Carlos Fernandes em 9/7/2020
Paulo Guedes, nosso atual ministro da Economia, nunca foi conhecido exatamente como um exemplo de honestidade no meio financeiro, área na qual fez fortuna.
Muito pelo contrário, hoje encontra-se às voltas com a justiça federal para explicar atuações fraudulentas da ordem de até R$1 bilhão nos fundos de pensão de empresas estatais.
Voraz especulador acostumado a fazer dinheiro fácil a partir de informações privilegiadas e acordos espúrios entre comparsas do ramo, não seria agora que cuida do galinheiro que essa velha raposa iria se comportar.
Com o controle nas mãos de ativos bilionários nos bancos estatais, Guedes, novamente, faz a sua mágica acontecer.
Em comunicado oficial ao mercado, o Banco do Brasil informa que vendeu uma carteira de crédito de R$2,9 bilhões (em sua maioria em perdas) a um fundo do banco BTG Pactual.
Transação inédita em sua história, essa é a primeira vez que o BB comercializa esse tipo de carteira com uma empresa fora do seu conglomerado.
Como pagamento pela transação, o banco (ainda) controlado pelo Estado, receberá apenas R$371 milhões.
Em bom português, o que o BB fez foi entregar um ativo com potencial de recuperação de quase R$3 bilhões por menos de meio bilhão.
Lucro excepcional para o setor privado mais do que garantido.
A coisa em si já seria escandalosa o suficiente se não contasse com um detalhe adicional.
Como absolutamente tudo nesse governo, por uma “coincidência” incrível um dos fundadores do BTG Pactual não é outra pessoa senão o próprio Paulo Guedes.
Vê-se aqui com muita clareza como a riqueza no capitalismo é gerada através da “meritocracia”.
Paulo Guedes, que tantas vezes já deixou claro o seu desejo de vender essa “porcaria”, demonstra agora que fundamentos econômicos “para o país” embalam sua orientação no “saneamento do Estado”.
E na esteira dessa enorme “prestação de serviço” para o Brasil, pelo “dever cívico” da entrega do patrimônio público, os agiotas de luxo que tão arduamente se prestam a essa labuta, são, claro, sempre muito bem recompensados.
REDES SOCIAIS
13 de julho de 2020 às 16:58
Daí percebe-se a monumental facilidade de convivência do Brasil, do brasileiro e das Instituições conviverem amistosamente com salteadores do erário!
13 de julho de 2020 às 16:12
QUANDO É QUE VÃO VENDER ESTE ANÃO ASQUEROSO E CORRUPTO PRA OS EUA DE ONDE NUNCA DEVERIA TER SAÍDO?