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Anastasia subiu no telhado: Aécio escolhe Pimenta da Veiga para governo e fecha com PP/MG

11 de janeiro de 2014
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No dia 20 de fevereiro, Pimenta da Veiga será anunciado por Aécio como candidato ao governo de Minas. Anastasia faz tudo o que seu mestre mandar.

João Domingos, via Hoje em Dia

O ex-deputado Pimenta da Veiga será o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais. A escolha do nome dele foi decidida pelo presidente do partido, Aécio Neves, num arranjo que amarra o PP de Minas ao candidato tucano à Presidência. O vice na chapa de Pimenta será o deputado Dinis Pinheiro (PP), atual presidente da Assembleia Legislativa. O PP é o terceiro maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff. O governador Antônio Anastasia disputará o Senado.

Oficialmente, o nome do candidato a governador só será anunciado no dia 20 de fevereiro, enquanto a decisão de Anastasia de deixar o governo para se candidatar a senador será sacramentada em março. Na movimentação das peças do xadrez mineiro, feita esta semana por Aécio, Pimenta da Veiga e o deputado Marcus Pestana deverão continuar a percorrer o Estado de Minas Gerais como pré-candidatos. Numa entrevista concedida nesta sexta-feira, dia 10, em Minas, Aécio disse que o candidato ao governo ainda não está escolhido.

Não é isso, no entanto, o que ficou acertado nas várias reuniões que Aécio teve com os que vão integrar a chapa. Na segunda-feira, dia 6, ele se reuniu durante a noite com o governador Anastasia, quando acertou a saída deste do governo e a candidatura ao Senado. Nos dias seguintes, Aécio esteve com Pimenta e com Pestana. Nos encontros, o candidato tucano à Presidência expôs a situação da política nacional e mineira. E exibiu os argumentos segundo os quais o melhor para o projeto do PSDB é a candidatura de Pimenta da Veiga.

Eis as razões de Aécio: pela primeira vez o PT tem um candidato competitivo ao governo do Estado, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Se o PSDB errar, Pimentel pode vencer a eleição. Nesse caso, poderia tirar milhões dos votos que Aécio pretende conseguir à frente de Dilma Rousseff na eleição presidencial, entre 3 milhões e 4 milhões.

Por isso, na opinião do presidente do PSDB, uma chapa que tenha um tucano na disputa para o governo – Pimenta da Veiga –, o vice do PP, e o candidato a senador tido como imbatível, caso de Anastasia, poderá evitar uma migração de votos pró-Dilma. Ele lembrou àqueles com os quais conversou que Dilma está fazendo de tudo para tirar um pouco a diferença de votos que poderá ter a seu favor. Por isso, ela não sai de Minas. Por isso, carrega Fernando Pimentel a tiracolo. Por isso, Pimentel a representa em cerimônias oficiais para qualquer coisa.

Quanto a Pimenta, Aécio avaliou que o fato de estar há dez anos fora da política de Minas Gerais não atrapalha, até ajuda. Na opinião de Aécio, quando foi às ruas, em junho, a população mostrou seu desagrado com os políticos conhecidos. E ele só dispunha para disputar o governo de Minas, no momento, do deputado Marcus Pestana, do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e do presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, todos muito conhecidos.

Desde então, convenceu Pimenta da Veiga a se fazer presente em Minas. Afinal, tinha sido prefeito de Belo Horizonte muito bem avaliado. Além do mais, o voto em Minas é conservador. E Pimenta, ao contrário de Marcus Pestana, que já foi do PCdoB, encarna esse tipo de candidato.

Pimenta da Veiga se fez presente em Minas Gerais a partir do início do segundo semestre. Mais do que se apresentar à população, era preciso se mostrar aos políticos. Tem comparecido a todas as inaugurações de obras do governador Anastasia, frequenta cerimônias de batizado e esteve presente nas festas de fim de ano. Tornou-se, assim, o candidato ao governo do Estado numa disputa interna pouco acirrada, que contempla planos para agora e também para 2018.

Mentirão: Governo tucano de Minas vem de novo com a história do choque de gestão

4 de janeiro de 2014
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Mais que uma amizade.

Para informação de vocês, leitores dos jornalões e não leitores, uma notícia publicada neles na quinta-feira, dia 2, e que a equipe do blog do ex-ministro José Dirceu lhes transmite: o governo tucano de Minas, do governador Antônio Anastasia (PSDB), eleito com todo apoio e empenho do senador Aécio Neves (PSDB/MG), anuncia corte de R$1 bilhão em custeio para destinar o dinheiro a investimentos. É aquela história-engodo de choque de gestão deles.

