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Rogério Correia: Cegueira seletiva no caso da Lista de Furnas

18 de março de 2014

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Rogério Correia em seu blog

A notícia veiculada pelo Estadão na quarta-feira, dia 12, de que o lobista da Alstom é o mesmo do esquema de Furnas acrescenta mais uma prova à existência de lavagem de dinheiro por intermédio da estatal. Enquanto isso, o jornalista Marco Aurélio Carone, principal divulgador de informações sobre o esquema de corrupção conhecido como Lista de Furnas, permanece preso sob o silêncio da mídia e da justiça mineira.

Já são muitos os fatos que remontam à existência do esquema em Furnas: o relatório da Polícia Federal comprovando a autenticidade da Lista de Furnas, a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro detalhando o esquema, a denúncia de Roberto Jefferson, o recibo apresentado pelo deputado Antônio Júlio e agora a ligação entre Furnas e o caso Alstom. Contudo, parece que nada disso é suficiente para enquadrar o alto escalão do tucanato e reverter a situação do preso político Marco Aurélio Carone.

O silêncio sobre a prisão de Carone evidencia a estratégia de “dois pesos, duas medidas” adotada pelo judiciário em Minas Gerais: enquanto o jornalista, juntamente com o lobista Nilton Monteiro, segue preso mesmo sem condenação; os condenados de Felisburgo agora gozam dos privilégios de um habeas corpus. Tudo ao sabor dos governantes do estado.

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O mensalão tucano e a lista de Furnas

16 de fevereiro de 2014

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Via Jornal GGN em 16/2/2014

A Ação Penal 1.274 da Procuradoria Geral da República – o chamado mensalão tucano – traz elementos contundentes sobre a participação do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo no desvio de R$4,5 milhões (valores da época) de três estatais mineiras – Copasa, Cemig e Bemge – para sua campanha eleitoral.

Mas traz informações esclarecedoras sobre a tal Lista de Furnas, que relacionaria as pessoas beneficiadas pelo caixa de campanha. Há uma discussão permanente sobre a veracidade ou não da lista.

Existem duas listas. A original, com a assinatura do caixa de campanha, Cláudio Mourão, foi devidamente autenticada pelo Instituto Nacional de Criminalística”, que apontou inúmeros pontos em comum nas assinaturas e atestou que não houve edição do documento. Além disso, os valores mencionados batem com aqueles desviados das três estatais mineiras. Não pode confirmar a “absoluta coincidência” apenas devido ao fato de ter sido analisado uma cópia xerox.

O drama de Azeredo deveu-se à derrota nas eleições de 1998.

Confiando na vitória, Azeredo tomou empréstimos junto ao Banco Rural em nome da Locadora de Automóveis União Ltda., de Mourão e sua filha. Derrotado nas eleições, Azeredo não teve como quitar o empréstimo.

Como ainda possuía a procuração outorgada por ele, Mourão emitiu um título de crédito em favor da Locadora, contra Azeredo, e protestou em cartório em 2002, quando Azeredo se lançava candidato ao Senado.

Walfrido Mares Guia foi incumbido de apagar o incêndio. Levantou um empréstimo junto ao Banco Rural, tendo Azeredo como avalista, e valeu-se de Marcos Valério para quitar parte da dívida com Mourão.

Insatisfeito com a negociação, Mourão escreveu um documento intitulado “Resumo da movimentação financeira ocorrida no ano de 1998 na campanha para a reeleição ao governo do Estado de Minas Gerais pelo atual senador da República, senhor Eduardo Brandão de Azeredo e do atual vice-governador, senhor Clésio de Andrade. Eleição de 1998 – Histórico”.

Nele, relaciona as despesas de campanha e o total de R$4,5 milhões de desvio.

É aí que entra o falsário Nilton Antônio Monteiro. Mourão autorizou o advogado Carlos Henrique Martins Teixeira a ajuizar ação indenizatória e, ao mesmo tempo, outorgou uma procuração a Nilton para negociar um acordo com Azeredo e Clésio Andrade.

Entre julho de 2000 e maio de 2004 Azeredo trocou 72 ligações com Marcos Valério, das quais 57 conversas diretas.

Tempos depois, Nilton foi preso, por pedido do Ministério Público Estadual de Minas Gerais. Segundo o PGR, em um texto um tanto obscuro, “sem como trazer elementos para desfazer as provas produzidas contra si, a finalidade e unicamente de tentar desacreditar o testemunho por ele prestado. Sem razão e cabimento, todavia”. Não fica claro se a manobra denunciada envolve o MP estadual ou apenas os advogados de defesa.

Prossegue o PGR: “A suposta pratica de ilícitos penais por Nilton Monteiro em momento algum invalida seus depoimentos, pois os delitos a ele imputados sequer possuem relação com os fatos ora apurados. Ademais, há elementos suficientes nos autos que corroboram os depoimentos prestados por essa testemunha e há provas de que Nilton Monteiro tinha relacionamento com as pessoas envolvidas na campanha à reeleição de Eduardo Azeredo”.

A procuração outorgada por Cláudio Mourão a Nilton – concedendo-lhe poderes para negociar junto a Azeredo um acordo financeiro – é autêntica, dia o PGR, “não podendo ser questionada a veracidade da assinatura e o conteúdo do documento, que denota a ligação íntima de Nilton Monteiro entre as partes envolvidas, concedendo verossimilhança às suas declarações”.

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Lista de Furnas: O caso de corrupção que a mídia mais esconde

10 de janeiro de 2014
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Quadrilha tucana: Todos os políticos dessa foto, sem exceção, estão na Lista de Furnas.

Como teriam sido desviados milhões de reais de estatais, bancos e fornecedores do Estado. Quais os indícios da PF? Quem os jornais procuram proteger?

Lúcia Rodrigues, via Viomundo em 1º/10/2014

Quem pensa que o mensalão do PSDB é o único esquema de corrupção do partido que está impune, se engana. A sigla está envolvida em pelo menos outro escândalo de desvio de recursos que não foi julgado até agora, apesar de a Polícia Federal ter atestado a autenticidade do documento-chave para a denúncia.

O mensalão tucano, recorde-se, ajudou a financiar a campanha de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se reelegeu ao Planalto e Eduardo Azeredo, do PSDB, foi derrotado na disputa pelo governo de Minas Gerais por Itamar Franco.

Nas eleições de 2002, os tucanos promoveram outra forma de arrecadação de recursos para financiar suas campanhas e as de seus aliados. O esquema previa o repasse de dinheiro por meio de licitações superfaturadas da empresa Furnas Centrais Elétricas S.A.

