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Tarifa de energia elétrica no Brasil é uma das menores do mundo

17 de dezembro de 2013
FHC_Apagao01

No (des)governo de FHC, as coisas eram diferentes.

Via Correio do Brasil

Com a redução nas tarifas de energia elétrica realizada pelo governo no início do ano, a conta de luz residencial no Brasil passou a ser a quarta mais barata em um ranking de 18 países divulgado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo o estudo, com a redução média de 20% autorizada em janeiro – consequência da redução de encargos setoriais e da diminuição de tarifas de geração e transmissão de ativos que tiveram os contratos de concessão prorrogados – a tarifa média residencial brasileira, sem impostos, saiu de US$18,20 por quilowatt/hora (kWh) para US$14,90 o kWh.

A queda fez com que o país saísse da 12ª posição no ranking das menores tarifas de energia residencial para o quarto lugar, atrás apenas de Estados Unidos, França e Finlândia. No caso do preço da energia para as indústrias, o Brasil passou da 14ª posição, com US$13,90 por kWh (sem impostos) para a oitava tarifa mais barata, com US$11,30 o kWh.

A Abradee informa, entretanto, que o ranking considera a base de dados internacional de 2012 e as tarifas brasileiras em janeiro de 2013, logo após a revisão extraordinária anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ou seja, não leva em conta os reajustes de tarifa aplicados ao longo de 2013.

“Só podemos fazer a comparação com 2013 quando tivermos os estudos internacionais publicados”, disse o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite.

O estudo da Abradee foi feito com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Internacional de Energia e EuroStat (provedor de informações estatísticas da Comunidade Europeia). Leite disse que o período de chuvas 2013/2014 tende a ser mais favorável do que o do ano passado, o que deve contribuir para uma situação mais estável nas tarifas em 2014.

Se as chuvas, de fato, colaborarem e mantiverem os reservatórios das hidrelétricas em bom nível, não será necessário – como ocorreu em 2013 – acionar usinas térmicas mais caras. Apesar de admitir que a situação dos reservatórios do Nordeste é menos favorável, Leite disse que as previsões para as chuvas na região são positivas. “E nós teremos no Nordeste, nos próximos anos, a entrada de várias usinas eólicas e a possibilidade de ter excedente hidráulico do Sudeste e do Norte que pode ser transferido”, disse.

Leilão de energia

Ainda na sexta-feira, dia 13, o último leilão de transmissão de energia de 2013 terminou sem disputas, sendo que os três lotes licitados tiveram apenas um lance, os deságios foram reduzidos, e um lote não recebeu nenhuma proposta. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o deságio médio do leilão foi de 5,64%.

No lote A, venceu a Taesa ao oferecer um desconto de 4,76% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima definida para o certame e garantir uma receita de R$10,99 milhões por ano, quando os empreendimentos entrarem operação. A empresa do grupo Cemig foi a única a oferecer lance pelo lote. O lote A, composto pela linha de transmissão Itabirito 2-Vespasiano 2, de 85 quilômetros, em 500 kV, participou de dois leilões em 2012, sem receber propostas.

Para o leilão da sexta-feira, dia 13, o governo mudou o traçado da linha, contornando um parque ambiental, o prazo para entrada em operação subiu de 22 para 36 meses e a RAP para o lote também subiu. A linha é dedicada a reforçar atendimento à região metropolitana de Belo Horizonte.

O lote B do leilão de transmissão de energia terminou sem receber lances e não foi licitado. Esse lote era composto pela subestação 230/138 kV Jaru, em Rondônia, e resultaria na construção de um novo pátio de 138 kV para atendimento aos municípios de Machadinho do Oeste, Theobroma, Anary e Cojubin, que atualmente são atendidos por geração a diesel.

Terrorismo midiático naufraga diante da realidade

27 de julho de 2013
Midia_Golpista02

A mídia golpista parece a Mãe Dinah:
não acerta uma.

