
Cristóvão Feil, via A Era da Idiocracia em 9/11/2020
Agora, depois da eleição, pode-se dizer: Joe Biden é um picareta de direita, se diferencia de Donald porque Donald é um bufão completo, enquanto Joe é um operador privilegiado do “Estado Profundo”.
Vocês sabem o que é “Estado Profundo”?
É a plutocracia podre de dinheiro, são as Forças Armadas e as indústrias fornecedoras do estado de guerra permanente (“permanent war” não é um mero slogan, é política de Estado dos integrantes do Deep State, uma renda fixa do capital/assalto legalizado ao budget público, é manutenção programada do sistema Imperial, são os órgãos de controle e espionagem (NSA, CIA, FBI etc. que custam 7 bilhões de dólares/ano para o contribuinte estadunidense), são os think tanks da direita (laboratórios de ideias financiados pelos plutocratas e grandes empresas globais em linha direta com as grande mídias e veiculação garantida), o sistemão bancário-financeiro e outros atores de menor porte, como algumas universidades e o ramo de energia.
As chamadas Tech Giants – Alphabet (GOOG), Amazon (AMZN), Facebook e Apple (AAPL) – trabalham diretamente com o Departamento de Estado e a NSA (que rastreia 100% das telecomunicações mundiais, exceto da China e Rússia), mas também são fornecedores de produtos/serviços ao “complexo industrial-militar” (como foi denunciado pelo ex-presidente/general Ike Eisenhower). Por esse motivo, os gorilas dos USA conseguem manobrar com cerca de 40% do orçamento público do país.
O Glenn Greenwald tinha razão ao criticar duramente Joe Biden, apenas o fez na hora errada – antes da eleição. Mas agora pode-se tirar o véu da provecta odalisca dos sultões do grande capital do USA.
Vejam que o bufão acenourado foi um rato que rugia, mas não entrou em guerra alguma, e esse foi um dos seus erros capitais, já que a indústria armamentista deixou de faturar/abocanhar parte substancial do orçamento público dos USA. Outros dois grandes erros do rato acenourado que rugia: desafiou o poder de fogo e de mobilização social dos afroamericanos e fez pouquíssimo caso da pandemia.
Sendo assim, Joe Biden deve ser o alvo permanente da esquerda mundial. A franca decadência dos USA indica que estamos frente à alegoria guasca do chamado “manotaço do afogado”, ao afundar no inexorável abismo da História, eles irão distribuir muita agressão e violência pelo mundo conhecido – onde Joe será o “sniper master”.
No Brasil, o protofascismo do tenente e seus satélites sai enfraquecido, por isso mesmo deve buscar alianças junto à direita liberal (demos, tucanos e o partido político clandestino Globo-Marinho) para recompor o atual bloco no poder.
Coisas da vida, como dizia Billy Pilgrim em “Matadouro 5”.
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