Via Brasil 247 em 3/7/2020
Alvo de denúncias da Vaza-Jato nesta semana, que revelaram a relação próxima da Operação Lava-Jato com o FBI, divulgando inclusive os nomes dos agentes que trabalhavam no Brasil, o procurador Deltan Dallagnol deixou escapar na sexta-feira [3/7], em entrevista à CNN, que o Sérgio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, será candidato a presidente.
“Eu não vejo uma mudança do nosso trabalho nos últimos seis anos. Com o desembarque do ex-ministro Sérgio Moro da parte da Justiça, passou a interessar ao governo e aos seus aliados a desconstrução do ex-ministro Sérgio Moro e da Lava-Jato, de que ele é símbolo, pelo receio de que ele venha eventualmente a concorrer em 2022”, afirmou.
A fala de Dallagnol, que coordena a força-tarefa em Curitiba, acontece em um contexto de desgaste da imagem da operação após as denúncia e de guerra interna na Procuradoria Geral da República, onde o grupo poderá ser desfeito até agosto pelo procurador-geral, Augusto Aras. Dallagnol também falou sobre isso na entrevista.
“Eu quero acreditar que o Ministério Público é um órgão independente e continuará a se comportar de modo independente e que eventuais mudanças na conjuntura política não deverão influenciar o apoio institucional às forças-tarefas contra a corrupção”, disse, questionado sobre a postura de Lindora a respeito da operação.
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