
Em março, Guedes havia previsto que a moeda dos EUA só chegaria a R$5 se ele fizesse “muita besteira”.
Via Revista Fórum em 31/10/2020
Com a cotação do dólar cada vez mais próxima dos R$6, o real brasileiro se afirma como a terceira moeda que mais desvalorizou no mundo, à frente apenas de Zâmbia e Suriname. Entre os principais mercados, nenhum país supera o Brasil de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes no quesito desvalorização monetária.
Levantamento realizado pelo Markets Insider, revelado pelo Poder360, confirma tendência apontada pela consultoria financeira Refinitiv, no final de setembro. Em 31 de dezembro, a cotação era de R$4,02 e agora chega a R$5,74. O dólar turismo chegou a ultrapassar a barreira dos R$6.
A valorização do dólar frente ao real foi de 41,8% e só fica atrás do dólar do Suriname, que disparou 89,8% e do Kwacha da Zâmbia, que subiu 46,4%. Mais de 10 pontos percentuais de diferença se comparado com o peso argentino, em crise desde o governo do presidente Maurício Macri – aliado de Bolsonaro.
Segundo fontes do mercado ouvidas pelo Poder360, os fatores de instabilidade internacionais são a crise provocada pela devastadora pandemia do novo coronavírus e as eleições nos EUA. No caso específico do Brasil, as incertezas sobre a política econômica de Guedes e Bolsonaro tem complicado mais as coisas e gerado uma fuga de investidores.
Os resultados contrariam as expectativas do ministro da Economia, que disse em março que o dólar só chegaria aos R$5 ele fizesse “muita besteira”. Com a cotação se aproximando de R$6, parece que Guedes não vai por um bom caminho.
Nos bastidores, o outrora “superministro” voltou a ser fritado, principalmente por conta de uma declaração contra a Febraban.
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