“Não é falta de tentativa. Cada um [partidos] está com o horizonte em 2022, é difícil”, diz Lula sobre Frente Ampla contra Bolsonaro.
Via Jornal GGN em 16/6/2020
Em entrevista a youtubers e blogueiros de esquerda, o ex-presidente Lula disse que uma frente ampla contra Jair Bolsonaro é difícil de sair do papel porque partidos e políticos que discutem a iniciativa não convergem sobre o chamado “dia seguinte”.
Enquanto o PT defende nova eleição após a saída de Bolsonaro, outras lideranças são a favor de movimentos que não alteram essencialmente a polícia econômica do governo federal.
“Só é possível fazer frente agora em cima de um programa de governo. Porque muita gente que tem uma frente contra Bolsonaro não quer impeachment. Ora, se a pessoa não quer impeachment, não quer mudança na política econômica, você vai criar uma frente em torno do quê?”, questionou Lula.
“Tirar o Bolsonaro e por Mourão? Tirar o Mourão e botar o Guedes? O ideal é que você tivesse uma Frente que conseguisse fazer impeachment do Bolsonaro e depois fizesse eleição direta do presidente da República e concorresse quem quisesse concorrer. Isso é uma Frente”, definiu Lula.
O petista defendeu que após o impeachment, o Congresso deveria se debruçar sobre uma proposta de emenda constitucional para viabilizar a eleição direta logo após o processo de afastamento. Hoje, a lei diz que o impeachment alça o vice-presidente ao poder.
Segundo Lula, a Frente Ampla não sai não por “falta de tentativa”, mas porque “cada um [partidos políticos] está com o horizonte em 2022, é difícil. Vamos ver se a situação política nos obriga a fazer o que a gente precisa fazer.”
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