Fernando Brito, via Tijolaço
Uma reportagem do Valor de quinta-feira, dia 17, mostra como é perigoso, em matéria de petróleo, fazer raciocínios simplórios e imediatistas. A Petrobras, vocês se recordam, ia “quebrar” por conta da defasagem entre os preços internacionais da gasolina e do diesel, na casa dos 30%.
Agora, eles admitem que essa defasagem caiu para 9%. Talvez menos, porque o preço internacional do petróleo teve ligeira queda, em torno de 4%, nos últimos dias.
Não é lúcido tentar negar o óbvio, pois é evidente que o preço da gasolina – ao menos nas refinarias – está contido, embora o “mercado livre” pratique diferenças de preço que chegam a mais de 15% entre os preços nas bombas.
Mas é evidente que as forças políticas que, através da imprensa, clamavam por “reajuste já” visavam o desgaste político não apenas do governo Dilma quanto, sobretudo, a própria Petrobras, justo no momento em que ela será, como nunca antes, a ferramenta do país na apropriação para o Brasil da maior reserva de petróleo do pré-sal.
O reajuste, quando vier, virá na hora e no tamanho certo para ser absorvido, sem danos, política e economicamente, embora os “aumentistas”, aí, preparem uma nova temporada de “o mundo vai acabar”.
Da mesma forma, acreditem, vai seguir o leilão de Libra. A greve dos petroleiros, algo delicado, porque envolve a segurança das operações de extração e refino de petróleo, deve ser vista com serenidade, sem atropelos.
Depois do leilão do Campo de Libra, na segunda-feira, dia 21, os contras, por ingenuidade e desconfiança, vão ver que a mídia vai falar muito em “fracasso” do leilão”. Fracasso, para eles, claro, é a Petrobras ganhar.
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