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Mídia golpista: Jornal Nacional omite prêmio importante do Bolsa Família

18 de outubro de 2013

JN_Logo_NaoHelena Sthephanowitz, via RBA

O principal telejornal da TV Globo está demonstrando um parcialismo político e antipopular cada vez mais despudorado. Na edição de terça-feira, dia 15, não mostrou a principal notícia sobre mais um êxito de uma política pública que combate um dos problemas históricos do Brasil, a pobreza. O Programa Bolsa Família ganhou um prêmio internacional comparável a vencer uma Copa do Mundo na erradicação da pobreza.

O prêmio foi concedido pela principal instituição que promove a seguridade social no mundo e atua em 157 países, a Associação Internacional de Seguridade Social (Issa). É uma premiação rara, pois é concedida somente de três em três anos. Segundo a Issa, o Bolsa Família é uma experiência pioneira na redução da pobreza e modelo para demais países. Tanto a notícia é relevante que ela foi – como tinha de ser – destaque em outras redes de televisão. Jornalismo básico.

O expurgo da notícia pelo principal telejornal do país não chega a ser surpresa para quem acompanha a linha editorial das organizações Globo. Em sintonia com setores da oposição tucana que desdenha do programa social, o jornal O Globo já publicou diversos artigos e editoriais contrários ao Bolsa Família.

Nos telejornais, em geral, o programa só merece espaço no noticiário quando ocorre algum problema, como na recente onda de boatos mentirosos sobre o seu fim, que levou a uma corrida dos beneficiários para fazerem saques antecipados. Na tevê há mais sobriedade nas críticas do que no jornal impresso, mas não faltam casos de dar voz excessiva aos críticos, enquanto censura opiniões favoráveis e premiações importantes como esta.

Mas os problemas de parcialidade do Jornal Nacional não ficaram só aí na edição daquela terça-feira. O telejornal também não divulgou a pesquisa eleitoral do Vox Populi que não foi muito favorável aos candidatos de oposição, o que seria mais do agrado dos donos da emissora. A sondagem mostrou que a oposição como um todo encolheu com a exclusão de uma das candidaturas, ou de Marina Silva (PSB) ou de Eduardo Campos (PSB) que, agora, no mesmo partido não poderão concorrer simultaneamente.

Para complicar a situação da oposição, quando Marina Silva é testada como candidata no lugar de Eduardo Campos, ela fica em segundo lugar, na frente de Aécio Neves (PSDB), com números semelhantes aos que já tinha antes. As intenções de votos que eram para Campos parecem migrar para Dilma em maior quantidade, em vez de ir para Marina. No cenário em que Campos é candidato no lugar de Marina, as intenções de votos dela são diluídas entre os outros candidatos, e Campos continua em um desconfortável terceiro lugar com cerca de metade das intenções de votos de Aécio Neves. Esse resultado pode aumentar desavenças dentro do PSB. A ilusão de que Aécio e Campos subiram alguns pontos a estatística explica: com apenas três candidatos para dividir o bolo de intenções de votos, a fatia de cada um fica maior do que se houvessem quatro.

Ah! Como se não bastasse ainda teve mais um capítulo da novela requentada das investigações sobre o PCC, parecendo querendo diluir a pauta das propinas pagas pela Siemens e Alstom a autoridades dos governos tucanos de São Paulo. Aliás o noticiário policial dominou a pauta.

Mas teve até uma matéria sobre propina paga na Suíça para um diretor da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Uau! Finalmente uma notícia desfavorável ao governo tucano paulista? Ledo engano. A reportagem termina poupando o PSDB e o governador Geraldo Alckmin, encerrando com o apresentador William Bonner lendo uma nota oficial do PSDB sobre o assunto, em vez do tradicional “procuramos ouvir o governador Geraldo Alckmin, mas sua assessoria disse que ele não se manifestaria”.

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Bolsa Família reduziu a extrema pobreza em 28% nos últimos dez anos

Via Blog do Planalto

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, e o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, apresentaram, na terça-feira, dia 15, os efeitos e impactos macroeconômicos do Programa Bolsa Família no Brasil. Em 10 anos de implantação, o programa ajudou a reduzir 28% da pobreza do país, superando em 70% o patamar estabelecido pela meta do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na avaliação de Marcelo Neri, a cada 2% gasto com o Bolsa Família, 12,5% são transformados em benefício para a população, ou seja, o programa ajuda não só a reduzir a pobreza, mas também a estimular a economia a partir do consumo da população mais pobre. “O Bolsa Família tem um efeito multiplicador na economia, cada real que você gasta no Bolsa Família, ele faz a economia girar R$2,40. Ele tem um impacto sobre a pobreza, com impacto direto de 36%, ou seja, a pobreza cai de 4,9% para 3,6% com o Bolsa Família sem levar em conta os efeitos multiplicadores”.

