Via Brasil 247 em 3/7/2020
Alvo da uma denúncia da Operação Lava-Jato, o senador José Serra (PSDB/SP) marcou em 2016 um encontro com um dos delatores da Odebrecht, que prometia entregar aos investigadores fatos ilegais envolvendo o ex-governador e sua filha, Verônica. A reunião secreta aconteceu na casa de um funcionário do parlamentar, em uma comunidade, em São Paulo.
De acordo com informações da coluna de Bela Megali, o tucano chorou, desesperou-se e pediu para ser poupado. Mas foi delatado nas investigações.
A denúncia da Lava-Jato apontou que, entre 2006 e 2007, o tucano usou seu cargo para receber da Odebrecht pagamentos indevidos em troca de benefícios nas obras do Rodoanel Sul.
***
LAVA-JATO VAI PARA CIMA DO MORIBUNDO SERRA COM UMA DÉCADA DE ATRASO
O CANTO DO CISNE
Leandro Fortes, via Jornalistas pela Democracia em 3/7/2020
No momento em que a Lava-Jato, em ruínas, é denunciada pela Agência Pública por ter mantido um relacionamento ilegal e incestuoso com o FBI, a facção de São Paulo lança-se sobre o moribundo José Serra, do PSDB, com pelo menos uma década de atraso.
Seria cômico, não fosse trágico.
Sabe-se, desde sempre, que Serra e a filha, Verônica, estavam enfiados em mil falcatruas de corrupção, blindados – também, desde sempre – pelo aparato tucano dentro do Poder Judiciário e do sistema de segurança pública de São Paulo.
Havia anos, a esquerda denunciava essa blindagem e as ligações de Serra, um farsante profissional, com esquemas de corrupção e com grupos golpistas. Não à toa, foi ministro das Relações Exteriores de Michel Temer, após o impeachment de Dilma Rousseff.
A Lava-Jato decidiu partir para cima desse defunto insepulto porque não tem mais nada.
Sérgio Moro não passa de um zumbi do Twitter, lutando desesperadamente para não ser esquecido, escrevendo artigos anódinos para uma revista eletrônica de quinta categoria.
Os ratos da República de Curitiba zanzam apavorados, investigados, agora, pelas arbitrariedades e crimes perpetrados ao longo de uma trajetória infame.
Deltan Dallagnol, o menino prodígio do Ministério Público, segue um caminho inexorável em direção ao escárnio público – senão à cadeia, também.
Depois de destruir a indústria pesada nacional, entregar as riquezas do País a estrangeiros e trair as leis com a ajuda de agentes dos Estados Unidos, a Lava-Jato caminha para o cadafalso.
É o preço que se paga, por se perder no caminho.
Os comentários sem assinatura não serão publicados.