Cronologia dos crimes: O fim de José Serra e do fracasso de uma geração que falhou

O medo destruiu Serra. Pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores, para o qual fora indicado por Michel Temer. Teve ataques de depressão. Às vezes apresentava melhoras, coincidindo com ofensivas do MPF barradas em outras instâncias.

Luis Nassif em 4/7/2020

PEÇA 1 – VERÔNICA CONHECE MARCOS GALPERIN
Em fins dos anos 90, Verônica Serra, a filha de José Serra, apareceu no mercado paulista trazendo a tiracolo o argentino Marcos Galperin. Era novata no novo mercado de tecnologia e não aparentava conhecimento maior sobre a área.

Galperin chegou ao Brasil cheio de ideias. Inicialmente, apresentou um projeto de cidades inteligentes. Não avançou. Tempos depois, desenvolveu um banco eletrônico, o Patagon. Sempre com Verônica como assessora para contatos políticos e de mercado.

Surpreendentemente, o Banco Santander – que havia acabado de adquirir o Banespa – ofereceu pelo banco a inacreditável quantia de US$750 milhões.

Na época, um dos sócios do Patagon, que possuía 10% do capital, preparava-se para pedir US$7 milhões por sua parte. Antes que fizesse a oferta, Bottin ofereceu US$75 milhões.

Não fazia sentido. Patagon era apenas um sistema de computador. Não tinha clientela considerável. Além disso, o próprio Santander já dispunha de um sistema desenvolvido, o Open Bank. Qual a lógica?

PEÇA 2 – O SANTANDER MANTÉM AS CONTAS PÚBLICAS NO BANESPA
Na época, o Santander havia comprado o Banespa. Mas havia um empecilho no seu caminho. A legislação determinava que contas públicas só poderiam ser administradas por bancos públicos. Com a privatização, o Banespa deixara de ser banco público.

Em fins de novembro de 2000, escrevi em minha coluna na Folha:

Banespa e Santander
Um dos grandes mercados do Banespa são as prefeituras de São Paulo. Ocorre que a Constituição é clara. No parágrafo 3º do artigo 194, diz que: “As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no BC, e as dos Estados, Distrito Federal e municípios, em instituições financeiras oficiais”.

Por esse artigo, não poderia manter sequer as contas dos salários do Estado e da prefeitura. Na época, fui procurado por Miguel Jorge, diretor de relações institucionais do banco, que marcou um almoço com o presidente. Nele, ficou clara a preocupação do Santander com a possibilidade de perdas das contas públicas.

Alguns pontos chamaram a atenção.

  • O Santander não iria adquirir o Banespa sem a garantia de manutenção das contas públicas.
  • A única garantia poderia ser dada pelo governo federal.
  • Pouco antes, adquiriu a Patagon por US$750 milhões.
  • A Patagon era assessorada pela filha de José Serra, Ministro do Planejamento de Fernando Henrique Cardoso e figura maior no PSDB.
  • Pode ser coincidência. Mas não há outra explicação até agora para o lance de US$750 milhões pela Patagon. Algum tempo depois, o Santander pagou R$5 milhões para os argentinos receberem a Patagon de volta.

Hoje em dia, a Patagon repousa em um computador desligado em um banco de investimento de São Paulo.

PEÇA 3 – O INÍCIO DO MERCADO LIVRE
Com o dinheiro pago pelo Santander, Galperin turbinou sua aventura mais bem sucedida, o site de vendas Mercado Livre, criado em 2 de agosto do ano anterior. Verônica entrou na operação como consultora e saiu como investidora. Tornou-se sócia e diretora do Mercado Livre.

Em depoimento posterior a uma publicação argentina, Galperin recordava o início difícil em 1999, quando ele era um amador negociando com profissionais, com muitas dúvidas se conseguiria sobreviver e atrair capitais.

