Posts Tagged ‘Manifestação’

Gilson Caroni Filho: Os jovens, o Brasil e a Ucrânia

24 de fevereiro de 2014
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O povo pode tudo?

Gilson Caroni Filho em sua página do Facebook

Ao ler que o presidente ucraniano foi deposto, um jovem escreveu em sua página: “O povo pode tudo”. Talvez ele não saiba que o que aconteceu na Ucrânia foi um golpe de Estado, contando com milícias fascistas, extremistas chechenos e patrocínio aberto dos EUA para isolar a Rússia.

Tenho lido análises corretíssimas de quadros políticos do PSOL, do PSTU, do PCB, além de outras siglas de pequena base política, sobre o golpe que está em andamento na Venezuela. Estão certíssimos ao dizer que as manifestações nas ruas são golpistas. E são precisos ao assinalar o papel da mídia privada venezuelana na arquitetura desse retrocesso.

O interessante é que fingem ignorar o que ocorre no Brasil. Aqui, Black Blocs são vistos como tática de um grupo da juventude que vive “uma crise de representação”. Os que vão à rua para gritar “não vai ter Copa” apenas expressam sua insatisfação com emprego de verbas públicas que poderiam ir para ensino e educação. Seria fácil desmontar essa falácia, mas não o fazem. Por que? Será que não perceberam que o alvo das articulações estadunidenses não é apenas o governo Maduro, mas a América Latina?

Será que não aprenderam porra nenhuma com 1964? Será que não veem as barbaridades cometidas no julgamento da Ação Penal 470 por um STF tocando a música da grande imprensa? Inocência, esquizofrenia política ou oportunismo? Alguém precisa pegar a capa de O Globo, de cinco décadas atrás, e recortar a foto de página inteira com milhares de pessoas que participaram da triste “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”.

Em seguida, selecionar as fotos que o mesmo jornal vem publicando de presos e torturados à época, num regime totalmente apoiado pelas famílias que controlam a grande imprensa no Brasil. Feito isso, esfregar na cara do jovem extasiado com as imagens que são transmitidas da Ucrânia, e perguntar: “O povo pode tudo, seu babaca?” Vamos fazer isso? Ou a indignação de vocês só existe quando a vítima é o Eduardo Freixo?

Minha paciência começa a se esgotar. Se você não gostou do que está escrito, não venha com comentários agressivos. Nunca me manifestei nas barbaridades que você escreve. Deleto sem qualquer problema.

Paulo Moreira Leite: Os provocadores de aluguel

16 de fevereiro de 2014

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A baderna paga a R$150,00 demonstra o fracasso de quem não tem capacidade de atrair a população para suas ideias.

Paulo Moreira Leite em seu blog

A notícia de que dirigentes de alguns partidos de esquerda não-petista decidiram pagar R$150,00 para garantir presença em seus protestos políticos não é grave. É deprimente.

Se é imoral comprar votos numa eleição, eu acho ainda mais condenável comprar presença em manifestação. É prova de um grande fracasso político.

Apenas lideranças incapazes de formular propostas para atrair uma parcela significativa população para seus projetos têm necessidade de fazer isso. Claro que nossa história está recheada de cabos eleitorais profissionais e que a maioria dos partidos com alguma estrutura – e mesmo organizações pequenas – tem lã seus funcionários pagos. Já fui a vários comícios, de vários partidos, onde a massa presente era composta de funcionários públicos forçados a bater palma. É vergonhoso, é desagradável, mas não é disso que estamos falando.

Estamos diante de pessoas que são arregimentadas – e pagas – para cometer atos de provocação.

É possível travar um debate legítimo com uma pessoa que comete atos de violência.

Ela pode estar convencida de uma ideia errada – mas há um debate a ser feito. Você pode queimar a garganta falando sobre a conjuntura, a relação de forças, os valores democráticos, o diabo.

Outra coisa é enfrentar alguém que é pago para fazer uma provocação.

O que se faz? Paga-se R$200,00 para o cara mudar de ideia?

É claro que essa situação serve de estímulo a um coral conservador contra a democracia, a favor da criminalização dos movimentos sociais e, não se enganem, contra a luta política em geral.

O alvo final é a democracia.

Veja o absurdo: a morte de Santiago Andrade, provocada por um rojão arremessado por um capanga – o nome está errado? é forte? – contra um cinegrafista que poderia ter tido a vida salva se lhe tivessem dado equipamento adequado, ameaçou criar uma crise política real.

E era tudo teatro, artifício, encenação – apenas o sangue era de verdade.

Há outro ponto curioso para se observar.

