Via Brasil 247 em 1º/6/2020
A ex-presidente Dilma Rousseff defendeu na segunda-feira [1º/6] o afastamento de Jair Bolsonaro como forma de restabelecer a democracia, proteger a população e reconstruir o país.
Durante reunião do Diretório Nacional do PT por videoconferência, da qual também participou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma destacou a gravidade da crise econômica e a inação de Jair Bolsonaro.
“A gente está num quadro de crise muito profundo. E a crise econômica será extrema. As pessoas não estão sendo atendidas, nem as pequenas empresas. Vivemos uma crise terrível, porque estão todos desassistidos e as empresas – pequenas e micros – estão quebrando”, lamentou Dilma.
“Esta situação mostra claramente uma das situações mais graves do governo: Bolsonaro não tem gestão. Não tem a menor capacidade de formulação de políticas”, acrescentou a ex-presidente.
Lula fez um alerta ao PT para evitar o embarque em algum processo que resulte num amplo acordo com o atual regime, para manter a política econômica conduzida pelo ministro Paulo Guedes. “Estou dizendo pra gente não pegar o primeiro ônibus que tá passando. Estão querendo reeducar o Bolsonaro, mas não querem reeducar o Guedes”, denunciou. “Tem pouca coisa de interesse da classe trabalhadora nesses manifestos. O editorial do Globo é uma proposta de acordo pra manter o Bolsonaro”.
Dilma Rousseff também rechaçou a ideia. “Esse governo reflete o acordo neoliberal e neofascista”, advertiu a ex-presidente, lembrando que não houve uma ruptura profunda na relação entre os interesses do mercado e o bolsonarismo. “Você tem dissidências dessa relação, que defende a democracia liberal e mantém a pauta neoliberal”, ressaltou, citando como exemplo empresas de mídia.
“A Globo defende a pauta neoliberal, que insiste em olhar gastos públicos em plena pandemia, quando o mundo inteiro – até a União Europeia – faz pacote de ajuda”, disse Dilma.
Assista:
REDES SOCIAIS
Os comentários sem assinatura não serão publicados.