Programas oficiais como Bolsa Família, Enem e Mais Médicos, o regime de pleno emprego e o controle da inflação já foram, um a um, dinamitados, antecipadamente, pela mídia tradicional. Ao que se pode ler nos últimos meses em revistas como Veja, Exame e Época, fracasso de todas as principais iniciativas do governo Dilma, sem exceção, era líquido e certo. Na vida real, porém, o quadro é outro: inflação de junho foi de 0,07%, Mais Médicos bateu metas, Enem superou recordes, Bolsa Família é copiado mundialmente e estádios que Veja previu para 2038 já foram entregues e estão em uso. Até aposta em que se cantaria o Hino Nacional de costas, na Copa das Confederações, deu errado, assim como a do apagão de energia. A mídia vai se emendar?

Via Brasil 247 e lido no blog da Justiceira de Esquerda

 

Um a um, todos os principais programas lançados pela presidente Dilma Rousseff foram dinamitados, desde logo e sem piedade, pela imprensa tradicional. A vida real, no entanto, mostrou, com o tempo, que todas, repita-se, todas as sinistras previsões multiplicadas pela mídia não pagaram as apostas. Em outras palavras, o escrito não valeu. Acompanhe:

Inflação disparada – O terrorismo midiático com forte viés ideológico previu, no início do ano, uma disparada sem freios da inflação, com uma capa da revista Veja, em janeiro, mostrando Dilma, em montagem grosseira, pisando no tomate. Na Rede Globo, Ana Maria Braga – quem não se lembra? – exibiu um colar em que os legumes vermelhos faziam as vezes de pérolas. Em junho, no entanto, a variação do Índice de Preços aos Consumidor (IPC) foi de ínfimos 0,07% e, para julho, todas as previsões convergem para uma deflação. Até o presidenciável José Serra, em teleconferência na semana passada, admitiu que o índice inflacionário fechará o ano dentro da meta prevista pelo BC. O assunto, assim, saiu da pauta.

Apagão energético – Antes da aposta na alta dos preços, não houve noticiário de jornal ou colunista que não tivesse cravado, na virada do ano, um iminente apagão de energia elétrica no País. Nesse campo, a ênfase mais especial partiu no jornal Folha de S. Paulo e sua articulista Eliane Cantanhêde. As defesas feitas pela presidente em pessoa e pelo ministro Edson Lobão, das Minas e Energia, foram ironizadas e desprezadas.

Luz mais cara – O propalado colapso no sistema de energia, porém, não se deu, e o Brasil continuou com suas luzes acesas, apesar do obscurantismo da mídia tradicional. Mais ainda, o igualmente combatido plano federal de barateamento das contas de luz para todos os consumidores do País, indiscriminadamente, por meio de subsídios oficiais, deu certo e, hoje, o que se paga pela energia é mais de 10% menos do que o custo no início do ano.

Fracasso do Enem – A aposta pelo caos energético foi sucedida, este ano, pela cravada geral na imprensa de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria um retumbante fracasso. Desta feita, foi o jornal O Estado de S.Paulo quem mais aplicadamente bateu o bumbo da derrota governamental. O que se viu quando foram contadas oficialmente as inscrições do Enem de 2013, entretanto, foi um recorde espetacular, com mais de 7,8 milhões de adesões espontâneas da classe estudantil. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, outro que não encontrava repercussão para suas previsões de sucesso, acertara em cheio.

Bolsa Família inútil – Hoje um sucesso mundial, exportado para diferentes países, o Bolsa Família, dinamizado no atual governo, que o levou para mais de 10 milhões de lares no País, foi ironizado, escrachado e combatido de todas as formas. O fato, gostem os barões da mídia ou não, é que ele sobreviveu, proliferou e modernizou-se com o passar dos anos, tornando-se o ponto de alavancagem para que 40 milhões de brasileiros, nos últimos anos, superassem sua situação de pobreza extrema.

Mais Médicos derrotado – Na sexta-feira, dia 26, quando o Programa Mais Médicos, que visa situar profissionais de Medicina nos rincões do Brasil, com salários de até R$10 mil para os que aceitarem o desafio, encerrou suas inscrições, mais do mesmo. Atacado por todos os flancos, o Mais Médicos obteve 18.400 inscrições de interessados em participar, além da adesão de mais de 3.500 municípios, ou 63% do total das cidades brasileiras. Um sucesso que a mídia tradicional, outra vez, não apenas não soube adiantar ao público, como o colocou no rumo errado de que, assim como os já citados anteriormente aqui, não haveria chance de dar certo. O problema, sobre esse noticiário, é que a primeira etapa do programa superou, sim, até as previsões mais otimistas e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pode respirar aliviado.

