitos por diarreia reduziram-se a quase a metade (–46,3%), enquanto a redução dos óbitos por desnutrição foi de quase 60% – de 0,55 por mil nascidos vivos, em 2004, para 0,23, em 2009.

O artigo explora os efeitos conjuntos do Bolsa Família e do Saúde da Família, que foi implantado em grande escala no mesmo período e compara ainda os resultados do Bolsa Família com o programa mexicano de distribuição de renda, o “Progresa”, que se mostrou capaz de reduzir a mortalidade infantil em áreas rurais. Em ambos os casos, dois fatores contribuem para a redução: reduz a desnutrição infantil, ao aumentar a renda das famílias muitos pobres, e, ao colocar condicionalidades para o pagamento do benefício, aumenta o acesso à saúde.

Os autores defendem que, além de o monitoramento do crescimento infantil ser eficaz para a redução das taxas de mortalidade nesta faixa etária, o contato rotineiro com o sistema de saúde, também se mostra determinante para a sobrevivência das crianças em países em desenvolvimento.

Também reduziu as taxas de hospitalização em menores de cinco anos e aumentou a cobertura vacinal e as consultas de pré-natal. As razões encontradas para a diminuição da incidência de doenças foram o melhor acesso ao serviço de saúde, que evita casos graves e diminui a incidência de doenças.

Já o artigo sobre a ocorrência de baixo peso ao nascer entre crianças beneficiárias do Bolsa Família, assinado por técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), relata um estudo comparativo, que cruzou informações do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal com as do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), no período de 2006 a 2008, de toda a Região Nordeste, o que representou uma amostra de mais de 1,3 milhão de nascidos vivos.

Nas famílias com renda per capita de até R$70,00 mensais, a prevalência de baixo peso ao nascer foi de 5,5% entre as mães que recebiam o benefício, enquanto a prevalência entre as famílias que não recebiam o Bolsa Família e contavam com a mesma renda ficou em 6,3%.

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Leia também:

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Estudo avalia impacto do Bolsa Família na redução da mortalidade infantil

31 de maio de 2013

Bolsa_Familia08Estudo inédito avalia a relação entre o Programa Bolsa Família (PBF) e a redução da mortalidade entre crianças brasileiras menores de 5 anos.

Com informações do portal ONU Brasil

A pesquisa, que se concentrou no estudo do período de 2004 a 2009, teve como objetivo avaliar o efeito do PBF sob as taxas de mortalidade em crianças menores de 5 anos nos municípios brasileiros, centrando-se em causas associadas à pobreza, como a desnutrição, diarreia e infecções respiratórias, além de alguns dos potenciais mecanismos intermediários, tais como vacinação, assistência pré-natal e internamentos hospitalares.

Dados de quase três mil municípios brasileiros e avançados métodos analíticos foram utilizados.

De acordo com os resultados da pesquisa publicada na revista The Lancet, o Bolsa Família reduziu de 17% a mortalidade geral entre crianças nos municípios onde tinha alta cobertura, sendo que esta redução foi ainda maior quando considerou-se a mortalidade específica por algumas causas como desnutrição (65%) e diarreia (53%).

O Programa Saúde da Família (PSF) contribuiu também na redução da mortalidade em menores de cinco anos em efeito sinérgico com o PBF. A explicação do efeito do PBF é que o aumento da renda possibilitada pela transferência de benefícios permite o acesso a alimentos e outros bens relacionados com a saúde. Esses fatores ajudam na redução da pobreza das famílias, melhora as condições de vida, elimina as dificuldades no acesso à saúde e consequentemente, contribui para diminuição das mortes entre crianças.

A pesquisa foi conduzida por Davide Rasella, mestre em saúde comunitária e doutor em saúde pública pela UFBA como parte de seu programa de doutorado, e contou com a colaboração de diversos pesquisadores, entre os quais Romulo Paes-Sousa, PhD em epidemiologia ambiental pela Universidade de Londres, coordenador do Centro Rio+ para o Desenvolvimento Sustentável, uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o governo brasileiro, e pesquisador associado do Institute of Development Studies, University of Sussex, Brighton, UK.


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