Álvaro Nascimento em 19/6/2020
Na história da prisão de Queiroz na casa do advogado dos Bolsonaro, Frederick Wassef, a mídia tem passado batido por um aparente detalhe, mas que me parece importante.
Esse detalhe repete a máxima segundo a qual muitas vezes algo está tão próximo de nossos olhos que tal qual os nossos óculos, não vemos.
Falo da placa de bronze fixada no muro da frente da casa, bem ao lado do portão de entrada, e mostrada dezenas de vezes nas TVs nas últimas 48 horas.
A placa informa que ali funcionaria o escritório de advocacia “Wassef e Sonnenburg”. Curioso em relação ao segundo nome constante na sociedade jurídica, fui atrás de quem seria Sonnenburg.
Com a ajuda do amigo do face Roberto Mifano, cheguei na advogada Solveig Fabienne Sonnenburg, cuja referência profissional é, de fato, a sociedade com Wassef.
Mas pesquisei também apenas o sobrenome. E o que encontrei? Sonnemburg é o nome de um campo de concentração aberto pelos nazistas na Polônia. Segundo a Enciclopédia de Campos e Guetos publicada pelo Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, o campo de concentração de Sonnenburg foi um dos primeiros campos nazistas construídos ainda antes do holocausto.
Durante os primeiros anos do governo nazista, e muito antes do início da guerra, o regime aprisionou principalmente comunistas e social-democratas em Sonnenburg. Entre eles estavam Gerhard Kratzatt, (militante da resistência alemã); Jean Baptiste Lebas, (ministro francês, deputado e ativista da resistência francesa); Hans Litten (advogado alemão), Erich Mühsam (escritor anarquista antimilitarista judaico-alemão), Carl von Ossietzky (pacifista alemão), René Lefebvre (militante da resistência francesa) e muitos outros.
E daí? E daí, nada. Só mais uma “coincidência” bizarra entre tantas que há anos cercam a família de “gente do bem” que assaltou o poder no Brasil.
Parabéns aos envolvidos.
REDES SOCIAIS
24 de junho de 2020 às 21:45
Tinha um Poster em homenagem ao AI 5 tb…q gente é essa
23 de junho de 2020 às 19:53
Fazia tempo que não via um texto tão patético e tão bizarro, um primor de ilustração dessa verborragia acusatória que não consegue associar coisa com coisa. O que é tem a ver um nome na placa com um campo de concentração? Como disse o Guzzo, da revista Veja, se acusa não O QUE SE DIZ, mas QUEM DIZ.
Tentar associar o Bolsonaro com o Nazismo, apesar dos seus incontáveis defeitos, é próprio de quem não conhece o que ele foi. Alguns traços em comum podem existir, mas como podem existir com várias figuras do passado.
22 de junho de 2020 às 12:37
Lembrando que eles tinham bonecos de Tony Montana, famoso gangster do cinema, numa estante. Ou seja, eles gostam do que são. Então, não seria de se espantar que o sobrenome alemão , mesmo, apologia ao campo de concentração nazista.
21 de junho de 2020 às 22:13
Tudo gente do bem.
21 de junho de 2020 às 22:11
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Advogado+Solveig+Fabienne+Sonnenburg+%28107972%2FSP%29