Em entrevista, ministro chefe da Secretaria de Governo diz que Bolsonaro nunca pregou golpe, mesmo que tenha comparecido a diversos eventos antidemocráticos.
Via Jornal GGN em 13/6/2020
O general Luiz Eduardo Ramos, ministro chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro, fez um alerta à oposição: não “estica a corda”.
“O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora, o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”, declarou em entrevista à revista Veja, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.
O general reforçou a ideia que de Bolsonaro não fez campanha pelo golpe, mesmo que o presidente tenha comparecido a diversos atos democráticos. Ramos também criticou as comparações feitas entre o presidente e Adolf Hitler.
“O Hitler exterminou 6 milhões de judeus. Fora as outras desgraças. Comparar o presidente a Hitler é passar do ponto, e muito. Não contribui com nada para serenar os ânimos”, disse.
Segundo o secretário, a ideia de golpe não é ventilada entre os oficiais – Ramos é próximo de diversos comandantes por ter sido instrutor da academia de cadetes. “Eles têm tropas nas mãos. Para eles, é ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar o golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático”, disse Ramos.
O general minimizou o risco de impeachment, afirmando que “Rodrigo Maia (presidente da Câmara) disse que não vai pôr para votar os pedidos contra Bolsonaro”, e pediu que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) assuma postura semelhante.
“Se o Congresso, que historicamente já fez dois impeachments, da Dilma e do Collor, não cogita essa possibilidade, é o TSE que vai julgar a chapa irregular? Não é uma hipótese plausível”, concluiu.
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