Desemprego galopante – Para usar a expressão repetida pelo papa Francisco, a mídia tradicional, agora, “bota fé” na escalada de desemprego, depois que os dados de junho mostraram, pela primeira vez desde 2009, uma interrupção no crescimento do mercado de trabalho. O ministro da Fazenda Guido Mantega, que, de resto, já foi retirado de seu cargo diversas vezes no noticiário recente, não apenas está lá, como garante que o derrotismo espalhado pelos jornais não irá triunfar. Ele assegurou que todos os indicadores do governo apontam para a manutenção da taxa de desemprego em torno do nível atual de 6% até o final do ano e, como das vezes anteriores, suas palavras são questionadas fortemente, como se, ao mesmo desta vez e num ponto estratégico para o governo, a mídia queria receber o prêmio de sua aposta.

Estádios para 2038 – Num absurdo erro matemático, só explicado pela distorção ideológica produtora de parcialidade, a revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, chegou a assegurar em uma de suas capas de 2012 que os novos estádios de futebol planejados para a Copa do Mundo só ficariam prontos, isso mesmo, em 2038! Hoje, à parte a discussão sobre custos e fiscalização no emprego de recursos, o que se sabe, a olhos vistos, é que todos os estádios prometidos, sem exceção, ou já estão prontos, e em pleno funcionamento, ou em vias de serem entregues. Um dos antecessores do papa Francisco já admitiu que nem mais os papas são infalíveis, mas Veja, apesar de todos seus erros mal-intencionados, continua vendendo sua infalibilidade. Mas quem acredita ainda nisso?

Hino Nacional de costas – O jogo de “quanto pior, melhor” praticado pela imprensa, que no passado tinha a imparcialidade como um de seus dogmas, levou a mídia a vender ao público a certeza de que o público que lotou a Arena Fonte Nova, na Bahia, para ver a estreia do Brasil contra o Japão, na Copa das Confederações, em junho, iria cantar o Hino Nacional de costas para o campo. O que houve na real, no entanto, foram mais de 45 mil pessoas emocionando os jogadores em campo com suas vozes a plenos pulmões, mão no peito, respeitando o símbolo nacional em todos os seus versos. De frente e com a cabeça erguida. De quebra, a desacreditada, pela mesma mídia, Seleção Brasileira de Futebol venceu de forma invicta e espetacular o torneio, levando dezenas de jornalistas-torcedores a rasgar suas inúteis apostas na derrota.

Acredite se quiser – Jogando em previsões sinistras e, ao não vê-las se realizarem, perdendo verticalmente em credibilidade, a mídia tradicional, nos dois últimos anos, está muito mais confundindo os leitores do que informando-os sobre o que, de fato, está acontecendo. Fosse de outra forma, os casos registrados acima não poderiam ser narrados. Mas podem, porque verdadeiros.

Uma previsão séria, diante desse quadro passado, é a de que, sem a menor dúvida, a mídia que insistir na leitura da realidade pelo caleidoscópio da ideologia irá continuar, cada vez mais, confundindo e desinformando. Acredita quem quiser no que lá está escrito.

Ações do governo federal reduzem custos do transporte público e da energia elétrica

21 de junho de 2013

Via Blog do Planalto

O governo federal implementou, recentemente, várias medidas para reduzir os custos de toda a cadeia do transporte público, desde a fabricação de ônibus e vagões de metrô até os serviços de transporte, passando pela compra de combustíveis e outros insumos utilizados pelo setor. As principais medidas tomadas foram:

1. Desoneração da folha de pagamentos

a. Para o setor de transportes urbano rodoviário, metroviário e ferroviário:

Desde janeiro de 2013, foi eliminada a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento das empresas de serviço de transporte. Em contrapartida, essas empresas passaram a pagar apenas 2% sobre seu faturamento, com impacto anual estimado de R$1,45 bilhão.

b. Para fabricação de ônibus e equipamentos ferroviários:

Para as empresas fabricantes também foi adotada a eliminação da contribuição patronal na folha. Nesse caso, houve a adoção de uma contribuição de 1% sobre o faturamento, resultando em uma desoneração de R$176 milhões por ano.

