Kakay: ele desprezou todas as prerrogativas dos advogados.
Via Conversa Afiada em 22/6/2020
Advogados do alto escalão jurídico têm discutido internamente a validação da carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, que estuda seguir na carreira de advocacia. Para o grupo, nomeado “Prerrogativas”, Moro “atentou contra todas as prerrogativas do advogado” durante o magistrado e, por isso, deve ser analisado o merecimento do exercício da profissão. A informação é do site Metrópoles.
“Existe uma discussão, que é absolutamente necessária, sobre a possibilidade de um cidadão que atentou contra todas as prerrogativas do advogado sair agora, depois de instrumentalizar o Poder Judiciário e tentar instrumentalizar a Polícia Federal enquanto ministro da Justiça, e, agora, ter a insensatez de vir para a advocacia, a advocacia que ele desprezou solenemente todas as prerrogativas dos advogados enquanto foi juiz”, disse Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, integrante do grupo.
“Eu mesmo acho que deveria dar a ele a carteira. Sou, em princípio, contrário a esse tipo de posicionamento. Acho que ele foi um juiz medíocre, é um homem completamente despreparado intelectualmente e penso que, talvez, seja necessário dar a ele a chance de ter a dignidade de ver como é a carreira do advogado. Porque ele – e eu entendo as pessoas que criticam – ele era uma pessoa mutuamente ditadora das relações dos advogados. Um homem desrespeitoso, um juiz completamente autoritário”, prosseguiu Kakay.
Como lembra ele, Moro atuou com parcialidade na Operação Lava-Jato.
“Ele não tinha nenhum diálogo, como deve ter a disparidade da advocacia com o Ministério Público. Então ele foi um homem que coordenou a força-tarefa, e esse é um fato que tem que ser investigado, ele era ligado ao Ministério Público, ele coordenava o Ministério Público contra a advocacia. Merece ser advogado uma pessoa que durante o tempo que teve poder como juiz desprezou todas as prerrogativas? Essa é a discussão”, finalizou.
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