Posts Tagged ‘Estudo’

A maioria dos jornalistas não entende nada de política e não tem postura crítica, aponta estudo

18 de julho de 2013
Jornalista_Pesquisa_Livro

Estudo será lançado na Livraria Martins Fontes em 15 de agosto.

Via Comunique-se

Nos últimos anos, muitas coisas mudaram na profissão do jornalista. Dentre elas, a formação política e a postura crítica, que foram prejudicadas. A afirmação é resultado do estudo feito pela professora e coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT), Roseli Fígaro, junto com os doutorandos Rafael Grohmann e Cláudia Nonato. Segundo Roseli, os profissionais de imprensa são majoritariamente não sindicalizados, de formação política débil e com pouca capacidade de análise.

A pesquisa completa, que começou a ser feita em 2010, será lançada no próximo mês. Matéria da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) revela que as conclusões qualitativas foram as que mais espantaram os pesquisadores. Em resumo, apontam para formação humanística fraca e foco muito claro na técnica por parte dos profissionais. De acordo com o pesquisador Grohmann, o que mais chocou foi o depoimento de uma das entrevistadas ao dizer que o curso de jornalismo não poderia ensinar nada mais do que a empresa já tinha feito.

Além disso, há baixa presença do debate do jornalista enquanto profissional nas universidades. “O jornalista poucas vezes se pensa enquanto trabalhador, ele é o super-herói, o salvador da pátria. Acho que o maior crédito do nosso livro é provocar essa discussão. A classe dos jornalistas está trabalhando muito e não está olhando direito para essas questões tão fundamentais”, afirma Grohmann.

Por outro lado, a pesquisa mostra que existe precarização das condições de trabalho e pouco engajamento. “Acredito que isso se dê pela atual situação de empregabilidade e pela precarização desses laços, que tornam a questão da sindicalização e da organização muito frágeis”, explica Roseli.

O estudo ouviu 538 jornalistas no estado de São Paulo por meio de quatro tipos de amostra: profissionais abordados por redes sociais (principalmente via e-mail), profissionais do Sindicato dos Jornalistas, colaboradores contratados por grande empresa editorial e freelancers.

Segundo estudo internacional, PIB chega a aumentar 50% em certas regiões brasileiras

28 de dezembro de 2012

Grafico_Subindo02Via Correio do Brasil

Apesar dos altos investimentos em publicidade e comunicação com a imprensa, São Paulo perdeu o protagonismo por “falta de visão e iniciativa política”

A economia brasileira é um exemplo de descentralização para os demais países do mundo, nos últimos anos, segundo constata uma pesquisa da Brookings Institution, com sede em Washington. Segundo o estudo “o Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu pelo menos 33% em todas as 13 regiões metropolitanas, mas em quatro – Grande Vitória, Recife, Curitiba e Baixada Santista – a expansão superou os 50%”. De acordo com o pesquisador sênior da instituição, Jill Wilson, os dados comparam a situação do Brasil entre 1990 e 2012. Wilson acrescenta que, apesar das mudanças dos últimos anos, a economia brasileira ainda é altamente concentrada no litoral.

“Apenas duas regiões [Manaus e Brasília] não estão na costa”, observa. Segundo o pesquisador, o Brasil alcançou, definitivamente, o status de potência econômica mundial. “Ao longo das últimas três décadas, uma série de líderes políticos adotou medidas para estabilizar o país e fundar as bases para uma economia nova e dinâmica”, disse.

Mas nem tudo está resolvido, acrescenta o pesquisador. Ele percebe que o País ainda precisa avançar, sobretudo, quanto ao PIB per capita. “A maioria das regiões metropolitanas brasileiras tem uma renda per capita inferior à das regiões metropolitanas de países desenvolvidos, com exceção de Brasília”, assinala.

Para o especialista, os dados comparativos precisam de uma análise mais cuidadosa. “O PIB per capita da região metropolitana de São Paulo, por exemplo, é próximo ao de Portugal e supera o da região metropolitana do Porto. No entanto, equivale a apenas três quartos do PIB per capita de Lisboa”, compara.