Para tanto, Minas anunciou que o total de secretarias de Estado cai de 23 para 17 e que deve haver redução de 2 mil cargos comissionados no Estado. Cargos comissionados são aqueles que em governos tucanos são “cargos de confiança”, e nos governos do PT, segundo eles, são “aparelhamento”. Nunca é demais lembrar que o PT tentou extingui-los, todos, em todo o país na Assembleia Nacional Constituinte, na elaboração da Constituição de 1988, e a oposição, inclusive o pessoal que depois foi para o PSDB, à frente – impediu.

A proposta do PT na Constituinte, e que o partido continua favorável até hoje, é que esses cargos sejam preenchidos por funcionários de carreira, servidores concursados, estatutários, por mérito e capacidade profissional… mas quem disse que o PSDB e a oposição querem isto? Querem continuar inchando as máquinas públicas estaduais de milhares de funcionários de “confiança” nomeados por critérios políticos e de apadrinhamento.

TJMG: Processo que incrimina governantes mineiros desaparece

15 de julho de 2013
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Anastasia e Aécio: Os processos contra eles sumiram.

Certidão do TJMG atesta que processo contendo provas de corrupção, assassinato e suborno que incriminam o grupo de Aécio Neves desapareceu.

Marco Aurélio Carone, via Novo Jornal

Só mesmo por meio da interferência de organismos internacionais a moralidade e a legalidade poderão ser restauradas em Minas Gerais. A princípio imaginava-se que uma intervenção federal seria suficiente para pôr fim as constantes quebras das garantias civis e do Estado Democrático de Direito, porém sabe-se agora que a organização criminosa que opera em Minas Gerais tem apoio e até mesmo participação de integrantes da máquina pública federal.

Hoje sem medo de cometer injustiça, pode-se afirmar que os diversos poderes do Estado de Minas Gerais encontram-se reféns de um grupo criminoso que ameaça, intimida, frauda, sequestra e mata sob a proteção das instituições do governo do Estado. A Polícia, o Ministério Público e a Justiça que deveriam combater a organização criminosa estão imobilizadas devido o comprometimento de seus dirigentes.

Não se pode isentar de culpa nem mesmo o governador, Antônio Anastasia, uma vez que é de seu total conhecimento o que vem ocorrendo no Estado. É bem verdade que Anastasia herdou de Aécio o esquema criminoso já montado, entretanto a permanência do mesmo assim como de seus integrantes junto à máquina pública estatal indiscutivelmente depende de sua cumplicidade.

Como já narrado em outras reportagens, Minas Gerais se transformou em um Estado perigoso de se viver, e principalmente para constituir família e criar filhos, em função da inversão de valores após a eleição de Aécio Neves em 2002. Diante de seus vícios e hábitos, sua ida para o Poder representou a captura das instituições do governo por seus companheiros de vício e práticas.

Literalmente, a droga, a corrupção e a pederastia, (não confundir com homossexualismo, opção sexual) passou a ser quesito primordial para escolha de seus assessores e auxiliares. Evidente que a imprensa pouco falou a este respeito devido à censura imposta, contudo os que não eram adeptos do vício e das práticas de Aécio foram afastados do círculo do Poder.

Até mesmo no interior do Estado, tal fato ocorreu através da eleição de prefeitos e vereadores adeptos do que se convencionou chamar de “modelo Aécio”.

Por justiça, é necessário destacar que a grande maioria dos integrantes do TJMG e do MPMG vem lutando contra este estado de desmanche institucional, porém, desembargadores, juízes, promotores e procuradores são impotentes diante do comprometimento de seus dirigentes com o “modelo Aécio”.

Durante seis anos tramitou no TJMG o processo nº 0024.06.001.850-4 oriundo do inquérito nº 1027539, colhendo provas e depoimentos de integrantes e vítimas do esquema criminoso montado no Poder Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, até que o mesmo foi noticiado por Novojornal.

A partir deste momento o processo passou a tirar o sono de Aécio Neves, pois as investigações fatalmente chegariam a ele devido seu envolvimento em fatos apurados e citados nas investigações e da comprovada participação de seus principais assessores e amigos no esquema criminoso.

Além de Aécio, grandes empresários, advogados e alguns integrantes dos Poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário do Ministério Público e da Polícia Civil de Minas Gerais também passaram a temer o processo.