2. Eliminação do PIS/Cofins

Desde o início deste mês, está em vigor a Medida Provisória 617, que elimina a incidência de PIS/Cofins sobre a receita das empresas de transportes urbano rodoviário, metroviário e ferroviário. A alíquota anterior era de 3,65%.

3. Redução para zero da Cide sobre diesel

Desde junho de 2012, a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) foi reduzida a zero para os combustíveis. Com essa redução, reduz-se o preço do óleo diesel utilizado pelos ônibus urbanos, contribuindo diretamente para a diminuição dos custos do transporte público. Para todos os combustíveis, a estimativa da renúncia fiscal com a redução a zero da Cide é de R$11,4 bilhões.

4. Redução da tarifa de energia elétrica

Em janeiro, o governo federal viabilizou a redução dos preços da energia elétrica, insumo utilizado pelo sistema de metrô. A redução das tarifas foi de 20% em média. Isto significa uma redução de cerca de 3% nos custos das empresas do metrô. De acordo com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), o gasto médio de energia mensal, em Belo Horizonte, reduziu-se de R$1,25 milhão para R$800 mil; em Recife, passou de R$2 milhões para R$1,4 milhão.

5. IPI Zero para ônibus

Os ônibus estão isentos de IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados), iniciativa que certamente contribui para a redução dos preços finais dos ônibus, com impacto sobre a tarifa de transporte.

6. Redução do custo de financiamento na aquisição de ônibus

Em 2013, a taxa de juros para a compra de ônibus, vagões e locomotivas está estipulada entre 3% e 4%, dentro do programa federal PSI (Programa de Sustentação do Investimento). O prazo de financiamento é de até 10 anos. Com essa redução de custo financeiro, incentiva-se a aquisição de ônibus pelas empresas de transporte público. Desde 2009, já foram desembolsados R$11,6 bilhões para o transporte urbano e rodoviário no Cambito do PSI.

7. Subsídios do governo federal para o metrô

Graças também aos subsídios, o preço do bilhete de metrô em Natal, Maceió e João Pessoa é de R$0,50 desde 2003. Em Belo Horizonte, é de R$1,80 desde 2007. (arquivo em .PDF)

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“Vozes do racionamento agora se calam”, diz Dilma

28 de fevereiro de 2013

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A presidente definiu como “inadmissível” previsões de racionamento de energia feitas há dois meses, que “não deram em nada”. “Temos de ter cuidado. Porque se coloca uma expectativa negativa gratuita para o País”, disse, durante a 40ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Ela garantiu “grande salto” no setor neste ano.

Via Brasil 247

Irritada com previsões de racionamento de energia “que não deram em nada”, a presidente Dilma Rousseff garantiu, em discurso nesta quarta-feira, que o cenário, na verdade, só tende a melhorar. “As mesmas vozes que disseram, em dezembro e janeiro, que haveria racionamento de energia agora se calam”. A presidente se refere a análises de especialistas ou das próprias concessionárias de energia publicadas pela imprensa e destacada pela oposição de que o País corria o risco de sofrer um apagão.

Durante a 40ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a presidente afirmou ainda que daremos um grande salto no setor de energia elétrica neste ano. “O país tem segurança energética. Não é admissível dizer que vai haver racionamento quando não haverá. A consequência é nenhuma. Nós temos de ter cuidado. Porque se coloca uma expectativa negativa gratuita para o país”, disse a presidente.

Dilma lembrou que o Brasil tem três leilões de energia programados para 2013, além de licitações no setor, que segundo ela, continuarão sendo realizadas. O embate na questão da energia elétrica teve início principalmente pelo baixo nível de armazenamento de água em hidrelétricas registrado no final do ano passado e início desse ano, com a redução, pelo governo, da tarifa de energia elétrica. Especialistas afirmam que o governo não deveria ter estimulado o consumo da energia nesse cenário, que agora vem melhorando o estoque a cada mês.