Na ocasião, Aécio Neves era candidato a governador de Minas, Geraldo Alckmin concorria em São Paulo – ambos foram eleitos – e José Serra disputava com Lula o Planalto.

A chamada Lista de Furnas, como ficou conhecida a estratégia de financiamento montada pelos tucanos, rendeu milhões de reais para financiar campanhas. Denúncia da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro classifica o esquema como criminoso.

O delator do mensalão tucano, Nilton Monteiro, que também é o responsável pelo vazamento de informações sobre a lista, informou à procuradora Andréa Bayão Pereira, autora da ação do MPF, que os recursos eram controlados em um fundo (caixa 2).

A Lista de Furnas, documento de cinco páginas assinado por Dimas Fabiano Toledo, à época diretor de Planejamento, Engenharia e Construção de Furnas e operador do esquema, traz os nomes de mais de 150 políticos beneficiários, assim como uma centena de empresas financiadoras. No alto de cada folha se lê a advertência: confidencial.

“Esses recursos eram controlados em um fundo formado com valores obtidos junto às diversas empresas que mantinham contratos com Furnas” afirma Nilton Monteiro em seu depoimento à procuradora. Ele explica que os empresários que queriam atuar em Furnas tinham de contribuir com esse fundo. “Caso contrário não conseguiriam realizar nenhum contrato na empresa estatal.”

O deputado estadual Rogério Correia (PT/MG), primeiro a entregar uma cópia da Lista de Furnas à Polícia Federal, conta como o esquema funcionava. Ele obteve o xerox do documento com o delator do mensalão tucano. “Quando ele me passou a Lista de Furnas, eu tomei um susto”, relata.

O laudo da Polícia Federal atesta que o documento é autêntico. O pedido de perícia foi feito pelo parlamentar. “Na época o Nilton Monteiro, e até hoje provavelmente, não ficou satisfeito comigo. A intenção dele não era entregar [a lista] à Polícia Federal. Ele tinha aquilo para fazer suas negociações com o lado de lá”, afirma ao se referir às tentativas do delator de arrancar vantagens dos ex-aliados tucanos.

Nilton Monteiro, que trabalhou com o empresário Sérgio Naya, ex-deputado federal por Minas Gerais, operava nos bastidores da política do estado e tinha intimidade com figuras importantes do ninho tucano nas Alterosas.

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Desvio de milhões de reais
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, então candidato ao cargo, o ex-governador José Serra, que disputava a Presidência da República, e o senador Aécio Neves, à época candidato ao governo de Minas Gerais, foram os principais beneficiários do esquema de corrupção milionário do PSDB.

Pela lista, Alckmin foi quem mais recebeu recursos: R$9,3 milhões, R$3,8 milhões distribuídos no primeiro turno e R$5,5 milhões repassados no segundo. Serra foi beneficiado com R$7 milhões, R$3,5 vieram no 1º turno e o restante no 2º. Aécio aparece como beneficiário de R$5,5 milhões, quantia repassada em uma única parcela. Alckmin e Aécio foram eleitos, Serra perdeu a eleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o deputado federal José Aníbal (PSDB), que disputavam uma cadeira no Senado pelo Rio e por São Paulo, respectivamente, receberam R$500 mil cada um.

Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas e então candidato ao Senado, recebeu R$550 mil. Já o candidato a outra vaga no Senado por Minas, Zezé Perrella (PSDB/MG), pai do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD/MG), dono da empresa proprietária do helicóptero apreendido pela Polícia Federal, no Espírito Santo, com quase meia tonelada de cocaína, foi beneficiado com R$350 mil.

Ao lado do nome de Zezé Perrella e do montante repassado aparece a informação entre parênteses: autorização de Aécio Neves. Esse é o único caso em toda a lista em que se encontra esse tipo de anotação.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSDB), candidato a deputado federal à época, foi beneficiário de R$250 mil. O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), que também disputava uma cadeira na Câmara dos Deputados, recebeu R$100 mil.

Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, eleito na época deputado federal pelo PTB, também se beneficiou do mesmo valor. Quantia equivalente foi entregue ao filho do ex-delegado da Polícia Federal Romeu Tuma, o ex-deputado federal Robson Tuma (PTB/SP), assim como ao ex-presidente da Força Sindical e ex-deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL/SP). Ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) foram destinados R$50 mil.

Antônio Carlos Pannunzio, eleito em 2012 prefeito de Sorocaba, aparece na lista como recebedor de R$100 mil para sua campanha a deputado federal.

O delator do “mensalão” petista, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ), também foi beneficiado pelo esquema de corrupção tucano. Recebeu R$75 mil. Valdemar Costa Neto, condenado no “mensalão” petista, recebeu R$250 mil do PSDB por meio do desvio fraudulento de recursos. O capitão do Exército e deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP), crítico dos direitos humanos e árduo defensor da ditadura militar, foi beneficiado com R$50 mil do esquema corrupto desencadeado pelos tucanos. Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, também recebeu R$695 mil, para repassar a comitês e prefeitos do interior do Estado de Minas Gerais.

O deputado Rogério Correia explica que além do laudo da Polícia Federal atestando a veracidade da Lista de Furnas, há também o relatório da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, de janeiro de 2012, que chegou à mesma conclusão por outras vias.

Empreiteiras e bancos
As construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht são algumas das empreiteiras que financiaram o esquema de corrupção do PSDB. O Banco do Brasil, Bank Boston, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Opportunity e Rural são algumas das instituições financeiras que, segundo a lista assinada por Dimas Toledo, injetaram dinheiro no esquema.

A Alstom e a Siemens, envolvidas mais recentemente no esquema de superfaturamento de trens do Metrô e da CPTM comprados pelo governo tucano paulista, são citadas na lista. As agências de publicidade de Marcos Valério, DNA e SMP&B, também contribuíram.

Petrobras, Vale do Rio Doce, CSN, Mitsubishi, Pirelli, Eletropaulo, Gerdau, Mendes Júnior Siderúrgica, General Eletric e Cemig figuram entre a centena de empresas públicas e privadas que aparecem como financiadoras.

Os fundos de previdência privada dos funcionários da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, respectivamente, Petros, Previ e Funcef também são mencionados. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Firjan, foi outra que destinou recursos para o esquema tucano, de acordo com o documento.

O Tribunal de Contas da União analisou contratos de Furnas e detectou direcionamento em favor de determinadas empresas, além de superfaturamento nas licitações.

Uma auditoria da Controladoria Geral da União, realizada em 2006, constatou falhas no processo licitatório de Furnas: fraudes, desperdícios e abusos, além de projetos antieconômicos e inadequados às necessidades da empresa.

Mesmo com todas as evidências, o processo sobre a Lista de Furnas está parado, segundo o deputado Rogério Correia.

O esquema operado por Dimas Toledo o fazia tão poderoso que Aécio Neves, eleito governador de Minas em 2002, negociou com o então presidente Lula a permanência de Toledo na direção de Furnas.

“O que deixou a bancada do PT bastante insatisfeita, porque Dimas Toledo arquitetava tudo contra o PT, especialmente no sul de Minas”, frisa o deputado Correia.

Curiosamente, o filho de Dimas Toledo, Dimas Fabiano Toledo Jr., deputado estadual em Minas, aparece na lista como tendo recebido R$250 mil.

Gênese do “mensalão” petista
A Lista de Furnas revela financiamento “democrático”. Embora organizada por gente ligada ao PSDB, irrigou as campanhas de uma ampla base de políticos, de vários partidos. Em tese, seriam aqueles que dariam sustentação parlamentar a um eventual governo de José Serra, não tivesse o paulista sido derrotado por Lula em 2002.

Apesar da derrota de Serra, Alckmin e Aécio se elegeram governadores, garantindo a influência política dos tucanos em dois estados-chave da federação.

A “democracia” na hora de destinar verbas de campanha, expressa na Lista de Furnas, não era exatamente uma novidade nos esquemas de Minas Gerais.

Em 1998, mais de 30 candidatos do Partido dos Trabalhadores no estado foram beneficiados com recursos do outro esquema do PSDB, o “mensalão tucano” – que a mídia corporativa já chamou de “mensalão mineiro”.

Relatório da Polícia Federal, de 172 páginas, sobre o mensalão do PSDB aponta que os candidatos do PT receberam R$880 mil pelo esquema.

Rogério Correia é contundente na crítica aos colegas de partido. “Pra acertar contas de campanha, receberam recursos de Eduardo Azeredo, já no esquema do mensalão. Isso teria sido negociado via Walfrido dos Mares Guia… Achei isso lamentável. O PT já começava naquela época a ter uma relação com a instituição onde se confundia com as artimanhas que a institucionalidade coloca, com o cretinismo da institucionalidade”, alfineta.

Para Correia, o PT acreditou que a impunidade que existia para o PSDB iria existir também para o partido. “Isso é uma ilusão. A palavra melhor é ilusão de classes… O PT ‘quebrou a cara’ por uma visão errada do ponto de vista ideológico de setores do partido que acham que a luta de classes acabou… Isso é uma ilusão terrível que tem dentro do PT”, fustiga.

Pela semelhança entre o esquema do assim chamado “mensalão tucano” e o que seria revelado mais tarde, envolvendo o PT, Rogério Correia critica a atuação tanto do Supremo Tribunal Federal, quanto do Ministério Público Federal.

As duas instituições, diz o deputado, deram tratamento diferenciado aos partidos envolvidos. Rogério Correia exemplifica com o caso do publicitário Marcos Valério. No “mensalão” petista, foi julgado em Brasília, apesar de não ter mandato e, portanto, foro privilegiado. O julgamento conjunto teria facilitado a apresentação da tese de uma grande conspiração para comprar apoio político no Congresso, possibilitando assim condenar um número maior de réus, inclusive os acusados de liderarem o esquema: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.

Já no mensalão tucano o tratamento dispensado a Valério foi muito diferente. O absurdo maior é que, segundo Rogério Correia, Valério trabalhou ao mesmo tempo para os dois partidos.

“Operava para o PSDB em Minas e para o PT nacionalmente. O mesmo esquema de caixa dois era usado pelos dois partidos. Olha o absurdo”, afirma.

A opção ideológica do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público Federal é, na opinião de Rogério Correia, o fator que impediu a apreciação do relatório assinado pelo delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha de Oliveira, que investigou o mensalão tucano.

O relatório oferece, segundo Correia, provas muito mais contundentes de que, no caso do PSDB, houve uso de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais.

O dinheiro saia de estatais mineiras como a empresa de energia Cemig e a de saneamento Copasa.

No “mensalão” petista até hoje se discute se o dinheiro da Visanet, que teria abastecido o esquema, era público ou privado.

Pior que isso foi o tratamento desigual para iguais.

No caso dos tucanos, o processo foi desmembrado. Os políticos que receberam dinheiro do esquema escaparam. Considerou-se que eram beneficiários de caixa dois.

Ficaram para julgamento em Brasília apenas os operadores que tinham foro privilegiado, dentre eles o ex-presidente do PSDB e hoje senador Eduardo Azeredo, que aguarda julgamento.

Também foram denunciados na capital federal o ex-vice governador de Minas e hoje senador, Clésio Andrade, e o ex-ministro do governo Lula Walfrido Mares Guia, que deve ser beneficiado por prescrição por causa da idade.

Rogério Correia refuta a expressão “mensalão”, cunhada por Roberto Jefferson, delator do esquema petista.

Para o deputado mineiro, os dois esquemas envolveram caixa dois para sustentação de campanhas eleitorais – e não para a compra de votos.

“Também eles [base aliada do PSDB] votavam com o governo, sempre votaram com o Azeredo, na Assembleia Legislativa, e com o Fernando Henrique, na Câmara Federal, como é o caso do Aécio Neves. Se é pra dizer que era compra de votos, todos seriam…”, ressalta.

Ele não nutre expectativa em relação à punição de políticos do PSDB.

Lembra que o ex-presidente da Câmara, deputado federal João Paulo Cunha (PT/SP) foi condenado pelo STF tendo como principal prova o fato de que a mulher do parlamentar fez um saque em dinheiro na boca do caixa; já políticos do PSDB que receberam dinheiro do mensalão tucano diretamente em suas contas, com comprovantes de depósito e tudo, ficaram livres do processo.

***

A seguir, os nomes da Lista de Furnas

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Por que o mensalão tucano, a Lista de Furnas e os processos contra Aécio no STF não andam?

12 de março de 2013

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Via Os amigos do presidente Lula

Na segunda-feira, dia 11, o colunista Cláudio Humberto, que não é lá essas coisas, mas que entende de demotucanos, soltou essa nota, dos sonhos da assessoria do senador Aécio Neves (PSDB/MG):

Aécio Neves e Joaquim andam conversando, e muito

Dois campeões de audiência em pesquisas de intenção da votos para presidente da República, o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, andam conversando, e muito. Eles se encontraram casualmente na noite de Brasília, mas depois as conversas ficaram frequentes. Os amigos comuns sonham com essa “chapa perfeita” na eleição de 2014.

Eles sabem

Tanto Aécio Neves quanto Joaquim Barbosa gostam de frequentar o bar Balcony 412, o favorito de quem sabe das coisas em Brasília.