Este ano, a revista Forbes estimou sua fortuna em US$4,2 bilhões. Mérito próprio, de quem se tornou o mais bem sucedido homem de tecnologia da América Latina. Mas o tiro de partida foi a venda da Patagon.

PEÇA 4 – A LAVAGEM DE DINHEIRO
Há tempos se sabia do uso de Verônica por José Serra. No final de seu governo, em São Paulo, Serra transferiu para a Serasa-Experian o Cadin estadual. No início do ano seguinte, Verônica se tornou sócia da Virid, um portal de e-mail marketing. Pouco depois vendeu para a Experian – grupo inglês que havia adquirido a Serasa, por 6 vezes o valor pago. O valor final chegou a R$120 milhões.

Com ações na Bolsa de Londres, a Experian se negou a informar oficialmente o preço pago, alegando que o valor era sigiloso.

Anos atrás, quando foi confiscado o celular de Marcelo Odebrecht, a Lava-Jato de Curitiba vazou sua agenda, mas com uma tarja preta em cima de um dos compromissos. O trabalho foi malfeito e permitiu que, pela Internet, alguém raspasse a faixa e espalhasse a agenda suprimida. Justamente uma reunião de Serra e Marcelo Odebrecht no escritório de Verônica.

Tempos depois, a Suíça identificou depósitos de Serra por lá e pediu informações ao Ministério Público Federal. O procurador Rodrigo De Grandis manteve o pedido em sua gaveta por muito tempo, gerando um escândalo na época.

Depois, decisões do Supremo Tribunal Federal e parecer da então Procurador Geral Raquel Dodge consideraram prescritos os casos.

Mas o MPF de São Paulo continuou tentando obter os documentos suíços. Ao mesmo tempo, avançavam as delações da Odebrecht, chegando a Pedro Novis, o contato de Serra na Odebrecht.

Segundo relatou a repórter Bela Megale, de O Globo, em 2016 houve uma reunião em que Serra desmanchou-se em lágrimas, implorando para não concretizar a delação, pois “destruiria a minha vida”.

Nos meses seguintes, o medo destruiu Serra. Pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores, para o qual fora indicado por Michel Temer. Teve ataques de depressão. Às vezes apresentava melhoras, coincidindo com ofensivas do MPF barradas em outras instâncias.

Até que explodiu a autorização para busca e apreensão em sua casa, na da ex-esposa, nas de Verônica e do banqueiro Ronaldo César Coelho, considerado desde sempre seu tesoureiro informal de campanha.

Segundo a denúncia do MPF, havia uma rede de offshores intermediadas por José Amaro da Silva Ramos. Ele se tornou o principal lobista do PSDB por relações pessoais com Fernando Henrique Cardoso, de quem foi colega na USP. Atuava como representante da indústria de armas francesa e também como lobista do submarino nuclear brasileiro.

A Odebrecht admitiu que parte dos pagamentos para Amaro se destinava a Serra.

PEÇA 5 – O ENVOLVIMENTO DE SERRA
Aqui, trechos da denúncia:

O conhecimento de JOSÉ SERRA acerca dos diversos interesses da ODEBRECHT no Estado de São Paulo ficam evidentes nos e-mails trocados por executivos da ODEBRECHT, nos quais estes, por diversas vezes, levaram a SERRA problemas enfrentados em assuntos relacionados à DERSA, tendo tratado várias vezes sobre questões específicas do Rodoanel com os altos executivos da empreiteira.

[…] 5.3. Segundo Pedro Novis, nesta oportunidade, JOSÉ SERRA entregou-lhe em mãos o número de uma conta (em nome da offshore CIRCLE), indicando que seria por meio dela que deveriam ser pagos os valores acordados.

