Via Monitor do Mercado em 24/8/2020
O presidente Jair Bolsonaro se recusa a responder sobre os depósitos supostamente feitos na conta de sua mulher, Michelle, entre 2011 e 2016, pelo então assessor Fabrício Queiroz.
No domingo [24/8], o político ameaçou agredir um jornalista ao ser questionado sobre a movimentação, que somaria R$89 mil.
De acordo com a revista Crusoé, que teve acesso à movimentação financeira do ex-assessor parlamentar acusado de liderar o esquema de “rachadinha” do gabinete do senador Flávio Bolsonaro, o valor teria sido depositado na conta da hoje primeira-dama até o fim de 2016.
O Monitor do Mercado levantou o quanto esse valor renderia se aplicado ao fim de 2016 em diferentes tipos de investimento.
Caso a quantia fosse toda convertida em dólares, hoje, somaria pouco mais de R$150 mil. Bem como caso fosse aplicada em uma carteira que simulasse o Ibovespa, o principal indicador de desempenho das ações negociadas na Bolsa.
Se usados para comprar uma única ação, os R$89 mil poderiam ser hoje R$57 mil, caso a opção fosse por ações da Oi (OIBR3) ou R$413 mil, se as ações fossem da Via Varejo (VVAR3).
Já no caso dos bitcoins, o resultado seria uma impressionante conta com mais de R$1 milhão, já que a criptomoeda subiu 1.187% nos últimos quatro anos.
Se ficasse apenas na poupança, no entanto, hoje os R$89 mil seriam cerca de R$105 mil.
Investir em um só ativo, no entanto, não é recomendado pelos especialistas. É preciso alinhar seus investimentos com seu perfil de investidor, para não estar exposto a riscos desnecessários ou alocar seu dinheiro em produtos sem a liquidez necessária para seus objetivos, alerta Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos.
“O cenário atual exige uma diversificação de ativos em âmbito local e internacional, pois, assim, minimiza-se a exposição a apenas um investimento e sua particularidade de performance no médio prazo”, explica Alexandre Pierantoni, diretor executivo da Duff&Phelps no Brasil.
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