Após a instauração do inquérito nº 3530 no STF em Brasília devido ao atentado contra Nilton Monteiro atribuído a Césio Soares Andrade, Eduardo Azeredo e Walfrido dos Mares Guia o processo anteriormente citado passou a ser cobrado insistentemente pela Polícia Federal, pelo STF e CNJ e ninguém o encontrava.

Segundo seus colegas, incansável foi à busca pelo advogado Dino Miraglia, nas diversas varas por onde passou o processo para encontrá-lo e comprovar serem verdadeiros os documentos e fatos narrados por Milton Monteiro, que embora não condenado, se encontra preso por prazo “indeterminado” sob a acusação de falsificação de documentos. Diante da insistência do Dr. Dino o TJMG foi obrigado a certificar que o processo havia desaparecido.

Consta da representação do Dr. Dino ao CNJ que o delegado Nabak vem avocando todas as investigações que tenham relação com o grupo criminoso a exemplo dos inquéritos que estavam sob sua presidência quando de sua transferência do DEOESP e de ser o responsável pelo desaparecimento do processo.

A atuação do delegado é igualmente investigada em vários procedimentos instaurados pelo Ministério Público Mineiro e através da Ação Penal do processo nº 0024.13.003.776-6 por ter ameaçado de morte o advogado de Monteiro, Dr. Dino Miraglia.

Enquanto isto, Nilton Monteiro permanece como preso político do PSDB mineiro, tendo em vista ter entregado a “Lista de Furnas”, a “Lista do Mourão”, AP 2280 ao STF e por ser a principal testemunha de acusação no processo do Mensalão tucano. Segundo versão corrente no meio jurídico, dificilmente o mesmo sairá vivo da prisão, principalmente, após o atentado conforme apurado no inquérito 3530 do STF.

Novojornal teve acesso à representação do Advogado Dino Miraglia e de Milton Monteiro ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, acompanhada das principais peças constantes do processo desaparecido. Tais peças são disponibilizadas com exclusividade para nossos leitores. Trata-se de documentos que chocam qualquer cidadão comum, pois mostram as vísceras do Poder construído por Aécio Neves e seu grupo.

Importante: Todos os documentos apresentados nesta reportagem estão autenticados e a disposição do TJMG com o advogado Dr. Dino Miraglia, caso o Tribunal queira restaurar o processo desaparecido.

Denúncia: “Choque de Gestão” do governo de Aécio Neves contém informações distorcidas

11 de junho de 2013
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Anastasia e Aécio manipularam dados sobre o “Choque de Gestão”.

Via Correio do Brasil

O que o senador Aécio Neves (PSDB/MG) batizou de “Choque de Gestão” na campanha eleitoral, após oito anos à frente do Estado de Minas Gerais, e lhe serviu de locomotiva no trem de votos que lhe valeu o mandato e, agora, a possível candidatura à sucessão presidencial é, na realidade, um monte de números desconexos que, nem de longe, espelham a realidade vivida pelos mineiros. As estatísticas de segurança pública, mortalidade infantil e educação foram distorcidas para servir à propaganda política. A constatação foi publicada na segunda-feira, dia 10, no diário conservador paulistano O Estado de S.Paulo. A reforma administrativa anunciada na última década pelo ex-governador Aécio Neves e por seu sucessor, Antônio Anastasia, ambos do PSDB, surtiu efeito diferente daquele anunciado, segundo a reportagem assinada pelo jornalista Daniel Bramatti.

Sobre o “Choque de Gestão”, programa implantado em 2003, implementado sob a supervisão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial (INDG), pesa ainda uma investigação fiscal. O movimento de recursos por meio desta instituição chamou a atenção da Fazenda Pública sobre o instituto dirigido pelo engenheiro Vicente Falconi, responsável direto pelo programa do governador Aécio Neves. O sindicato de agentes fiscais de Minas também levantou a suspeita de quebra de sigilo de informações sobre dados do fisco. Tanto em Minas Gerais quanto em São Paulo, onde também atua o instituto, “faltou transparência nos convênios. Se o governo Aécio usou o mote do equilíbrio das contas como trampolim eleitoral, o governo Serra optou pela contratação discreta dos trabalhos de Falconi”, afirma o blog do jornalista Frederico Vasconcelos.