[…] 6. Tais pagamentos mostraram-se uma contrapartida ao atendimento de interesses diversos da ODEBRECHT naquele período, atinentes a diversas obras que a empreiteira realizava no Estado de São Paulo. E dentre esses interesses atendidos, em específico, estava a repactuação do contrato n° 3584/2006, relativo às obras do Rodoanel Sul de São Paulo, de maneira a minorar o impacto do decreto estadual nº 51.473, bem como o não oferecimento de dificuldades no curso da execução da mesma obra.9

[…] 6.1. Segundo os colaboradores Arnaldo Cumplido, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Galdolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis10 as empreiteiras ANDRADE GUTIERREZ, CAMARGO CORRÊA, CR ALMEIDA, GALVÃO ENGENHARIA, MENDES JUNIOR, OAS, QUEIROZ GALVÃO, SERVENG CIVILSAN e a própria ODEBRECHT estabeleceram, entre 2004 e 2005, um cartel voltado a fraudar o caráter competitivo da licitação pertinente à construção do Rodoanel Sul paulista, por meio da prévia divisão, entre elas, dos cinco lotes dessa obra.

[…] 6.6. Após a publicação do edital de qualificação, as cinco empreiteiras originalmente cartelizadas decidiram conversar, também, com as demais interessadas na obra (nomeadamente, a MENDES JUNIOR, a SERVENG, a CR ALMEIDA, a CONSTRAN e a GALVÃO ENGENHARIA). E feito o convite, foram formados consórcios em duplas, capitaneadas pelas cinco empreiteiras do cartel originário13 .

[…] 6.10. De fato, no começo de 2007, PAULO VIEIRA DE SOUZA, que já era Diretor de Relações Institucionais da DERSA e viria, logo depois, a suceder MÁRIO RODRIGUES JÚNIOR na Diretoria de Engenharia da estatal, procurou Roberto Cumplido e informou que JOSÉ SERRA, recém-empossado Governador do Estado, expedira um decreto determinando a renegociação de todos os contratos públicos firmados na Administração anterior, o que imporia uma discussão em torno, entre outros, dos contratos relativos ao Rodoanel Sul.

[…] Ou seja, além da propina arrecadada para si, PAULO VIEIRA era, também, um emissário de agentes políticos no Estado de São Paulo, chegando a ter dado evidências de que agia em nome de JOSÉ SERRA e subordinados seus, como ALOYSIO NUNES FERREIRA. Por exemplo, segundo Carlos Henrique Barbosa Lemos (então executivo da OAS)16, ao ser posto em dúvida quanto a sua real interlocução com o alto escalão do governo, PAULO VIEIRA agendou uma reunião das empreiteiras no Palácio dos Bandeirantes, da qual ALOYSIO NUNES também participaria. E nela, ALOYSIO NUNES acabou seguindo exatamente a ordem de assuntos que PAULO VIEIRA DE SOUZA antecipara às empreiteiras que seria seguida, com o que todos se convenceram de que ele, de fato, era um emissário, e assim passaram a realizar os pagamentos por ele solicitados.

PEÇA 6 – O ENVOLVIMENTO DE VERÔNICA SERRA
Uma das maneiras de Serra lavar dinheiro era através de obras de arte. Pessoas que o visitaram em sua casa ficavam impressionadas com a quantidade de obras existentes.

No relatório do MPF, há a seguinte menção:

26.1. Por exemplo, a HEXAGON TECHNICAL COMPANY S.A.61, ligada a JOSÉ AMARO, realizou uma transferência, e m 31/03/2006, de nada menos que 326.000,00 euros em favor da DORTMUND INTERNATIONAL (com a chamativa anotação “Four Portinari Acquisitions”).

Através de Dortmund se chegou a Verônica Serra.

Pelo levantamento minucioso enviado pelo Ministério Público da Suíça, descobriu que a Sofidest Fiduciare SA, sócia da Circle, tinha como sócio José Amaro Ramos.

Há uma enorme relação de pagamentos feitos pela Circle para o Dortmund, através do Corner Bank.