Os dados do impacto do Bolsa Família também apontam que a renda dos mais pobres cresceu em torno de 4 vezes mais rápido do que a renda dos mais ricos. O investimento pelo governo federal no Bolsa Família em 2013 é de R$24 bilhões, o que representa 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). “Ele [o Bolsa Família] gasta apenas 0,5 de percentual do PIB, então ele consegue fazer muito na pobreza e na desigualdade. Ele consegue fazer muito, gastando relativamente pouco”, disse Neri.

Atualmente, o Bolsa Família atende a cerca de 13,8 milhões de famílias – quase 80 milhões de pessoas. Para a ministra Tereza Campello, o programa traz melhorias, principalmente, na redução da pobreza e na redução da desigualdade. “Nós temos dados, estatísticas robustas que comprovam os benefícios que o Bolsa Família trouxe para as famílias ao aliviar a pobreza, ao levar crianças para salas de aula, ao melhorar o desempenho escolar e a reduzir a mortalidade infantil”, completou Tereza Campello.

Desde 2011, com o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Bolsa Família reforçou seu foco nas famílias extremamente pobres. Por conta disso, 22 milhões de pessoas saíram da situação de miséria, superando o patamar de R$70,00 por mês.

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Bolsa Família é modelo para programa que atende 5 mil famílias em Nova Iorque

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18 de outubro de 2013

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Além dos EUA, Honduras, El Salvador, Gana, Quênia e África do Sul criaram programas similares. Governo diz que 63 países enviaram equipes para conhecer o Bolsa.

Ricardo Galhardo, via Portal iG

“Este é um inovador programa de transferência de renda com condicionalidades que visa auxiliar os nova-iorquinos a romper o ciclo de pobreza e é baseado em programas bem sucedidos ao redor do mundo”, disse o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, ao anunciar o Opportunity NYC, em 2007.

Bloomberg só não especificou que “ao redor do mundo”, no caso, significa o Brasil. Antes de implantar o Opportunity NYC, que hoje beneficia cinco mil famílias em bairros como Harlem e Bronx, o prefeito de Nova Iorque enviou uma equipe a Brasília para estudar o Bolsa Família, programa que serviu de inspiração para a administração nova-iorquina.

Pouco depois, em entrevistas à imprensa brasileira, a vice de Bloomberg, Linda Gibbs, admitiu que o exemplo nacional foi a principal inspiração do Opportunity NYC devido à exigência de contrapartidas como a permanência de jovens na escola.

Dez anos depois de sua criação, o Bolsa Família é o maior produto de exportação da chamada tecnologia social brasileira. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 63 países já enviaram equipes a Brasília para conhecer melhor o programa.

Do total, 25 países são africanos. Outros 20 são da América Latina e do Caribe. Mas o Bolsa Família também chama atenção de países desenvolvidos que historicamente foram objeto de inspiração para os brasileiros, como Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e até a Noruega, uma das nações socialmente mais avançadas do planeta.

Além dos EUA, Honduras, El Salvador, Gana, Quênia e África do Sul criaram programas baseados no Bolsa Família. Pelo menos outras duas dezenas de países estudam a implantação de modelos similares ao programa brasileiro e mantêm contato direto com o MDS.

A demanda externa por informações sobre o Bolsa Família obrigou o ministério a fazer periodicamente os seminários Políticas Sociais para o Desenvolvimento, nos quais até 40 representantes de dez países diferentes recebem instruções sobre programa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial, subordinado ao FMI, estão entre os incentivadores do programa pelo mundo. Em 2007, o Banco Mundial publicou o documento “Uma revolução silenciosa muda a vida de milhões no Brasil e no mundo”, com elogios ao Bolsa Família. O texto ganhou espaço nas maiores publicações do mundo, inclusive na conservadora revista britânica The Economist. Na época, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoelick, declarou que o modelo brasileiro “mostra que se pode fazer verdadeira diferença com programas modestos”.

Prêmio

Na terça-feira, dia 15, o Bolsa Família recebeu o prêmio Award For Outstanding Achievement In Social Security da Associação Internacional de Seguridade Social (Issa), espécie de Oscar das políticas sociais. Ao anunciar a premiação em Zurique (Suíça), a ISSA disse que o programa brasileiro é uma “experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e promoção da seguridade social”.

