Via Brasil 247 em 1º/8/2020
O novo coordenador da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, Alessandro José Fernandes de Oliveira, substituto de Deltan Dallagnol, atuou nos acordos de delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e do lobista Jorge Luz, durante a gestão da procuradora-geral da República Raquel Dodge.
O executivo Léo Pinheiro está envolvido em uma das maiores revelações do site Intercept Brasil, que vem demonstrando irregularidades da Lava-Jato.
De acordo com uma das reportagens, produzidas em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente da OAS só passou a ter credibilidade na operação depois que passou a acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de propina no processo do triplex em Guarujá (SP).
“O empreiteiro que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão foi tratado com desconfiança pela Operação Lava-Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, segundo mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações”, apontou a reportagem.
“Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista.”
Segundo o jornal O Globo, Alessandro Oliveira tem um estilo “discreto”, “de poucas aparições na imprensa e sem utilização de redes sociais”, o que “pode imprimir uma nova forma de atuação à Lava-Jato”.
Ele auxilia a Lava-Jato na PGR desde janeiro de 2018 e é procurador no Ministério Público Federal do Paraná.
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