Questionada formalmente pelo sindicato de agentes fiscais, a Secretaria da Fazenda de São Paulo deixou de esclarecer a origem do convênio, conhecida do titular da Pasta, Mauro Ricardo da Costa, membro do Comitê de Qualidade da Gestão Pública. O governo mineiro recorreu na época à SMP&B, de Marcos Valério, para divulgar amplamente o “déficit zero”. O paulista preferiu “não bater o bumbo”. Alega que o ganho é apenas de metodologia, não teria o impacto da reestruturação das finanças apregoada no primeiro mandato de Aécio. Em Minas, quando o Ministério Público recomendou revogar o fornecimento de informações confidenciais, o INDG já havia terminado seus trabalhos. Em São Paulo, a Procuradoria Geral do Estado propôs a exclusão de “termo de confidencialidade” e de cláusulas que previam o sigilo de informações, porque, segundo informa a Secretaria de Gestão, por força de lei elas não poderiam ser fornecidas a particulares”, acrescentou.

Ainda segundo Vasconcelos, “embora não haja ônus para o erário, o cidadão desconhece a origem dos recursos para essa consultoria privada. Falconi tem como maior avalista o empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Os serviços do INDG – oferecidos a várias administrações, independentemente de partidos – são mantidos por contribuições de grandes grupos empresariais, em geral também financiadores de campanhas eleitorais. Em São Paulo, o processo foi liderado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), associação civil de direito privado presidida por Gerdau (sucedeu ao Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, criado em 1995 num acordo de cooperação entre o Brasil e o Japão). Os estatutos do MBC preveem que os documentos de parceria estão “à disposição para exame por qualquer interessado”. Em Minas, o convênio foi formalizado pela Fundação Brava (com sede no paraíso fiscal de Delaware, nos EUA), pelo INDG e pelo governador Aécio. Em São Paulo, Serra autorizou o convênio, firmado pela Secretaria de Gestão e pelo MBC. Na peça, não há uma só referência ao INDG de Falconi. O livro O Choque de Gestão em Minas Gerais, obra editada pelo governo mineiro e pela Universidade Federal de MG, omitiu que a Fundação Brava coordenara o levantamento de recursos privados para patrocinar o INDG”.

A Fundação Brava é controlada pela Anheuser-Busch InBev (AB InBev), dona de uma série de cervejarias pelo mundo afora, liderada aqui no país pela Brahma. O multimilionário Carlos Alberto Sicupira e um dos controladores tanto da AB InBev e presidente do conselho de administração da Lojas Americanas também integram o board político da Fundação, ligada também ao Instituto Fernando Henrique Cardoso. Recentemente, ambos promoveram uma série de seminários sobre formulação e implementação de políticas públicas metropolitanas, “contribuindo com a qualidade do debate sobre soluções para as grandes cidades em um ano de eleições municipais”, diz a propaganda sobre o evento.

Dados manipulados

As políticas públicas a que se refere o “Choque de Gestão”, segundo o governo mineiro, seriam reunidas em “uma metodologia de administração pública para reduzir custos e ampliar resultados” com o enxugamento da estrutura administrativa, a adoção de metas pelas secretarias e “a bonificação de servidores segundo os resultados alcançados”. Vice-governador na gestão de Aécio Neves e sucessor no cargo, Anastasia chegou a criar um site para promover a principal vitrine do PSDB de Minas, “no qual fica evidente a preocupação de mostrar que seus efeitos não são meramente burocráticos, mas se refletem no cotidiano dos eleitores, em áreas como educação, saúde e até desemprego. Há quatro gráficos sobre os supostos efeitos do choque – em dois deles, os resultados estão artificialmente ampliados. A maior distorção ocorre nos dados sobre segurança pública. Um gráfico com a taxa de homicídios por 100 mil habitantes mostra que, de 2004 a 2010, houve aumento de 1,4% nas mortes no Brasil e redução de 18% em Minas. Mas o governo tucano não começou em 2004, o ponto inicial da série histórica do gráfico. O choque de gestão foi aplicado em 2003 e, portanto, seus efeitos tem de ser medidos em relação ao ano anterior – o último do mandato de Itamar Franco, antecessor de Aécio”, afirma a matéria do Estadão.

