O ministro publicou um vídeo ao lado de Bolsonaro afirmando que vai assumir posto no Banco Mundial.
Via Revista Fórum em 18/6/2020
O ministro da Educação, Abraham Weintraub divulgou um vídeo na quinta-feira [18/6] anunciando que vai deixar o Ministério da Educação para assumir um posto no Banco Mundial.
“Dessa vez é verdade, eu estou saindo do MEC”, declarou. “Eu vou começar a transição agora e, nos próximos dias eu passo o bastão pro ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo”, completou.
Segundo Weintraub, ele recebeu um convite para ser diretor no Banco Mundial. “Tô fechando um ciclo e começando outro e, é claro, continuo apoiando o senhor”, disse.
O anúncio veio após uma semana de intensas especulações sobre a possível queda de Weintraub em razão de participação em ato no último domingo. Na ocasião, ele fez referência ao xingamento direcionado a ministros do Supremo Tribunal Federal – “vagabundos” – feito por ele durante a reunião ministerial de 22 de abril.
Por conta da declaração, o ministro virou alvo do inquérito do STF que investiga disseminação de fake news e ataques aos ministros da Corte. Além disso, ele é alvo de inquérito por racismo contra chineses.
Um dos cotados para assumir a pasta de Weintraub é o olavista Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização. A escolha seria uma forma de agradar a ala mais ideológica do governo.
Ex-coordenador pedagógico na escola Mundo do Balão Mágico, em Londrina, e responsável por ensinar 1.630 pais pela internet a alfabetizarem seus filhos, Carlos Nadalim assumiu a Secretaria de Alfabetização do MEC com o objetivo de “libertar mentes escravas das ideias de dominação socialista” e “preparar cidadãos para o mercado de trabalho”.
Defensor da educação em casa – um conceito difundido como Homeschooling, especialmente nos Estados Unidos –, Nadalim diz que a “letargia do Estado” está levando muitos pais a educar os próprios filhos.
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