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Psolista mostra seu preconceito contra os nordestinos e contra Lula no Facebook

27 de outubro de 2012

O preconceito e a xenofobia, que até então eram características apenas da direita reacionária e nazista, também atingem pessoas ditas progressistas (sic). O psolista merece o “Prêmio Mayara Petruso” na categoria preconceito das eleições 2012.

Quem entra na página do Facebook de Pedro Muniz (imagem acima), ou Pedro Ciclista Guarani-Kaiowá, imagina que está num ambiente de uma pessoa engajada nas novas tendências de mobilidade das grandes cidades e preocupada com o problema que aflige a comunidade indígena do Mato Grosso do Sul, que luta até a morte por suas terras. Pode até ser, mas, por trás de tudo isso, existe uma mente sectária, preconceituosa e rancorosa contra Lula, nortistas e nordestinos. Essas não são características básicas de um militante de esquerda.

Num simples post no Facebook em homenagem aos 67 anos do ex-presidente Lula e convocando a militância do Partido dos Trabalhadores para ficar alerta nas eleições de 28 de outubro, o psolista Pedro Muniz colocou um comentário, afirmando que a militância dos filiados e simpatizantes do PT é paga. A do PSOL, não.

Mais adiante, o psolista diz que o remédio para acabar com “gente viciada em Lula” – que tem mais de 80% de aprovação dos brasileiros (haja viciado!) – é o “mensalão”.

Depois elocubrar sobre os males que ocorrerão ao País caso algumas hidrelétricas sejam construídas pelo governo federal, Pedro Muniz chegou ao ápice da idiotice: diz que “sente pena” das pessoas que acreditam no Lula e, mostrando todo seu preconceito contra os nortistas e nordestinos, afirma que prefere José Serra a Lula, porque o tucano não iria criar o “bolça miséria” para incentivar nortistas e nordestinos a terem filho. Pode um negócio desses?

Nas eleições de 2010, a estudante universitária paulista Mayara Petruso foi condenada a 1 ano e meio de reclusão por mensagem preconceituosa e de incitação à violência contra nordestinos em suas páginas nas redes sociais. Será que Pedro Muniz não pode ser enquadrado também?

Em tempo: segundo sua página no Facebook, Pedro trabalha como Relações Públicas no Cine Odeon, estudou História na UFRJ e mora em Istambul (sic), tendo nascido em Niterói (RJ).

Mayara Petruso, a “musa dos preconceituosos” nas eleições de 2010.

Atualizado às 00:38, de 28/10/2012.

Governo de São Paulo recomenda: “Não ande de bicicleta na rua.”

13 de julho de 2012

Diário Oficial do Estado de São Paulo diz para ciclistas saírem das ruas.

Piero Locatelli, lido no Envolverde

O Diário Oficial do Estado de São Paulo de quarta-feira, dia 11, traz a manchete “Mais ciclistas, mais acidentes”. Dentro da reportagem, um especialista sugere: “Para não colocar a vida de quem pedala em risco, recomendo não usar a bike no trânsito de São Paulo. É uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital, aos domingos.”

A reportagem, assinada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, deixa claro o tratamento dispensado à bicicleta em São Paulo. O governo do Estado não a trata como um meio de transporte, mas como uma brincadeira de fim de semana. Em vez de estimular o uso das duas rodas, o governo cria medo justamente em quem não é responsável pelos acidentes.

Um quadro de recomendações feito pela Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) endossa a reportagem, jogando a responsabilidade dos acidentes nos ciclistas. “O aumento da velocidade implica maior risco, portanto não é uma boa prática no trânsito”, recomenda o órgão responsável pela segurança no trânsito.

O discurso do governo de São Paulo em dias normais contrasta com o do Diário Oficial de quarta-feira, dia 11. O governador Geraldo Alckmin propagandeia que integrou a bicicleta ao Metrô, com a possibilidade de carregá-la dentro dos trens. Mas só é possível fazer isso em horários restritos do fim de semana. Ou seja, a bicicleta continua sendo tratada como diversão de crianças que vão ao parque no final de semana e não um jeito de chegar ao trabalho.

No município de São Paulo, as atitudes também são fracas. O prefeito Gilberto Kassab prometeu construir 100 quilômetros de ciclovias na cidade em sua gestão. Há seis meses do fim de seu mandato, só entregou 18 quilômetros.

Seria ingênuo acreditar que a bicicleta sozinha solucionaria os problemas do trânsito paulistano e tornaria a cidade um lugar melhor. A cidade concentra os empregos em regiões distantes e milhões de pessoas a atravessam todos os dias. Não é possível pedir que alguém saia de bairros dormitórios na Zona Leste para trabalhar no centro de bicicleta, percorrendo mais de 30 quilômetros.

De qualquer forma, o Estado deveria estimular o uso de um transporte que traz benefícios à cidade. Em vez de criar uma cultura do medo e mandar o ciclista ficar em casa, deveria tornar a vida deles mais fácil.


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