“Ao tomar-se 2002 como ponto de início da série histórica, o quadro que se revela é o oposto do que o governo estadual tenta propagandear: durante a gestão tucana, houve aumento de 14,1% nos homicídios em Minas e redução de 3,1% no país todo. Nos dois primeiro anos do governo Aécio foram registrados 8 mil assassinatos em Minas, 2,7 mil (ou 34%) a mais do que nos dois anos anteriores. Somente então as ocorrências começaram a baixar – mas o gráfico publicado pelo governo, ao omitir a explosão inicial, sugere uma queda contínua. A fonte dos dados é o Datasus, sistema de estatísticas do Ministério da Saúde, cujos números mais recentes são de 2010. Se tivesse publicado seus próprios levantamentos, o governo mineiro teria um resultado ainda pior a mostrar: em 2011, segundo a Secretaria de Defesa Social (responsável pela segurança), o número de homicídios no Estado subiu 16% em relação ao ano anterior. Dados parciais indicam que as ocorrências se mantiveram no mesmo patamar em 2012″, continua.

Ainda de acordo com a comparação do Datasus, o governo Anastasia fez outra escolha heterodoxa de datas em um gráfico sobre mortalidade infantil. O ano inicial da série histórica apresentada no site oficial do choque de gestão é 2001, e um texto destaca que, desde então, a taxa caiu 30% no Estado. Mas o choque só ocorreu em 2003 – ou seja, o governo usou dados anteriores a ele para inflar seu resultado. Tomando-se novamente como base o ano imediatamente anterior à tomada das medidas (2002), o que se observa é que, desde o início da administração do PSDB, A mortalidade infantil caiu menos em Minas Gerais do que nos demais Estados brasileiros (27% contra 28%, respectivamente). “É uma diferença pequena, mas evidencia que o fenômeno da melhora da saúde dos recém-nascidos é nacional, e não necessariamente se deve a medidas excepcionais adotadas no âmbito estadual”, constata o jornalista.

“Um terceiro gráfico explora os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na rede pública para os anos iniciais do ensino fundamental. Trata-se de um indicador de desempenho escolar que segue parâmetros nacionais. Mas ele só passou a ser divulgado em 2005 – ou seja, não é possível avaliar a qualidade da educação nas escolas mineiras antes e depois da implantação do choque de gestão, ocorrida dois anos antes. O que se sabe é que a nota média de Minas ficou estagnada entre 2005 e 2007 e subiu desde então até 2011. No mesmo período, porém, também houve melhora na média nacional – e em ritmo mais rápido. O Ideb do Brasil, na faixa de ensino avaliada, aumentou 30,8%, e o de Minas, 22,5%”, informa.

Explicação

Em seu balanço do choque de gestão, o governo de Minas Gerais omitiu as estatísticas de homicídios do início da gestão Aécio Neves porque só em 2004 “foi estruturada a atual política de segurança”, segundo nota da assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social. “No ano anterior (2003) foi criada a atual Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e um de seus mais importantes pilares – a integração das ações, informações e sistema de banco de dados das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros. Portanto, a partir de 2004, é possível fazer a medição dos resultados do novo formato da segurança pública do Estado.”

Em 2003, no primeiro ano do governo Aécio, a taxa de homicídios subiu 27%. No ano seguinte, quando já estava criada a Secretaria de Defesa Social e supostamente integradas as polícias, a taxa subiu 10%. Nada disso aparece no site que celebra o choque de gestão – apenas a queda corrida a partir de 2005. No caso da mortalidade infantil, o governo admitiu ter apresentado “taxa de redução semelhante à média nacional”. “No entanto, vale destacar que, em 2001, ocupávamos a 10.ª posição no ranking estadual. Em 2010, estávamos na 9.ª posição. É importante destacar ainda que, quanto menor a taxa, maior o desafio para manter o ritmo de redução.”

Questionado sobre o fato de o Ideb (indicador de qualidade do ensino) da rede estadual ter subido menos em Minas que na média do País, o governo respondeu: “Em 2005, Minas situava-se na 2.ª posição no ranking dos Estados. Em 2011, tivemos o melhor desempenho do país. Além disso, é sabido que, quanto maior o patamar em que nos encontramos, maior é o desafio para aumentar o índice”.

Convite tucano a Barbosa é para o governo de Minas Gerais

28 de abril de 2013

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A grande surpresa das eleições de 2014 poderá ser mesmo a candidatura do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Mas não à Presidência da República, como se especulava, e nem como vice do senador Aécio Neves (PSDB/MG). O convite feito a ele na cerimônia do Grande Colar da Inconfidência, em Ouro Preto, no domingo, dia 21, diz respeito ao Palácio da Liberdade. Será que o midiático Barbosa, que hoje teme a revisão do julgamento da Ação Penal 470, irá ceder à tentação da mosca azul?