Em 9 de dezembro de 2012, foi a vez do colunista Lauro Jardim, outro que entende de demotucanos, publicar na revista Veja:

Aécio e Joaquim

Na sexta-feira, dia 30, dia seguinte da festa oficial de posse de Joaquim Barbosa, o novo presidente do STF foi homenageado em nova comemoração.

Sem as dezenas de convidados institucionais da noite anterior, desta vez os presentes eram os amigos mais íntimos — uns 60 no total. Só um político compareceu: Aécio Neves.

Antes que alguém infira que o julgamento do mensalão mineiro possa vir a ter alguma amaciada, é bom lembrar: Joaquim Barbosa já declarou voto em Lula e em Dilma e nada disso afetou-o no julgamento do “mensalão”.

Essas notas se mostram trânsito do senador tucano dentro do STF, o que, inclusive, lhe dá prestígio e rende adesões de outros políticos encalacrados com a Polícia Federal, pega mal para o presidente do STF e para a corte que preside.

Afinal o mensalão tucano não anda no STF com o mesmo empenho que tiveram para julgar o “mensalão” que atingiu petistas. Há intensas articulações demotucanas para o Judiciário abafar as investigações sobre a Lista de Furnas.

Além disso, em maio vai fazer dois anos que a representação denunciando Aécio e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, está na gaveta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sem abrir inquérito.

Todo esse quadro passa a imagem desalentadora ao povo brasileiro de que a Justiça no Brasil é diferente para uns e outros, a depender das relações de amizade.

***

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Ocultação de patrimônio: “Laranja” complica Aécio Neves e sua irmã Andréa

4 de janeiro de 2013

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Arrolada como testemunha de acusação, “ex-sócia” dos irmãos Andréa e Aécio Neves abre o jogo na Polícia Federal e confessa que era apenas “laranja”.

Via Novojornal em 4/1/2013

A situação do senador Aécio Neves (PSDB/MG) complica-se cada vez mais, depois de divulgada por Novojornal a “Lista de Danilo de Castro”, que fundamentou a “Lista de Furnas”, descrevendo como foram distribuídos os recursos arrecadados ilicitamente por Dimas Fabiano na campanha de Aécio para governador de Minas em 2002.

Denunciado juntamente com sua irmã Andréa pelos deputados estaduais de Minas Gerais Sávio Sousa Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), perante à Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, Procuradoria Geral da República e Receita Federal, o senador mineiro e sua irmã viram de uma hora para outra suas realidades patrimoniais devassada.

Em Minas Gerais, onde Aécio tem controle absoluto sobre decisões e ações dos que ocupam o cargo de procurador geral de Justiça desde 2002, quando assumiu o cargo Jarbas Soares, seu sucessor Alceu Torres, em uma decisão, segundo seus próprios colegas, “desprovida de fundamentação legal e total parcialidade”, determinou o arquivamento do pedido de investigação.

Decisões idênticas foram tomadas em relação a todas as iniciativas de investigações contra Aécio Neves e integrantes do Governo de Minas Gerais, que tramitaram na PGJ/MG nos últimos dez anos. Atualmente encontra-se pendente de julgamento o pedido de reconsideração da decisão tomada.

Em Brasília, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, determinou “sigilo total” sobre as investigações. Porém, procuradores críticos de sua atitude, por considerá-la partidária, informam que na semana anterior ao Natal de 2012 chegou à mesa de Gurgel parecer de 35 páginas contendo levantamentos preliminares recomendando que fosse aberto procedimento investigatório.

Os mesmos procuradores informam ainda que desde 2004 já existiam informações suficientes para o indiciamento de Aécio e de sua irmã Andréa, fato que foi omitido na denúncia apresentada pelo ex-procurador geral da República Antônio Fernando de Souza, no esquema criminoso denominado mensalão tucano, que arrecadou e distribuiu recursos ilícitos, alguns oriundos de empresas públicas mineiras, que operou na campanha de Azeredo em 1998 para o governo de Minas.

Fundamentam suas afirmações no que vinha sendo guardado a sete chaves, o “Relatório da Polícia Federal” sobre as investigações realizadas na época sobre o mensalão tucano. Procedimento “desarquivado” em novembro de 2012, devido à denúncia apresentada pelo ministro do STF Gilmar Mendes contra a revista CartaCapital por ter divulgado uma lista dos que teriam sido beneficiados pelo esquema criminoso contendo seu nome.

A fundamentação da denúncia de Gilmar Mendes era de que a lista noticiada seria falsa, obrigando a Polícia Federal abrir procedimento investigatório para ouvir os apontados por Gilmar Mendes como envolvidos no caso. Segundo as mesmas fontes, o relatório encontrava-se “guardado”, porque no mesmo está provado documental e testemunhalmente como funcionou todo o esquema criminoso em relação ao PSDB, ao contrário do ocorrido em relação ao mensalão do PT.

O relatório comprova que a lista, publicada por CartaCapital, além de não ser falsa, era de conhecimento da Polícia Federal, da Procuradoria Geral da República e do STF. A origem da lista é informada na página 11:

“Resumo da movimentação financeira ocorrida no ano de 1988 na campanha para reeleição ao governo do Estado de Minas Gerais pelo atual senador da República, Eduardo Brandão de Azeredo. e do atual vice-governador, Clésio Soares de Andrade. Eleição de 1998 – histórico”.

Documento obtido através de apreensão, foi este resumo que possibilitou a investigação da PF, que fundamentou a denúncia do procurador geral da República, aceita e em curso no STF através da Ação Penal 536/MG, tendo como relator o ministro Joaquim Barbosa.

Assessores do STF mostraram-se assustados com as indagações do Novojornal, depois de confrontados com cópia do relatório e do protocolo, foram obrigados a reconhecer o fato informando que o inquérito encontrava-se “guardado”, por estratégia do ministro Joaquim Barbosa, para evitar pressões principalmente depois de cumprida determinação do ministro para que as testemunhas de acusação fossem ouvidas.

O apurado e descrito no “Relatório da Polícia Federal” comprova que Lídia Maria Alonso Lima, funcionara como “laranja” de Aécio e Andréa Neves. Ouvida pela Polícia Federal, ela disse:

“Que em 1998 trabalhava na Empresa Comercial Factoring Ltda., de propriedade de Andréa Neves da Cunha, onde exercia a função de gerente na referida empresa.