Como ficou claro em junho de 2013, a baderna e mesmo a violência dos protestos chegaram a receber estímulos – dentro de certo limite – por parte da oposição ao governo Dilma. A razão era óbvia. Estes movimentos ajudavam a desgastar o governo Dilma, associavam o Planalto com a ideia de baderna, o que poderia se transformar num motivo a mais para se tentar mudar o voto do eleitorado em 2014.

Resta saber o que vai acontecer agora.

Como aconteceu em outras eleições, partidos de esquerda planejam lançar candidatos próprios em 2014.

É claro que, sem nenhuma chance real de vitória, todos serão preservados – na medida do possível – em sua função de roubar votos à esquerda do governo, ajudando a oposição conservadora em seu esforço estratégico de garantir uma eleição em dois turnos. Todos estão unidos na bandeira Não vai ter Copa, lembram?

Todos têm o direito de apresentar propostas e defender suas ideias. Mas a provocação e o embuste não fazem parte de métodos aceitáveis de disputa política.

O fundo da questão é este.

***

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Paulo Moreira Leite: Mascarados vieram para criminalizar democracia

17 de outubro de 2013
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Paulo Moreira Leite: “Nós sabemos que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato.”

Paulo Moreira Leite em seu blog

Os protestos de junho de 2013 trouxeram a novidade das máscaras. É um debate importante, que mobilizou prós e contras em vários lugares. Cinco meses depois, os mascarados continuam em atividade, cada vez mais intensa.

As principais alegações a favor das máscaras envolvem argumentos simplórios.

Dizem que os mascarados são indivíduos no exercício de seus direitos políticos e têm direito de se proteger de qualquer ação repressiva.

Será?

Nós sabemos que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato – como aprendi recentemente durante almoço em plena Vila Madalena.

Não vamos falar de certas situações de opressão geral que em alguns países podem justificar o uso de máscaras.

Num país democratizado, como o Brasil, as máscaras teriam outro efeito político se o País se encontrasse numa situação revolucionária de duplo poder, em que é razoável colocar em questão o monopólio da violência sobre o Estado.

No País de 2013, seu único efeito prático é ajudar a criminalizar os protestos e a própria luta política extraparlamentar, necessária a todo momento para avançar determinadas reivindicações que o Congresso ignora.

A máscara é um convite para a tropa de choque entrar em ação porque é uma demonstração irrefutável de que as autoridades se mostram incapazes de manter a ordem, mesmo que momentaneamente.

O sujeito que saiu de casa mascarado se autodenuncia e manda um recado: vai aproveitar a mobilização para cometer atos ilegais.

É tão óbvio que a polícia, se tiver um mínimo de responsabilidade, de sentido de cumprir seu dever legal, irá prestar atenção redobrada a seus movimentos e contra-atacar na primeira oportunidade.

Está na cara que a PM, primeiro instrumento criado pela ditadura militar para reprimir as mobilizações populares, e que não foi reformada como ser necessário depois da democratização, fala a língua da violência. Atira para machucar e bate para ferir. Admite matar – mesmo que teoricamente por acidente – com uma bala de borracha.

Por isso todas as intervenções da PM tendem a dar errado quando vistas pela atual consciência democrática do país. E é o caso de evitar pensamentos ingênuos quando se discute porque ela não é reformada nem reeducada. Porque não interessa, vamos combinar. E nós sabemos quem tem força e articulação para definir, estruturalmente, o que interessa e o que não interessa mudar, certo?

Estudantes serão feridos de forma bruta. Manifestantes serão conduzidos para a cadeia de modo arbitrário, cumprindo temporadas ridiculamente longas de detenção. E aí o foco do protesto, com justiça, será a própria polícia e, por essa via, a ação do Estado.

Estive em Washington quando grupos ultrarradicais queriam impedir uma reunião do FMI e foram paralisados por uma ação preventiva, pacífica e sem violência, da polícia local. Então há diferença entre uma situação e outra.

Há outras questões nestas máscaras. Sem responder a uma situação política especifica, onde pode ser necessária, sua violência permanente auxilia no reforço da ordem.

O discurso de quem esconde o rosto é que ele se dedica a destruir “símbolos” do capitalismo. Bobagem. Seus atos destroem patrimônio real do capitalismo, que custou trabalho de assalariados, que serão, de uma forma ou outra, forçados a pagar pelo prejuízo. Como empregados, enfrentarão pressões nos salários e benéficos. Como cidadãos, serão forçados a pagar sua parte no prejuízo pelo aumento de taxas e tarifas. Como consumidores, podem perder um automóvel ou mesmo serem obrigados a pagar a reforma de sua casa.