O sucesso internacional do Bolsa Família é considerado um dos motivos que pesaram na escolha do brasileiro José Graziano, um dos idealizadores e implantadores do programa, para presidir a FAO, órgão da ONU responsável pelo combate à fome.

Em junho deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a principal estrela de um seminário sobre combate à fome que reuniu chefes de estado africanos na Etiópia. No encontro foi fixado o objetivo de erradicar a fome no continente até 2025 por meio de programas baseados no Bolsa Família e adaptados à realidade local.

Segundo Celso Marcondes, coordenador executivo da Iniciativa África do Instituto Lula, 16 países africanos procuraram a entidade para obter informações sobre o Bolsa Família.

“A demanda por informações é muito grande. Praticamente todas as missões africanas que visitam o instituto querem conhecer o Bolsa Família”, diz ele. “Mas lá eles ainda estão na fase de debater a eficácia da distribuição direta de dinheiro”, completa.

De acordo com Marcondes, o formato final dos programas varia conforme a realidade local. Muitos países não têm rede bancária, cadastro ou estabilidade política. No Quênia, por exemplo, o governo contornou a ausência de rede bancária usando um sistema de compra e venda de créditos de telefone celular aproveitando o fato de que os aparelhos são muito populares no país.

Já na Somália, onde parte do território hoje é dominado por grupos piratas, o governo criou um sistema de cupons transportados por mascates que atravessam o país em lombo de burros. “Apelidamos de bolsa-burrico”, diz Marcondes.

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17 de outubro de 2013

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Fundada na Suíça, em 1927, e reconhecida por 157 países e 330 ONGs, a Associação Internacional de Seguridade Social concede seu maior prêmio ao Bolsa Família. Os reconhecimentos ocorrem apenas de três em três anos. Atacado no Brasil, programa foi julgado como “experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza”. Em entrevista coletiva no Ipea, na manhã de quinta-feira, dia 15, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que “premiação internacional reconhece o esforço do País para construir uma rede de proteção social”. O estudo inédito do instituto sobre o impacto da iniciativa na economia revela que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. Além disso, cada real gasto com o programa, que completa dez anos, faz a economia girar 240%.

Via Brasil 247

O governo não tem como não comemorar. Polêmico no Brasil, onde é alvo de ataques em razão de falhas pontuais e, também, pelo que é visto por muitos como “caráter assistencialista”, o Programa Bolsa Família acaba de receber aquele que é considerado o Prêmio Nobel da seguridade social.

Trata-se do Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos.

O Bolsa Família, que está completando dez anos de existência no atual formato, foi considerado pela Issa como “uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social”.

Em coletiva de imprensa concedida no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta manhã, em Brasília, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que a “premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social”.

O instituto apresentou um estudo inédito sobre o impacto da iniciativa, que completa dez anos, na economia. De acordo com Marcelo Neri, presidente do Ipea, se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. “É um impacto de 28% e o efeito aumenta ao longo do tempo”, afirma Neri.

Ainda segundo o estudo, apresentado por ele, “cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social” e faz a economia girar 240%. O presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). “Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais”, lembrou.

Leia a íntegra do estudo aqui.

Abaixo, texto da assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social:

Brasil recebe prêmio internacional por Bolsa Família

O governo brasileiro recebeu prêmio internacional por causa do Programa Bolsa Família. A Associação Internacional de Seguridade Social (Issa) anunciou hoje, 15 de outubro, na Suíça, o país como vencedor do I Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security em reconhecimento ao sucesso do Bolsa Família no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população mais vulnerável do Brasil.

A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, comenta o prêmio em coletiva de imprensa nesta manhã, no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Ed. BNDES/Ipea, subsolo).

A Issa é a principal organização internacional voltada à promoção e ao desenvolvimento da seguridade social no mundo, atuando na produção de conhecimento sobre o tema e no apoio aos países para a constituição e aprimoramento de seus sistemas de proteção social. Fundada em 1927, a organização tem filiadas 330 organizações em 157 países.

O prêmio, entregue a cada três anos, é atribuído a instituições e programas, conforme a relevância de sua contribuição. Sua primeira edição foi dedicada ao Bolsa Família porque, segundo a Issa, o programa é uma “experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social”.

Na coletiva a ser realizada hoje, o presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, apresentará o estudo inédito “Efeitos macroeconômicos do Programa Bolsa Família: uma análise comparativa das transferências sociais”, que será um capítulo do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, a ser lançado em parceria por MDS e Ipea em 30 de outubro, durante evento comemorativo dos dez anos do programa.


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