“Privatizações, concessões e desmobilizações. Tinha que vender tudo” disse Paulo Guedes, banqueiro e economista de Bolsonaro.
Débora Torres, via Esquerda Diário em 13/7/2018
Em mais uma de suas investidas para se aproximar de Donald Trump, Jair Bolsonaro pré-candidato à Presidência da República pelo PSL teve uma reunião secreta com o embaixador dos Estados Unidos, Peter Michael McKinley. O encontro ocorreu há menos de duas semanas segundo informações da Folha de S.Paulo, que procurou a embaixada norte-americana que por sua vez, informou que respeita a “independência do processo eleitoral” e que está se reunindo com os principais presidenciáveis do país. Não especificaram, no entanto, quais são os outros candidatos que teria recebido.
A movimentação para se aproximar cada vez mais de Donald Trump faz parte de seu projeto reacionário. Já está bem clara a prioridade em garantir que o Brasil continue na posição de total submissão aos ditames imperialistas.
Mais uma prova disso é a escolha de Paulo Guedes como coordenador econômico. Paulo Guedes defende privatizações irrestritas para quitação da dívida pública brasileira. Isso obviamente é exatamente o que os investidores norte-americanos querem ouvir, para que se abra ainda mais o caminho das privatizações, por exemplo. Guedes escancara tal posição, afirmando: “Privatizações, concessões e desmobilizações. Tinha que vender tudo”.
Assim, cada vez mais fica evidente a farsa do discurso nacionalista que Bolsonaro propaga. Na verdade, o pré-candidato já deixou escancarado o objetivo de rifar nossas riquezas, entregando a Petrobrás ao capital estrangeiro e a Amazônia para exploração comercial. Apoia o agronegócio e as reformas, que atacam diretamente a classe trabalhadora.
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