Beto Richa passa trote nos paranaenses

5 de fevereiro de 2013

Beto_Richa01Por meio de uma ligação eletrônica, Richa afirma que baixou a conta de luz em 18%. É muito cara dura.

Esmael Morais em seu blog

Leitores deste blog reclamam que estão sendo vítimas de trote passado pelo governador Beto Richa (PSDB). Em campanha pela reeleição, o tucano está ligando para as casas dos paranaenses dizendo que baixou a conta de luz em 18%.

“O governo do Paraná tem uma boa notícia para você: a sua conta de luz vai ficar 18% mais barata.”

O diabo é que até a famosa calçada de granito do luxuoso bairro do Batel sabe que Richa e os governadores tucanos de São Paulo e Minas Gerais foram contra a redução da tarifa de energia.

Dona Dilma Rousseff fez a conta de luz baratear, mas é Beto Richa quem leva a boa notícia…

O mesmo expediente o tucano usa na inauguração de unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que no estado se chama “Morar Bem Paraná”. Ou seja, Dilma paga a conta, mas é Richa quem fatura politicamente.

É mole ou quer mais?

Cadu Amaral: O reajuste da gasolina e os bocós

1 de fevereiro de 2013

Petrobras_TucanoCadu Amaral em seu blog

O governo federal anunciou o reajuste do preço da gasolina em 6,6% nas refinarias e 4,4% nas bombas dos postos. Logo começou uma guerra de informação e contra-informação nas redes sociais motivada pela boataria da “grande imprensa” para tentar desqualificar a redução da tarifa de energia elétrica.

Sob o argumento direto ou indireto de que a redução na energia foi para compensar o aumento do preço do combustível, a “grande mídia” mais uma vez conseguiu inflar setores da classe média, sempre ela, contra o governo por elevar o preço da gasolina e tornar 4% mais caro andar de carro.

Obviamente que o reajuste do preço do combustível não é sentido apenas por quem possui automóvel. Como produtos precisam ser transportados e máquinas em fábricas precisam de gasolina e derivados para funcionar, a variação do preço deve ser repassada em vários produtos.

Mas nem de longe todo o alarde provocado merece ser levado a sério.

Primeiro que a gasolina mesmo fazendo parte da cadeia produtiva e na logística de transporte de mercadorias e de massa, ela não é a maior parte dos custos. Portanto os 4,4% de reajuste, quando inclusos junto aos outros itens, não alteram quase nada.

Segundo que este é o primeiro reajuste para cima nas refinarias em quatro anos e, em 2009, o reajuste foi negativo, ou seja, o preço da gasolina baixou.

Entre as ladainhas dos alarmistas de ocasião está que o Brasil não é autossuficiente em petróleo devido ao fato de importarmos petróleo. Também questionam o preço da gasolina por aqui ser maior do que em países que nem produzem o óleo.

Importamos petróleo por causa do tipo de óleo que produzimos. Existem dois tipos: leve e pesado. Nossa produção é, em sua maioria, pesado o que não é o melhor para fazer gasolina e sim asfalto e combustível de máquinas. Mas dá para fazer gasolina desse tipo, só que sai mais caro. Importamos o tipo leve, que são apenas 6% de nossa produção. Essa relação de importação e exportação está mais para uma troca com mercados externos. Sim, nós também exportamos petróleo.

Nossa produção supre perfeitamente nossa demanda. Além do mais também temos o etanol. Combustível feito de cana-de-açúcar e milho. No Brasil, a predominância é da cana. Nossa gasolina contém um percentual de etanol variando em torno de 30%. Não temos dependência total da gasolina.

Se considerarmos que o aumento do preço da gasolina vai ser usado em sua totalidade nos preços de outros produtos e serviços – o que seria uma excrescência – a variação dos preços seria mínima. Estamos falando de 4,4% e não 40%!

O salário mínimo no Brasil foi reajustado em 239% nos últimos dez anos para uma inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em torno de 99%. O ganho real no período foi de 140%.

Mas, de todos os argumentos, há um que não permite que nenhuma tese alarmista se sobressaia. Não tem rebolo argumentativo que derrube.

O reajuste de 4,4% é abaixo da inflação, bocó!


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