Que indagada acerca das empresas denomínas Sistema de Comunicação Azaleia Ltda., Editora Gazeta de São João Del Rey Ltda. e Taking Care Ltda., onde seu nome faz parte do quadro societário das mesmas, a declarante confirma tal participação. Que, quanto a empresa Sistema de Comunicação Azaleia Ltda., trata-se da Rádio Azaleia FM, cujo contrato social foi registrado em 1997, conforme cópia que ora apresenta, porém, até o momento, a mesma ainda não entrou em funcionamento por questões burocráticas; Que, quanto à empresa Editora Gazeta de São João Del Rey Ltda., a mesma foi aberta pelo senhor Herval da Cruz Braz (já falecido), esposo de Andréa Neves da Cunha, irmã de Aécio Neves; Que, com a morte do senhor Herval, a declarante foi convidada por Andréa Neves a integrar o quadro societário da mesma, uma vez que Andréa Neves se ausentou por três anos de Belo Horizonte/MG, indo morar no Rio de Janeiro, de 1999 a 2001, e por questões de confiança, deixou referida empresa sob a responsabilidade da declarante; Que, a declarante acredita que nunca fez nenhum tipo de retirada na mencionada editora, mesmo por que o histórico financeiro da empresa nunca foi dos melhores; Que, quanto à empresa Taking Care Ltda., a mesma foi fundada em 12/12/1995, por Andréa Neves da Cunha e Herval da Cruz Braz; Que, em outubro de 1999, com a morte do senhor Herval, a declarante foi convidada para integrar o quadro da Taking Care, com 0,01%, ou seja, apenas para cumprir exigência legal; Que, na 6ª Alteração Contratual a declarante deixou de figurar no quadro societário da Taking Care, passando a funcionária formalmente contratada, ocasião em que passou a fazer parte do quadro societário da mesma, com 49%, o senhor Aécio Neves da Cunha, irmão de Andréa Neves; Que, em 2003, quando o senhor Aécio Neves assumiu o cargo de governador do Estado de Minas Gerais, este solicitou a Andréa que retirasse o seu nome do quadro societário da Traking Care; Que, na sétima alteração contratual a declarante voltou a compor o quadro societário da Traking Care, desta feita com 49%, Que, na última alteração contratual a declarante passou a ter apenas 5% do capital social da Traking Care e a senhora Andréa Neves 95%.

A Rádio Azaleia encontra-se instalada na cidade de Bocaiuva, FM 101,5 MHz. Em 1997, segundo depoimento de Lídia Maria Alonso Lima, quando foi registrada, Aécio era deputado federal e pela lei estaria impedido de ter concessões do Estado.

Segundo fontes da PGR, “apenas estes fatos seriam suficientes para apresentação de denúncia contra Aécio e Andréa Neves no processo do mensalão tucano, movido contra Eduardo Azeredo, o que não ocorrera por decisão política, porém, a situação complicou-se após a denúncia apresentada pelos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB/MG) e Rogério Correia (PT/MG)”.

“A confissão de Lídia Maria Alonso Lima perante a Polícia Federal somada as denúncias apresentadas pelos dois deputados mineiros comprovam como vem operando a mais de uma década o esquema montado para ocultar o patrimônio, benefícios de concessões e recursos públicos sem que apareça Andréa e Aécio Neves”, conclui.

Sabe-se que investigações da Receita Federal aprofundaram-se na análise do patrimônio das empresas IM Participações e Administração Ltda. e NC Participações Ltda., nas quais são sócios Aécio, Andréa e sua mãe Inês Maria, principalmente em relação ao patrimônio incorporado que não teve origem nos bens deixados por Gilberto Faria.

A denúncia dos deputados Sávio Souza Cruz e Rogério Correia relata a ocultação de patrimônio e rendas:

“A declaração de bens apresentada por Aécio na Justiça Eleitoral aponta um cidadão de pouco patrimônio, com rendas de servidor público incompatível com a vida de Aécio Neves, que viaja constantes ao exterior, utilização de veículos de luxo, refeições e hospedagens em points do jet set nacional e internacional e a utilização de jatinhos particulares para o seu deslocamento.

Certamente, tais condutas e procedimentos não são próprios de um mero agente político, que ocupa cargos públicos desde os 18 anos de idade.

Perante a Justiça Eleitoral, para seu registro de candidatura ao Senado da República no ano de 2010, apresentou a seguinte relação de bens, com os seguintes valores:

a) Apartamento no Rio de Janeiro, no valor de R$109.500,00;

b) Lote, no valor de R$6.639,73;

c) Lote, no valor de R$9.715,62;

d) Ações, no valor de R$0,09

e) Ações, no valor de R$217,26

f) Cotas de capital da IM Participações , no valor de R$95.179,12;

g) Empréstimo a NC Participações Ltda., no valor de R$8.544,12;

h) Objeto de arte no valor de R$13.650,00;

i) 50% de imóvel rural, no valor de R$87.000,00;

j) Saldo em conta corrente no valor de R$331,07;

k) Aplicação financeira no valor de R$40.142,20;

l) Saldo em conta corrente no valor de R$10,00;

m) Aplicação financeira no valor de R$14.393,28;

n) Saldo em conta bancária no valor de R$496,93

o) Apartamento em Belo Horizonte no valor de R$222.000,00.

Total do patrimônio declarado: R$617.938,42

A declaração de bens apresentada pelo primeiro representado à Justiça Eleitoral possui os mesmos valores históricos, quanto ao patrimônio imobilizado, da declaração apresentada em 2006, quando de sua segunda candidatura a governador de Minas Gerais, com pequenas variações. Quanto ao patrimônio total, houve uma redução nominal em quatro anos da ordem de cerca de 20% (vinte por cento).

Em quatro anos, o primeiro representado teve decrescido seu patrimônio.

A remuneração do governador do Estado de Minas Gerais, ocupação principal do primeiro representado no período de janeiro de 2003 a abril de 2010, era de R$10.500,00 (dez mil e quinhentos reais) brutos, nos termos da Lei Estadual 16.658.

Durante este período apontado, o primeiro representado realizou 11 (onze) viagens ao exterior as suas expensas, segundo dados colhidos junto à Assembleia Legislativa, muitas vezes em companhia da família e segundo notas de imprensa, frequentemente a destinos de alto luxo como Aspen, estação de esqui nos Estados Unidos.

De abril de 2010 a fevereiro de 2011, quando voltou a assumir mandato eletivo, o primeiro representado esteve desempregado. Entretanto, continuou realizando viagens ao exterior e com seus hábitos caros e pouco comuns à maioria esmagadora da população.

O primeiro representado tem uma de suas residências fixas na cidade do Rio de Janeiro, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Bairro Leblon, considerado de classe alta. Outra, em Belo Horizonte, também em um bairro considerado zona residencial nobre.

As despesas com manutenção de suas residências e de seu nababesco estilo de vida, compreendendo restaurantes de primeira linha, festas com celebridades, boites e viagens a bordo de jatos particulares são incompatíveis com os seus rendimentos declarados.