O inquérito apurou que a Dortmund International Inc era controlada de fato por Verônica Serra. Foi criada no Panamá, em 05.12.2003 e era representada por um uruguaio, Herrera Villareal.

As investigações mostraram que o Banco Arner – onde se davam as transações – tratava Verônica Serra como “pessoa politicamente exposta no Brasil”, devido ao seu parentesco com José Serra.

A Dortmund era uma empresa com capital de apenas US$10.000,00, e atuava como segunda camada de lavagem de dinheiro. Entre 2006 e 2007 recebeu 936 mil euros de três empresas de José Amaro Ramos – que, por sua vez, recebia os valores da Odebrecht.

A última camada de lavagem foi a empresa Ficus Capital e a Illumina Capital Management SA, e, finalmente, para a Citadel Financial Advisory, em uma cadeia que se estendeu até 23 de setembro de 2014.

PEÇA 7 – ANTES TARDE QUE MAIS TARDE
A investigação só foi possível porque, antes dela, já havia se encerrado a era José Serra. O que comprova que a Lava-Jato, através de suas diversas instâncias, se valia de um fator essencial de atuação política disfarçada: o fator tempo.

No caso de Serra, as investigações só avançaram no bojo da delação da JBS, a partir da qual o Procurador Geral Rodrigo Janot resolveu partir para quebrar, incomodado com as críticas severas que recebia de figuras referenciais do Ministério Público Federal, escandalizadas com o facciosismo das investigações.

Assim como Serra, Aécio Neves manteve-se blindado. Dia desses, Fernando Henrique Cardoso repetia, em um canal de TV, que o PSDB tinha também seus defeitos, mas não houve nenhum caso de enriquecimento ilícito.

Agora, falta apenas Aécio Neves. FHC foi poupado pelos mesmos “crimes” imputados a Lula. A partidarização da Lava-Jato o salvou.

Antes da morte política de Serra, chegava ao fim o modelo político pós-constituinte, pelo fracasso absoluto das principais lideranças, tanto Serra, Aécio e FHC, aderindo ao discurso de ódio, quanto Lula e Dirceu aderindo à real politik do presidencialismo de coalizão.

Gnomos que nem Michel Temer, pigmeus como Sérgio Moro, a Hidra de Lerna do bolsonarismo, foram apenas parasitas que cresceram nas entranhas de um modelo político que havia apodrecido.

***

A LONGEVA AVENTURA DE JOSÉ SERRA NA CORRUPÇÃO POLÍTICA

Justiça tardia é justiça falha. Ou antes tarde do que mais tarde. Mas é evidente que a demora em se chegar a Serra obedeceu a interesse políticos e alianças que passavam pela mídia, pelo Supremo Tribunal Federal e pela Procuradoria Geral da República.
Luis Nassif em 3/7/2020

As investigações da Lava-Jato São Paulo contra José Serra e sua filha Verônica tangenciam a maior máquina de lavagem de dinheiro da política nacional, ao lado de Aécio Neves.

Os primeiros movimentos dele ocorreram no governo Franco Montoro. Como Secretário da Fazenda, Serra passou a controlar dois setores passíveis de corrupção. Um deles, a fila de pagamentos dos precatórios. O outro, a compra de medicamentos e equipamentos médicos. Nesse período, muda-se do pequeno sobrado que morava, na Vila Madalena, para um sobrado nobre nas imediações da Praça Panamericana.

O caso Banespa de 1990
No governo Fleury, houve a divisão do Banespa entre dois grupos: um deles controlado por Serra, tendo no Diretor de Crédito Vladimir Riolli a peça central. O outro em Saulo Krishanã Rodrigues, ligado a Fleury. Foram aprovadas diversas operações suspeitas. A Justiça paulista investiu contra membros da diretoria, que meramente avalizavam as operações aprovadas pelo Departamento de Crédito. O único condenado foi Nelson Nicolau, Diretor do Departamento de Agricultura, dono de uma carreira política ilibada. Serra e Riolli não foram incomodados.

