Para o economista Francisco Funcia, da Cofin, “o que chama escandalosamente a atenção é que, no meio de uma crise inédita, não haja planejamento adequado para realizar gastos urgentes”.
Mônica Bergamo em 6/6/2020
Ministério da Saúde só conseguiu desembolsar até agora cerca de 10% do total de que tem disponível para ações como compra de respiradores, equipamentos de proteção e insumos para o enfrentamento da covid-19. De R$10,3 bilhões no caixa, só R$1 bilhões foi pago. Outros R$1,8 bilhão já foram contratados, mas ainda não pagos.
CAIXA
O dinheiro faz parte de uma verba de R$34,5 bilhões destinada ao Ministério da Saúde exclusivamente para o combate à epidemia.
NA PONTA
Além dos R$10,3 bilhões de execução direta, há R$24 bilhões que a pasta deve transferir para estados e municípios. Destes, só R$7,8 bilhões foram pagos.
TABUADA
Os dados são da Cofin, a comissão do Conselho Nacional de Saúde, vinculado ao ministério, que acompanha a execução do orçamento.
ESCÂNDALO
“O que chama escandalosamente a atenção é que, no meio de uma crise inédita, não haja planejamento adequado para realizar gastos urgentes. As contratações já deveriam estar sendo executadas e os equipamentos, entregues ou em vias de chegar ao destino”, diz o economista Francisco Funcia, da Cofin.
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