É bem verdade que o primeiro representado tem declarado em seu patrimônio a participação societária nas empresas NC participações Ltda. (CNPJ 23.205.958/0001-14), no valor de R$9.819,00 (nove mil e oitocentos e dezenove reais) e da IM Participações e Administração Ltda. (CNPJ 28.264.463/0001-80) no valor de R$95.179,12 (noventa e cinco mil e cento e setenta e nove reais e doze centavos) esta com sede na residência de sua mãe, a anciã Inês Maria Neves de Faria, com endereço na Rua Pium-i, 1.601, Apto 901, em Belo Horizonte e agora, incorporada ao seu patrimônio a Rádio Arco Íris Ltda., cujas operações serão detalhadas a seguir.

Mas seria o rendimento auferido pelo primeiro representado por sua participação acionária nestas empresas que suportariam todas as elevadas despesas de seu estilo de vida ostentoso ou, a exemplo do que acontece comprovadamente com a empresa Rádio Arco Íris, o primeiro representado utiliza-se diretamente de recursos ou de patrimônio destas e de outras pessoas jurídicas para fazer frente a seus gastos faraônicos?

Ao que se demonstra o primeiro representado, em face de seus rendimentos oficiais, apresenta sinais exteriores de riqueza incompatíveis com seus rendimentos, nos exatos termos do art. 6º da Lei Federal 8.021/90, fruto de ocultação de patrimônio, de fraude fiscal ou de ambos”.

Prosseguindo:

“Um dos instrumentos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de patrimônio é a Rádio Arco Íris Ltda.

A empresa Rádio Arco Íris Ltda. (terceira representada) é de propriedade do primeiro e da segunda representados, segundo consta de registro extraído da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.

A aquisição de cotas da empresa foi realizada pelo primeiro representado no ano de 2010, quando ainda se encontrava desempregado e, portanto, sem nenhuma renda formal.

Segundo o mesmo registro, a sociedade tem por objeto ‘a execução de serviços de radiodifusão sonora de quaisquer modalidades, em quaisquer localidades do país, desde que para tanto o Governo Federal lhe outorgue permissão e/ou concessões, podendo paralelamente explorar a propaganda comercial e a música funcional’.

Para a consecução de seu objeto social, a sociedade poderá ter os gastos de custeio exclusivamente vinculados aos seus fins.

Pressupõe-se pois que as despesas legítimas que podem ser utilizadas contabilmente para dedução na receita e via de consequência abatimento no lucro são aquelas afetas aos serviços de radiodifusão sonora e, paralelamente, exploração de propaganda comercial e a música funcional.

Assim, ter-se-ão como despesas ordinárias e possíveis de constar no passivo da terceira representada as referentes a aluguel de imóvel, compra e manutenção de equipamentos, salários e encargos trabalhistas, manutenção geral das suas dependências, bem como locação, manutenção e despesas referentes a veículos colocados à disposição das finalidades da empresa, dentre outros gastos, desde que não configurado o desvio das finalidades empresariais.

O recente episódio envolvendo o primeiro representado, Sr. Aécio Neves da Cunha, parado em operação policial na cidade do Rio de Janeiro, que ganhou repercussão nacional, em face das infrações de trânsito cometidas por um senador da República e ex-governador de Estado, não passariam de noticiário e de impressões de natureza política, não fosse o primeiro representado o condutor de um veículo de propriedade de uma empresa concessionária de serviço de radiodifusão, in casu, a terceira representada.

Constatou-se, à ocasião, que o primeiro representado conduzia o veículo Land Rover “TDV8 Vogue”, ano 2010, placa HMA 1003, de valor aproximado de mercado de R$255.000,00, adquirido após as últimas eleições pela Rádio Arco Íris, de propriedade do segundo e da terceira representada.

Segundo informações fornecidas pela Assessoria de Imprensa do primeiro representado, o veículo ficava à disposição da família do primeiro e da segunda representada, que são irmãos, e era utilizado por eles durante seus deslocamentos de caráter particular e privado, no Estado do Rio de Janeiro.

Constatou-se também ser a empresa Rádio Arco Íris, terceira representada, proprietária de 12 veículos registrados no Detran/MG, sendo eles:

Placa

Marca/modelo

Ano

Tabela Fipe

HEZ 1502

Toyota Fieldes

2006

R$34.513,00

HMA 1003

Land Rover TDV8 Vogue

2010

R$254.625,00

HMO 9226

Fiat Strada Advent Flex

2009

R$38.723,00

HMO 8922

Microonibus Fiat Ducato

2009

R$67.785,00

HJO 1804

Moto Honda CG 150 Titan

2009

R$5.397,00

HHH 0211

Toyota Hilux SW4 SRV 4×4

2006

R$93.600,00

HBM 7500

Land Rover Discovery TD5

2004

R$65.210,00

HCL 4278

MMC L200 Sport 4×4 GLS

2004

R$47.215,00

GYV 7361

Microonibus M Benz 312D Sprinter

2000

R$40.055,00

LCQ 3053

Audi A6

1998

R$35.311,00

HCV 0083

Uno Mille Fire

2005

R$15.175,00

GZF 3318

Gol 1.0

2001

R$16.825,00

TOTAL

R$714.434,00

Observe-se que dos 12 veículos registrados em nome da Rádio Arco Íris, seis deles, pelo menos, não guardam qualquer nexo com os veículos de utilização normal da empresa e para os fins do objeto empresarial. Indubitavelmente são automóveis de passeio, não utilitários, e de categoria de luxo.

Além disso, tratando-se de emissora com sede e transmissão na região metropolitana de Belo Horizonte, a frequente autuação de seus veículos, no Estado do Rio de Janeiro, também atesta que os veículos não são utilizados em serviços da empresa.

As multas aplicadas aos veículos de nº 1 e de nº 2 da lista acima, conforme site do Detran/MG esclarecem que estes foram flagrados em excesso de velocidade em Búzios (RJ), Rio Bonito (RJ) em rodovias no Estado do Rio de Janeiro e também na cidade do Rio de Janeiro.

Não é crível que tais automóveis estivessem a serviço da Rádio Arco Íris naquele Estado, tanto mais considerando que a mesma é uma rádio que não possui departamento de jornalismo, atendo-se tão somente ao entretenimento do público jovem e adolescente através de programação musical e, vale lembrar, transmite sua programação na região metropolitana de Belo Horizonte.

Ad argumentandum, apesar de a Rádio Arco Íris ser a retransmissora da Rádio Jovem Pan e, conforme declarado pela Assessoria de Imprensa do primeiro representado, possuir alto faturamento anual (sic), mesmo sem entrar no mérito da destinação pelo primeiro e segundo representados de verbas públicas de publicidade ao terceiro representado, não se justifica a imobilização de patrimônio através de aquisição de veículos de luxo, imprestáveis à finalidade empresarial.

Obtempere-se que, a propriedade de tais veículos, por parte da terceira representada , poderão se prestar a:

a) contabilização de seu custeio como despesas da empresa. Assim, o pagamento dos altíssimos valores de seguro, IPVA, multas e taxas, são lançados como despesa e portanto dedutíveis para a apuração do lucro, o mesmo ocorrendo com as despesas de combustível, revisão e peças;

b) contabilização da depreciação patrimonial dos veículos, também dedutível para apuração do lucro;

c) contabilização dos possíveis contratos de arrendamento mercantil, se houverem, como despesa corrente, também passível de dedução no lucro.

Tais operações contábeis, se ocorreram, configuram burla ao fisco e evidenciam o lançamento de despesas estranhas à atividade empresarial na contabilidade da empresa, reduzindo a base de cálculo para a apuração do quantum devido à Receita Federal, em todos os tributos e contribuições fiscais e parafiscais em que o lucro for a base de cálculo. Constitui, portanto, sonegação fiscal, devendo ser apurada para a responsabilização dos envolvidos.

As cotas da Rádio Arco Íris foram adquiridas pelo primeiro representado em 28/12/2010, com o valor declarado à Junta Comercial do Estado de Minas Gerais de R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais) de um total de cotas da sociedade de 200.000 cotas, no valor total de R$200.000,00 (duzentos mil reais).

Sobre este item, deve-se considerar o seguinte:

a) O valor declarado à Jucemg não representa necessariamente o valor real da empresa;

b) Somente os veículos registrados no Detran/MG em nome da empresa têm valor de mercado de aproximadamente R$715.000,00 (setecentos e quinze mil reais), conforme Tabela Fipe;

c) O valor comercial da concessão da Rádio Arco Íris Ltda., retransmissora da Rádio Jovem Pan e ocupante do 6º lugar no ranking de audiência, é de aproximadamente R$15.000.000,00 (quinze milhões de reais), segundo informações de mercado;

d) o primeiro representado não possuía patrimônio declarado para a aquisição de tal empresa, conforme já demonstrado.

Como dito, a empresa Rádio Arco Íris é apenas um dos mecanismos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de seu patrimônio e a prática de sonegação fiscal. Só foi detectada em função de mais um excesso público cometido pelo primeiro representado, o qual é useiro e vezeiro. Apenas a investigação criteriosa da Receita Federal do Brasil poderá detectar outros métodos de sonegação utilizados pelo primeiro representado, bem como a extensão dos danos ao erário.”

Com relação às empresas IM Participações e Administração Ltda. e NC Participações Ltda., das quais Aécio e Andréa são coproprietários, solicitaram a verificação da utilização de suas rendas e patrimônio. Embora apenas a compra por Aécio Neves da participação na Rádio Arco Íris (Jovem Pan) por R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais) enquanto o valor comercial da empresa seja de R$15.000.000,00 demonstre a ocultação de bens, outros fatos foram denunciados a PGR;

“O primeiro representado (Aécio Neves) faz uso frequente de aviões particulares para seu deslocamento no Brasil e no exterior.

Constata-se por declarações dadas pelo representado à imprensa, o uso frequente de um jato particular, cujo valor de avaliação é de R$24 milhões, de propriedade da Banjet Táxi Aéreo Ltda., é feito graciosamente, por cortesia da empresa.

Ocorre que tal empresa, pertencente ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, liquidado em ruidosa nuvem de má gestão, tem como sócio administrador o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, nomeado para aquele cargo pelo primeiro representado.

No que toca ao Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes na área de mineração em Minas Gerais, tendo em vista sua posição privilegiada como presidente de uma grande estatal, o mesmo participa da diretoria ou é sócio proprietário de outras pessoas jurídicas. Tal influência passou a ser exercida a partir da posse do primeiro representado no governo de Minas. Antes disso, o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho nada mais era do que um nome nas colunas sociais.

São elas: Minasmáquinas S/A, Bamaq S.A. Bandeirantes Máquinas e Equipamentos, Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá Comipa, Comercial de Veículos Delta Ltda., CGO Administradora e Corretora de Seguros Ltda. e OEC Memória do Automóvel Ltda.

Foi também proprietário de outras empresas, juntamente com o ex-banqueiro Clemente de Faria, como a Star Diamantes Ltda., de sua propriedade quando já era presidente de empresa estatal. A primeira e a segunda empresas citadas mantêm relações comerciais com o Estado de Minas Gerais, da qual o primeiro representado foi governador nos últimos dois mandatos e o Sr. Oswaldo foi e continua sendo presidente de estatal e membro de conselhos de administração de outras empresas.

Ainda sobre a Banjet Táxi Aéreo Ltda., CNPJ 23.348.345/0001-36, frise-se, pertencente ao mesmo grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, e que cede graciosamente suas aeronaves ao primeiro representado, aponte-se que suas aeronaves foram utilizadas na campanha de 2010 ao governo de Minas e ao Senado da República pelos candidatos Antônio Anastasia, Aécio Neves e Itamar Franco. Estas informações estão no sítio eletrônico do TSE e o custo de tais locações superou o valor de R$900.000,00 (novecentos mil reais). A Banjet ainda locou suas aeronaves ao PSDB nacional, pelo que consta da prestação de contas daquele partido, também registrada no TSE.

Estas informações apenas ilustram o perfil das empresas dirigidas pelo Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes no cenário empresarial mineiro.

Mas o que levanta suspeitas é o fato de que pertenceram ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, que tinha um de seus endereços na Avenida Rio de Janeiro, 600, Belo Horizonte, coincidentemente o mesmo endereço da empresa IM Participações e Administração Ltda., à época em que a genitora do primeiro representado, Inês Maria Neves Faria, era uma das gestoras do malfadado banco, juntamente com seu marido já falecido, o ex banqueiro Gilberto Faria.

Observe-se que a empresa IM Participações e Administração Ltda. é de propriedade do primeiro representado, da segunda representada e de sua mãe, viúva do ex-banqueiro, conforme documento anexo.

Como é de praxe, são essas empresas de participação quem administram inteiras fortunas, para acobertar patrimônio de particulares, que não tem como justificar contabilmente a aquisição de ativos.