Simbólico, aqui, é outra coisa – o show – sob medida para reforçar clamores por lei e ordem.

A sociedade do espetáculo despreza os homens simples do povo, os verdadeiros cidadãos que podem ser protagonistas de mudanças relevantes e duradouras porque estimula símbolos que combinam com a ideologia que ela defende e divulga: o individualismo, o meio como substituto do fim. O caráter puramente destrutivo de sua atividade determina que sua função seja produzir impasses.

Seu universo não é o da política, pois pertence a sociedade de consumo. Não aceita heróis de pessoas de carne, osso – e rostos – mas personagens que poderão ser promovidos e descartados ao saber das conveniências.

Há um elemento narcisista no militante mascarado mas sua força de atração é outra. Ele tem uma postura de busca permanente pelo confronto, que sempre poderá ser objeto de consumo num tempo em que faltam opções revolucionárias reais no horizonte.

Ao contrário do que ocorria em outros momentos históricos, a partir da chegada de Lula no Planalto temos um governo que procura encaminhar as reivindicações de trabalhadores e da população mais pobre, com avanços, recuos, acertos e muitos erros mas um saldo geral positivo, mesmo que limitado, mas suficiente para exasperar os setores historicamente dominantes.

Estes mantêm uma relação ambígua com os mascarados. Declaram-se horrorizados com seus atos mas não deixam de enviar mensagens de estímulo e tolerância, pois a máscara sempre será muito útil enquanto servir para desgastar o governo Dilma, paralisar instituições e impedir reformas necessárias – inclusive do sistema político.

A máscara tem a vantagem de que nunca se sabe quem é o rosto por trás dela e sempre será possível permitir o governo de incapaz de manter a ordem e defender a democracia, um desses argumentos obviamente ululante em toda intervenção contra os direitos do povo.

Qualquer que seja o discurso e a ideologia dos mascarados, a função real de sua violência é retirar a legitimidade do processo histórico que o país vive hoje.

O resultado dessa atividade não beneficia a maioria da população e cria obstáculos a novas conquistas.

Desmoraliza organizações dos trabalhadores, por mais que dê a impressão de ajuda-las – e até possa se mostrar útil diante da extrema violência da PM. Sua violência não corresponde ao momento político real e, como todo gesto político feito sob estas condições, cedo ou tarde se voltará com contra os mais fracos. Todas gerações de brasileiros assistiram a este filme.

Quanto o serviço de desmoralizar os símbolos da democracia tiver terminado, os mascarados serão retirados de cena – e aí sobrará menos liberdade e mais repressão para quem nada tinha a ver com machadinhas, máscaras e violência.

7 de setembro: Atirador treinado monta acampamento diante do palanque de Dilma

6 de setembro de 2013
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Reprodução do site de O Globo.

Fernando Brito, via Tijolaço em 6/9/2013

Não sou policial, nem policialesco. Mas não sou irresponsável e peço a sua atenção para o que vou descrever e mostrar. Não estou sugerindo que seja um atentado. Mas a história é de arrepiar.

O Globo publicou na tarde de sexta-feira, dia 6, que um grupo de “manifestantes” acampou diante do palanque presidencial montado para o desfile de Sete de Setembro. Nada demais, todos têm o direito de se manifestar.

E a gente tem o direito de saber quem são.

O jornal os identifica como integrantes do Movimento Brasil Contra a Corrupção. Que tem um site na internet, o mbcc.com.br registrado por Geraldo Magela Abreu, um de seus autores e o dono do registro do domínio na internet. Do Movimento e de outro, como os “Amigos do Tiro”, ainda em construção.

Geraldo é um entusiasta de armas e pode ser visto aqui treinando tiros de pistola. Será que os alegres meninos que estão sentados ali sob a égide de seu “MBCC” sabem que seu líder é um sniper?

Não estou acusando Geraldo de nada, a não ser de pertencer a este grupinho de maníacos que realizam suas frustrações segurando um cano de pistola, como aliás ele deveria ter aprendido, já que se identifica como aluno de psicologia da Uniceub.

Mas é bom que todo mundo saiba com quem está se metendo e, ainda que, por precaução e civilizadamente, seja feita uma verificação de se Geraldo estará portando um arma, com o treinamento que fez para usá-la, ali bem de fronte ao palanque presidencial.

Todas as páginas que comprovam o que estou dizendo podem ser vistas aqui, aqui, aquiaqui.

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6 de setembro de 2013

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Leandro Fortes, via Facebook

Essa tal OCC – mistura tupiniquim de CCC com Ku Kux Klan – organizou um guia hilário para os manifestantes do 7 de setembro que estão sendo convocados nos hospícios para pedir uma intervenção militar a fim de evitar o golpe comunista de 2014.

Algumas orientações são intrigantes:

● Usem e abusem de fitas de todos os tipos – coloquem na cabeça (Rambo) no pescoço, braços, enfim sejam criativos. Podem até usar fitas pretas como forma de expressar luto por tudo aquilo que este desgoverno está fazendo conosco.

● Dizeres sugeridos: Intervenção militar já; 39 Ministérios pra quem?; Tantos partidos pra que? Comunismo? Coisa nojenta. Militares já. Índice desaprovação; Saúde 81% – Educação 49% – Segurança Pública 67% – Drogas 45% – Corrupção 89%; Plebiscito é golpe comunista; Urnas eletrônicas é golpe. Quero o comprovante do voto; Institutos de pesquisas é [sic] uma farsa. Governo compra resultados (maquia, manipula). Mais ou menos por aí. Ao escreverem formulem uma pergunta ou façam uma afirmação. A reivindicação tema principal é: Intervenção militar já. Com este tipo de pedido as forças armadas serão simpáticas ao movimento.

Então, se na multidão do 7 de Setembro aparecer um maluco vestido de Rambo tentando ser simpático com as forças armadas, não chamem a polícia, porque será inútil. Trata-se de um combatente anticomunista altamente treinado.

PS.: Vem cá, que diabos significa “drogas 45%”? É volume, peso ou preço?

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23 de agosto de 2013

Extrema_Direita01

Radicais da oposição articulam o 7 de setembro: Protestos convocados para o feriado da Independência, que já geram a expectativa de quebra-quebra, estão sendo articulados por grupos políticos que alimentam o golpismo, entre eles, uma ONG ligada à família do deputado Jair Bolsonaro. Outro organizador já foi funcionário fantasma do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB/PR). Em nota, grupo Anonymous ressalta o caráter apartidário [sic] do protesto que está convocando 4,5 milhões de brasileiros em 147 cidades no País. Será?

Via Brasil 247 e lido no PIG –1

Qual é a mão que balança o berço do 7 de setembro? Cercado de expectativa, o próximo feriado da Independência deve marcar a reabertura da temporada de protestos no País. Manifestações convocadas pelas redes sociais projetam que 4,5 milhões de brasileiros poderão ir às ruas, em 147 cidades brasileiras. Grupos mais radicais já falam até, de forma explícita, em promover quebra-quebra.

Extrema_Direita02

E os coxinhas ainda dizem que é um movimento apartidário. Cadê o trensalão tucano?

Mas será que são manifestações autônomas da “cidadania” ou há uma articulação política por trás dessas convocações? Uma reportagem da revista CartaCapital (“O desfile golpista”, de André Barrocal) lança algumas luzes sobre essa movimentação. Segundo o texto, entre os agitadores do 7 de setembro estão a ONG Brazil No Corrupt, ligada à família do deputado homofóbico Jair Bolsonaro (PP/RJ), que defende abertamente o regime militar de 64, e um militante virtual na internet. Ele se chama Ari Nogueira e já trabalhou no gabinete do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB/PR), que comanda há anos a Assembleia Legislativa do Paraná – Ari, que usa no Twitter o pseudônimo Ary Kara, estaria sendo investigado por ser um dos funcionários fantasma do Legislativo paranaense, lotado no gabinete de Rossoni.

De acordo com o texto de Barrocal, os núcleos que organizam os protestos estão no Rio e no Paraná, agindo com nítidas intenções golpistas. Desta vez, a presidente Dilma seria um dos alvos principais de um movimento que vem sendo chamado de “Operação Sete de Setembro”. Não se sabe se o plano vai funcionar, mas uma coisa é certa: ao contrário dos acontecimentos de junho, o movimento nada tem de apartidário”, diz a reportagem.

O texto já gerou, é claro, reações nas redes sociais. Homofóbica, a ONG Brazil No Corrupt criticou a revista e seus “cu mpanheiros”. Mas o grupo Anonymous também se viu forçado a divulgar nota para negar qualquer caráter partidário na “Operação Sete de Setembro”.

O deputado Valdir Rossoni, por sua vez, afirmou que Ari Nogueira não trabalha mais em seu gabinete e disse não ser responsável por suas atitudes e por sua ideologia política. Mas os órgãos de inteligência do governo e o próprio Ministério Público estão atentos à mobilização da Operação Sete de Setembro nas redes sociais. A ordem, desta vez, é mapear a gênese de protestos que, inevitavelmente, podem descambar em violência.

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