Via Jornal GGN em 10/6/2020
Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), foi indiciada pela Polícia Federal, na quarta-feira [10/6], no âmbito de uma investigação sobre vazamentos de informações sigilosas e obstrução de Justiça.
Segundo o G1, a PF apurou no inquérito da Operação Escobar que Andrea, dois escrivães da corporação, dois advogados e um empresário integravam a organização criminosa.
Foi em 2018, durante uma operação de busca e apreensão na casa de Andrea, que a PF descobriu que a irmã do tucano estava em posse de documentos da Polícia Federal. A falta de assinatura e numeração nos papéis indicavam que os arquivos foram extraídos diretamente do sistema interno da polícia.
Segundo a investigação, Andrea recebia as informações sigilosas do advogado Carlos Alberto Arges. Este, por sua vez, conseguia os documentos com os escrivães Márcio Antônio Marra e Paulo Bessa.
Os advogados envolvidos na operação supostamente utilizavam as informações privilegiadas para conseguir mais clientes. Já Andrea utilizaria para obstruir investigações de seu interesse. Ainda não há detalhes sobre isso.
Segundo o G1, a pena de Andrea, por obstrução de Justiça, pode chegar a 10 anos de prisão.
Também foram indiciados o empresário Pedro Lourenço (obstrução de Justiça), o advogado Ildeu da Cunha Pereira (violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, organização criminosa e obstrução).
Cabe agora ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia formal contra os indiciados. A Justiça, depois, decidirá se aceita a acusação.
As provas contra os escrivães da PF foram encaminhadas à Corregedoria Regional da corporação em Minas Gerais.
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