Com base no estudo, Wilson aponta dois pontos importantes. O primeiro é que a pesquisa confirma a perda de espaço da indústria de manufatura na economia brasileira.

“A participação desse segmento no PIB nacional caiu de 20% em 1990 para 16% em 2012”, afirma, após observar que segmentos como agricultura, mineração, hotéis, serviços financeiros e serviços de informação ganharam mais espaço.

Outro ponto, segundo o pesquisador, refere-se aos movimentos migratórios e imigratórios. Como indicativo, ele cita a Baixada Santista, onde a fatia da População Economicamente Ativa (PEA) que nasceu fora do Estado de São Paulo passou de 14% em 1990 para 25% em 2012. A região é uma das mais promissoras do ponto de vista econômico devido às descobertas do pré-sal. Já a região metropolitana de Belo Horizonte reduziu, no mesmo período, a participação dos não nascidos em Minas Gerais na PEA: de 14% para 5,8%.

Wilson também observa que na Grande Vitória houve o registro da maior taxa de emigração no censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): ao todo, 5,7 em cada mil habitantes deixaram a localidade. Ele lembra, ainda, que 30% desses emigrantes foram para Portugal, outros 30% para os Estados Unidos e 13% se mudaram para a Itália.

De acordo com o estudo, o Brasil concentra 13 das 300 principais regiões metropolitanas do mundo, segundo a Brookings Institution, uma entidade sem fins lucrativos com sede em Washington cuja missão é a realização de pesquisas independentes. O estudo, apoiado pelo banco norte-americano JP Morgan Chase, foi produzido para os investidores, que precisam tomar suas decisões ao abrir ou ampliar negócios no País.

Chora tucanada: Aumento do salário e programas de distribuição de renda fazem pobreza cair 36% no Brasil

20 de julho de 2012

Via UOL

Estudo divulgado na quinta-feira, dia 19, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos indicadores socioeconômicos compilados mostra que, entre 2003 e 2009, a pobreza no Brasil caiu 36,5%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas saíram da condição nesse período. Segundo a OIT, são consideradas pobres aquelas pessoas cuja renda fica abaixo de meio salário mínimo mensal per capita

“A redução da pobreza entre os trabalhadores e trabalhadoras esteve diretamente associada ao aumento real dos rendimentos do trabalho, sobretudo do salário mínimo, à ampliação da cobertura dos programas de transferência de renda e de previdência e assistência social – que contribuíram para o aumento do rendimento domiciliar – e também pelo incremento da ocupação, principalmente do emprego formal”, diz o documento da OIT.

A OIT dedica especial atenção ao programa Bolsa Família, do governo federal. Segundo o organismo internacional, entre 2004 e 2011, a cobertura do Bolsa Família dobrou: passou de 6,5 milhões de famílias beneficiadas para 13,3 milhões, com o investimento de R$16,7 bilhões em recursos só em 2011.

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda condicionada da América Latina (Cepal ) em número de beneficiários – cerca de 52 milhões de pessoas, o correspondente a quase a metade das 113 milhões de pessoas beneficiadas na região.

Extrema pobreza

Apesar da redução geral da pobreza, o Brasil ainda tem 8,5% de sua população vivendo em condições de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal per capita entre R$1,00 e R$70,00. O total de brasileiros nessa condição é de 16,27 milhões de pessoas, segundo estimativa elaborada pelo IBGE com base nos resultados preliminares do Censo 2010.

O documento mostra ainda que o Nordeste tem 9,61 milhões de pessoas extremamente pobres, ou seja, 59,1% do total nacional.

A incidência da extrema pobreza na região era de 18,1%, mais do que o dobro daquela correspondente ao conjunto do país (8,5%). A segunda região com maior incidência de extrema pobreza é a região Norte (16,8%). Por outro lado, a incidência da extrema pobreza era menor nas regiões Sul (2,6% da população), Sudeste (3,4%) e Centro-Oeste (4%).


%d blogueiros gostam disto: