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MP investiga gestões de Serra e Kassab por desvio de R$10 bilhões do IPTU

17 de fevereiro de 2014
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Assessor de Serra e Kassab, Hussain Aref Saab, acumula uma fortuna em imóveis.

Via Correio do Brasil

Informações divulgadas na edição de n° 2.308 da revista semanal de centro IstoÉ indicam que o Ministério Público de São Paulo e a Controladoria Geral do Município (CGM) investigam 84 empresas suspeitas de integrar um esquema de cobrança de propina para zerar dívidas milionárias do IPTU, ocultação de reformas de grandes empreendimentos para reduzir o cálculo do tributo e até rebaixamento do padrão de construções de luxo para diminuir o valor venal do imóvel.

De acordo com as informações, o promotor Marcelo Mendroni afirma que, além dos fiscais já investigados pela máfia do ISS, “de cinco a dez auditores da prefeitura paulistana podem ter participação no esquema”.

Os órgãos que estão investigando o caso afirmam que se ao menos metade dessas verbas drenadas pela corrupção durante a gestão PSDB/PSD for recuperada, a prefeitura terá em caixa dinheiro para realizar investimentos em áreas como saúde e educação da ordem de R$4 bilhões.

A semanária ainda apresenta declarações do fiscal Luís Alexandre Magalhães, que foi pego em gravações com Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita na gestão Kassab (2006-2012), apontado como o chefe da quadrilha, ele diz que tem “todos os comprovantes do IPTU” das empresas que conseguiram certidões negativas de débitos do imposto com a ajuda do grupo.

Os auditores chegaram a sumir com o registro de devedores que haviam aderido ao Programa de Parcelamento Incentivado, lançado na gestão Kassab. Segundo os cálculos da administração, cerca de R$1 bilhão de 400 devedores do IPTU foram parcelados em até 120 meses entre 2007 e 2012. Os investigadores suspeitam que parte dessas dívidas possa ter sumido do sistema da prefeitura após a ação da quadrilha.

Rombo de R$10 bilhões

De acordo com a reportagem, as cifras contabilizadas em 2009, por uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal da cidade, mostram que o rombo seria bilionário. Além disso, aponta que entre 2003 e 2008, durante as gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), cerca de três milhões de metros quadrados de construções estavam irregulares e R$10 bilhões teriam sido drenados dos cofres públicos.

Quem lucrou

As investigações indicam que o esquema de desvio do IPTU beneficiaram shoppings, igrejas e até universidades e era coordenado pela mesma quadrilha de fiscais da prefeitura que desviou mais de R$500 milhões do Imposto Sobre Serviços (ISS).

Segundo a denúncia, em alguns casos o recolhimento do tributo caiu pela metade. “Não é possível estimar ainda o prejuízo aos cofres públicos. A investigação está só no início, mas dá para ter a ideia de que são muitos milhões de reais desviados”, diz o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Delitos Econômicos.

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As propinas dos shoppings para a Prefeitura de São Paulo

14 de julho de 2012

Lido no Advivo

Polícia indicia executivo de empresa sócia de shoppings

O presidente de fundo da BGE é suspeito de corrupção e formação de quadrilha. Grupo é acusado de pagamento de propina para obter alvarás de obras em centros de compras de São Paulo.

Evandro Spinelli e Rogério Pagnan

Bayard Lucas de Lima, executivo da Brookfield Brasil, foi indiciado ontem pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele é o presidente do fundo gestor da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings. A BGE é acusada por ex-executivos da empresa de ter pago propina para funcionários da Prefeitura de São Paulo para obter alvarás de obras para seus shoppings.

A partir das acusações de Daniela Gonzalez, ex-diretora financeira da empresa, a Promotoria e a polícia começaram a investigar o grupo.

Sete pessoas já prestaram depoimento confirmando o que Daniela falou: a BGE pagou propinas a Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor que aprova prédios de médio e grande portes, e ao vereador Aurélio Miguel (PR).

Em depoimento na Delegacia de Crimes contra a Administração, Lima negou as acusações e acusou a ex-diretora de ter desviado dinheiro da empresa.Ele afirmou que a maioria dos que acusam a empresa trabalhava com Daniela.

Os promotores que acompanharam o depoimento, no entanto, não acreditaram na sua versão. Para eles, além de sete pessoas terem confirmado o pagamento de propina, uma das testemunhas – que dá ainda mais detalhes que a ex-diretora financeira e envolve outros servidores – não trabalhava com Daniela.

Após ser ouvido, Lima foi informado de seu indiciamento. Significa que ele agora é oficialmente investigado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.

Shoppings

A revelação das acusações de Daniela Gonzalez em 14 de junho deu início a uma blitz da prefeitura em shoppings da cidade. Os shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista – ambos têm a BGE como sócia – tiveram seus alvarás cassados e podem ser lacrados até o fim deste mês.

Segundo Daniela, em depoimento confirmado por outros ex-executivos, a BGE teria pago propinas para obter benefícios da prefeitura para os dois empreendimentos.

Se o shopping Higienópolis não regularizar a situação do estacionamento principal do prédio e de outras garagens de apoio que não têm alvará. O empreendimento será multado em R$1,5 milhão na segunda-feira, dia 16, e notificado a fechar em até dez dias.


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