Via Viomundo em 4/8/2020
A indicação do banqueiro André Brandão, do HSBC, para comandar o Banco do Brasil, já havia deixado claro.
Os liberais brasileiros estão muito mais interessados em aproveitar a conjuntura e aprovar reformas econômicas que lhes favoreçam do que com o comportamento tresloucado do presidente Jair Bolsonaro e de seu entorno.
Assim como o golpe de 1964, o de 2016 também foi aplicado com o objetivo de retirar direitos sociais e promover o arrocho salarial.
Lá atrás, o Brasil forneceria mão-de-obra e matéria prima barata para os grandes conglomerados transnacionais, que ajudaram a interromper o mandato do presidente constitucional João Goulart.
Em 2016, o objetivo foi romper a sequência de vitórias eleitorais dos trabalhistas, permitir à elite brasileira manter sua taxa de lucratividade apesar de um cenário externo de crise e aos investidores internacionais acesso desimpedido ao pré-sal e outros recursos brasileiros em condições mais vantajosas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixou claro em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, qual é sua prioridade: acelerar as reformas com Bolsonaro no poder.
Maia foi um dos principais alvos do bombardeio de fake news do gabinete do ódio a serviço de Bolsonaro.
Porém, na entrevista ele repetiu que vê as pedaladas fiscais como crime de responsabilidade suficiente para o afastamento de Dilma Rousseff, mas não vê motivo para abrir processo de impeachment contra Bolsonaro.
A deputada federal Erika Kokay (PT/DF) citou cinco crimes pelos quais, acredita ela, o presidente poderia ser processado.
“Rodrigo Maia diz que Bolsonaro não cometeu crimes que justifiquem impeachment. Os crimes: quase 100 mil mortes por covid; ameaças de AI-5; destruição recorde da Amazônia; fake news e gabinete do ódio; interferência na PF para salvar filhos e aliados”, escreveu em uma rede social.
Existem ao menos 40 pedidos de impeachment protocolados na Câmara.
No Roda Viva, Maia disse que não vê motivo para discutir o assunto:
Nós estamos no meio de uma pandemia, e qualquer decisão agora leva um recurso ao plenário. Nós vamos ficar discutindo impeachment sem nenhuma motivação para isso. Eu não estou usando isso para ameaçar, não é do meu feitio. O presidente Bolsonaro sabe, que desses que estão colocados, eu não vejo nenhum tipo de crime atribuído ao presidente.
Para Maia, Bolsonaro “errou” ao subestimar a pandemia de coronavírus, que até o início da próxima semana terá matado 100 mil brasileiros.
A reforma tributária e a privatização da Eletrobras estão no topo da lista da agenda econômica que une os liberais da Globo à extrema-direita bolsonarista.
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5 de agosto de 2020 às 14:55
PORCO IMUNDO ARRIVISTA FILHO DA PUTA COMO O PAI!