Via Brasil 247

Uma informação bombástica começa a ser sussurrada nos meios políticos mineiros: a de que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi, sim, convidado pelo senador Aécio Neves (PSDB/MG) e pelo governador Antônio Anastasia, também tucano, para ingressar na política. Mas não como vice de Aécio, conforme se especulava. A notícia surpreendente é outra. Se estiver disposto a trocar a toga pelo palanque, o mineiro de Paracatu (MG), que domingo, dia 21. recebeu o Grande Colar da Inconfidência, maior comenda de Minas Gerais, em Ouro Preto, terá apoio de Aécio e Anastasia para concorrer ao Palácio da Liberdade.

Com esse movimento, Aécio poderia associar sua imagem à de um personagem que, embora polêmico, ainda desfruta de boa popularidade junto a diversos setores da sociedade. Em sua coluna na Folha, Elio Gaspari afirmou que Barbosa poderá deixar o Judiciário, posando de herói, caso haja a revisão dos resultados da Ação Penal 470 – uma hipótese cada vez mais provável, nesta fase de apresentação dos embargos.

Gaspari cogitou uma candidatura presidencial, enquanto Cláudio Humberto informou que Barbosa poderia ser vice de Aécio. Mas esta hipótese foi descartada, pelo próprio Anastasia, em entrevista ao 247. Segundo ele, em sua chapa, Aécio deveria buscar uma composição que agregue mais do ponto de vista regional – e não faria sentido ter dois mineiros, um de São João del Rey e outro de Paracatu na mesma chapa.

Localmente, o PSDB, que já está na sua terceira gestão consecutiva em Minas (duas com Aécio e uma com Anastasia, que não tem direito à reeleição, por ter assumido antes), não tem uma candidatura natural. Cogitava-se o nome do vice Alberto Pinto Coelho, do PP, e também do deputado Marcus Pestana (PSDB/MG). Joaquim Barbosa, no entanto, vem sendo considerado a opção com maior potencial, por, supostamente, representar o “novo” – carimbo que Aécio também pretende ter em sua disputa nacional.

O ético e sensato Joaquim Barbosa sobe no palanque de Aécio Neves em Minas

23 de abril de 2013
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Aécio, Barbosa e Anastasia, em Ouro Preto: Presidente do STF marca presença em evento que o bom senso indicaria evitar. Foto de Marcelo Prates/Folhapress.

Helena Sthephanowitz, via Rede Brasil Atual

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, participou no domingo, dia 21, de uma cerimônia oficial pelo feriado de Tiradentes, organizada pelo governo de Minas Gerais, em Ouro Preto. Convidado como orador do evento, Barbosa recebeu o Grande Colar, homenagem máxima oferecida a personalidades que, segundo o governo estadual, ajudaram no desenvolvimento de Minas e do Brasil, além de acompanhar e ser acompanhado o tempo todo pelo senador Aécio Neves, candidato do PSDB às eleições presidenciais do ano que vem.

Mas se oficialmente o presidente da instância máxima do Judiciário do País honrou com sua presença um evento institucional, por outro lado é evidente que aquilo é também um palanque político – todo mundo sabe disso –, e o espectro da exploração política do julgamento do “mensalão” recomendaria que Barbosa mantivesse distância de tal cerimônia.

A delicadeza da situação é constatada pela ausência em Ouro Preto de outro senador mineiro, o aecista Clésio Andrade, réu no processo do mensalão tucano em Minas, ex-sócio do publicitário Marcos Valério, e vice-governador de Aécio Neves entre 2003 e 2006. Também não deu as caras outro ex-governador, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB), um dos pivôs do esquema que o STF ainda não se dispôs a julgar.

Ganhou a esperteza política de Aécio, que marca território entre os eleitores que acreditam que Barbosa seja um arauto do combate à corrupção. Mas em se tratando do próprio Barbosa, que frequentemente tem sido protagonista de sucessivos episódios de conflitos entre outras instâncias do Judiciário e com veículos da velha mídia, que apesar de tudo ainda o apoia, o desgaste pode ser grande e uma nova saraivada de críticas pode estar a caminho.

Sabe-se lá se é a famosa picada da mosca azul, que leva pessoas a desejarem mais e mais poder, ou se é a esperteza dos tucanos mineiros que plantam notinhas pela imprensa espalhada pelo País, para depois checar os resultados junto à opinião pública, mas depois desse ato, corre a notícia de que Barbosa seria vice de Aécio. Melhor não duvidar.

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