O caso Patagon
No governo Fernando Henrique Cardoso, Serra aprimora o seu modo de operação, que consistia em lavagem de dinheiro através das operações de Internet de sua filha Verônica Serra. Ela passa a representar grupos argentinos que, posteriormente, montariam o Mercado Livre.

Uma reportagem encomenda em uma revista econômica a apresenta como gênio do mercado. Quem a conhecia, sabia de suas limitações. Mas a tentativa de criar essa imagem visava preparar o terreno para a lavagem de dinheiro.

A primeira grande operação foi na privatização do Banespa, adquirido pelo Santander. Pela legislação nacional, apenas bancos públicos poderiam ter contas do setor público. E a grande base do Banespa eram as contas do funcionalismo público paulista. Sabe-se lá porque meios, o Santander conseguiu preservas as contas públicas.

Na mesma época, o presidente mundial do Santander, Emilio Botin, participa diretamente da mais extravagante operação de investimento do recém-nascido mercado de startups: adquire por R$500 milhões (valores da época) a compra de um protótipo de banco eletrônico de nome Patagon. A assessora era Verônica. Anos depois, o sistema foi devolvido aos seus antigos proprietários, mediante o pagamento de R$5 milhões. Ou seja, o Santander pagou os antigos donos para devolver o sistema.

Como Serra, na época, era Ministro do Planejamento de Fernando Henrique Cardoso, é óbvio que a operação contou com a autorização de outros setores do governo FHC. E do próprio FHC, dada a dimensão da operação.

No Ministério da Saúde
Há uma enorme relação de operações suspeitas, a maior das quais foi a inviabilização da empresa brasileira de insulina animal, a Biobrás, em favor da norueguesa Nordisk. Mas há operações também com bancos de sangue e outras suspeitas.

Foi a partir da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que Serra montou sua máquina de dossiês, tendo como pontos centrais o procurador José Roberto Santoro, o delegado federal Marcelo Itagiba e uma empresa de arapongagem que, depois, passou a acessar todos os PABXs do governo de Estado, quando Serra governador.

Os sites de Miami
No mesmo período, Verônica aproximou-se de Daniel Dantas e montou um site em Miami, com informações sobre exportações brasileiras. No projeto, conseguiu acesso a todos os dados bancários de empresas brasileiras. Na mesma época, Verônica recebeu R$5 milhões, que foram repassadas ao Brasil e serviram para Serra formalizar a compra da casa adquirida. Até então, ele declarava morar de aluguel.

O vazamento de contas de parlamentares atrapalhou o projeto.

O caso Serasa-Experian
No final do seu mandato no governo de São Paulo, Serra repassou para o grupo Serasa-Experian o Cadin (Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais), a cereja no bolo das empresas de análise de crédito.

Pouco depois, Verônica adquiriu uma empresa de etila-marketing, a Virid, por algo em torno de R$15 milhões e revendeu para a Experian por R$120 milhões. Na época, solicitei à Experian internacional informações sobre os valores pagos – a empresa tem ações na bolsa de Londres. A resposta foi de que os dados eram sigilosos.

O patrimônio de Verônica
O patrimônio de Verônica Serra ascende a várias dezenas de milhões de dólares. Tem participação de 10% no Mercado Livre. A quebra do sigilo de suas contas nos Estados Unidos e em paraísos fiscais ajudará a localizar o rumo do dinheiro.

A Lava-Jato e Serra
Justiça tardia é justiça falha. Ou antes tarde do que mais tarde. Mas é evidente que a demora em se chegar a Serra obedeceu a interesse políticos e alianças que passavam pela mídia, pelo Supremo Tribunal Federal e pela Procuradoria Geral da República.

O advogado de Serra é o ex-procurador José Roberto Santoro, que tinha como auxiliar Frederick Wassef. Na Polícia Federal, havia a influência do delegado Marcelo Itagiba.

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