Haveria aí uma triangulação de patrimônio, de forma que não só a Banjet Táxi Aéreo Ltda., como outras empresas ligadas ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes ou não fossem de copropriedade do primeiro e da segunda representada? Certamente. Tal triangulação seria possível uma vez que a genitora de ambos representados era gestora de empresas ligadas ao banco e sócia daqueles.”

Espera-se para o primeiro trimestre deste ano a divulgação, pela Procuradoria da República e Receita Federal, do resultado das investigações, além das medidas que serão tomadas em função das denúncias apresentadas. Novojornal consultou Aécio e Andréa Neves por meio de suas assessorias. Eles preferiram nada comentar a respeito dos fatos noticiados.

Relatório da Polícia Federal que investigou o mensalão do PSDB

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Aécio/Anastasia e a parceria não explicada da Cemig com a Andrade Gutierrez
Aécioporto: Com aeroporto, tio de Aécio consegue levantar uma grana para pagar dívida
TSE denuncia sumiço de alguns milhões na campanha de Aécio
Recordar é viver: Pedido para investigar Aécio está com Janot há seis meses
Calote do PSDB em Minas soma mais de R$1 bilhão, aponta controlador
TSE diz que Aécio Neves recebeu doação do jornal Estadão, mas não declarou
Delator reafirma “tabelinha” entre empreiteira e PSDB em Furnas
Superado o golpe, começa o campeonato de 2018
O depoimento de Youssef deixou claro que a Veja cometeu um crime na véspera das eleições
Mauro Santayana: Alberto Youssef no país dos adivinhos
Por que a denúncia contra o aeroporto do tio de Aécio foi arquivada?
Youssef reafirma que não passou dinheiro para campanha de Dilma
Aécio, tremei: STF rejeita pedido para anular delação de Alberto Youssef
Lista de Furnas é real: A máscara tucana caiu
O mundo noticiou que Aécio Neves teria recebido propina. Já no Brasil…
Grandes jornais brasileiros escondem Aécio de seus leitores
Como a Globo e o UOL tentam salvar Aécio
Lista de Furnas: As manchetes seletivas da “grande mídia” na quarta-feira, dia 26/8
Assista ao vídeo em que o doleiro Youssef acusa Aécio de arrecadar dinheiro em Furnas
Por que não vazou antes o que Youssef disse de Aécio?
Deputado Rogério Correia: “Se Janot não tem provas para condenar Aécio, eu tenho.”
Lista de Furnas: O caso de corrupção que a mídia esconde
Aécio Neves protesta contra a corrupção estacionando carro em local proibido
Que medo!: Tucanos se irritam com programa do PT e pede nova eleição já
Perrella/Aécio × Indonésia/Rodrigo Gularte
Prender José Dirceu é mole, quero ver prender Aécio e Anastasia!
Blog é retirado do ar após denunciar que aeroporto de tio de Aécio foi usado para tráfico de drogas
Dilma vai para cima de Aécio: “Aeroporto imoral.”
O balanço das denúncias contra Aécio que a mídia ignorou
Aeroporto do titio: Estudante é retirado de palestra de Aécio Neves em Porto Alegre
Cuidado, direitopata!: Eurico Schwinden, vulgo Brasilianas, é um troll desqualificado e pau-mandado dos tucanos
Aécio, o primo, o aeroporto e o desembargador que recebia propina para liberar traficantes
Ministério Público/MG abre ação contra Aécio por aeroporto de Cláudio
Aécio é investigado pelo Departamento Antidrogas dos EUA por tráfico internacional de drogas
Caro FHC: O senhor poderia dizer quais foram as mentiras ditas sobre Aécio?
TSE: Proibir falar do aécioporto de Cláudio é um atentado contra a democracia
Aeroporto de Cláudio: Por que a mídia não procura o primo de Aécio?
PSDB se cala sobre Cunha e #CadeAecio bomba no Twitter
Aécio Neves, a imagem não é tudo
Aécio disputa com Collor quem tem a maior frota de carros ostentação
Quanto pior, melhor: Aécio quer quebrar o Brasil
Leandro Fortes: Asteroide atingiu o Brasil e matou todos os eleitores de Collor
Aécio Neves não entende nada de nada
Vazamento seletivo: “Grande mídia” não diz nada sobre propina que empreiteiro deu para Aécio
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Lista de Furnas é esquema comprovado e repleto de provas na Justiça

19 de dezembro de 2012

Furnas_Bessinha

Helena Sthephanowitz, via Rede Brasil Atual em 19/12/2012

Bastou o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, ter requerimento aprovado para convidar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a explicar no Congresso Nacional a chamada Lista de Furnas – um esquema clandestino de caixa de campanha que funcionou na empresa estatal durante o governo de FHC – para que jornais da velha mídia, ao noticiar o fato, colocassem entre parênteses que a lista seria “comprovadamente falsa”. Não é o que diz o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

De acordo o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro reportagem A Privataria Tucana, a procuradora da República Andrea Bayão Ferreira denunciou o ex-diretor de Planejamento de Furnas Dimas Toledo e um grupo de empresários e políticos acusados de participar da tal lista. A denúncia reúne um arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita Federal que comprova a existência do esquema, aliás, muito semelhante ao recente escândalo das propinas da Alstom para tucanos paulista.

Segundo a denúncia, o dinheiro desviado pelo esquema vinha de contratos superfaturados da estatal com duas empresas: a Toshiba do Brasil e a JP Engenharia Ltda. As duas foram contratadas sem licitação para obras.

Os próprios executivos da Toshiba do Brasil confirmaram a existência do caixa 2 que pagava servidores e políticos. O superintendente Administrativo da empresa afirmou que pagamentos eram feitos através de contratos de consultoria fictícios de empresas de fachada, esquentados por “notas frias”.

As escutas da Polícia Federal desmentem que Nilton Monteiro teria tentando falsificar a lista. Pelo contrário. “Durante a intercepção das linhas telefônicas usadas por Nilton Monteiro, nada foi captado que indicasse a falsidade da lista, ao revés, em suas conversa telefônicas, inclusive com sua esposa, sustenta que a lista é autêntica”, diz a procuradora.

A denúncia do MP inclui também depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) confirmando ter recebido R$75 mil da estatal (que consta na lista de Furnas), na campanha para deputado federal em 2002. O dinheiro foi entregue pelo próprio Dimas Toledo num escritório no centro do Rio, segundo Jefferson.

Peritos da Polícia Federal confirmaram a autenticidade da assinatura de Dimas Toledo na “Lista de Furnas”, e não encontraram indícios de montagem. Antes dos jornalões saírem repetindo por aí apenas palavras de políticos tucanos que desqualificam a lista por motivos óbvios, deveriam fazer o dever de casa e tomar conhecimento da denúncia da procuradora Andrea Bayão.

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