Maurício Machado em 13/3/2017
Vejam o estrago, em um ano e pouco de gestão, segundo levantamento de Matheus Cardoso:
- Instalou telas para esconder moradores de rua em grandes avenida da cidade. Alegou que não e foi desmentido pelos próprios funcionários da prefeitura.
- Declarou guerra contra a arte de rua e pintou painéis urbanos de cinza. Meses depois, disse que avaliou mal a questão e inaugurou painéis pela cidade.
- Visando o populismo, o prefeito se fantasiou de gari para iniciar o programa cidade Cidade Linda, que buscava ampliar os serviços de limpeza e zeladoria na cidade. Até dezembro, todos os índices de zeladoria apresentaram resultados piores que no ano anterior.
- Resolveu mudar o nome do Bom Retiro para “Little Seul”. Após críticas, alegou que o nome não seria mudado oficialmente.
- Desmantelou a Virada Cultural em 5 palcos em bairros diferentes. Ao descaracterizar e descentralizar o evento, que tinha a ideia de fazer as pessoas transitarem pelo centro de São Paulo ao se locomoverem entre as atrações, o evento registrou seu menor público desde a criação, em 2005.
- Em seu ato mais desastroso, visando acabar com a Cracolândia, João Dória promoveu uma ação de guerra contra civis. Com total desrespeito à dignidade e a existência humana, o prefeito usou de violência, demolição de um abrigo com pessoas dentro e pediu ao MP a internação compulsória de usuário de drogas. A ação espalhou os usuários de crack pela cidade e iniciou diversas “minicracolândias”.
- Semanas depois, João Dória anuncia o lançamento do projeto “Nova Luz”, que visa a demolição da arquitetura histórica de parte do centro para renovação e construção de modernos edifícios aos moldes da Berrini. O que justificaria a barbárie na Cracolândia.
- O prefeito mandou aplicar jatos d’água em moradores de rua. Ao ser questionado, o prefeito alegou “foi um descuido”.
- Tentou distribuir farinata ou “ração humana”, para a população carente. Ao ser duramente criticado pela adoção do “alimento”, João Dória alegou “o pobre tem fome, o pobre não tem hábito alimentar”. Ao ver a medida se transformar em publicidade negativa, o prefeito voltou atrás com o projeto.
- Durante grande parte do ano, viajou a outros estados para receber premiações em um esforço de pré-campanha presidencial. Ao ser criticado, alegou que consegue administrar a cidade pelo celular.
Ao ver sua popularidade e aprovação despencaram pela população e pelo partido, João Dória voltou atrás.
- Para mascarar números da gestão, a gestão Dória age para dificultar acesso a dados e viola Lei de Acesso à Informação. Secretário da Comunicação disse em gravação que vai “botar pra dificultar” pedidos de jornalistas.
- Com suas “doações”, a gestão Dória concedeu diversos “favores” aos doadores. Operou livremente a mão invisível do mercado. Um exemplo disso foram as doações de remédio próximos a validade, onde as empresas se livraram dos custos de descarte e ganharam R$66 milhões em isenções fiscais.
- Publicou um “showreel” da cidade e anunciou o maior programa de privatizações de São Paulo. O prefeito quer realizar 55 privatizações e PPPs leiloando São Paulo à iniciativa privada.
- Contrariando tendências mundiais, lançou o programa Marginal Segura que aumenta a velocidade máxima nas marginais Tietê e Pinheiro. O prefeito dificultou o acesso às informações públicas e não é possível obter informações concretas sobre o número de acidentes, mas foram registradas 20 mortes no período.
- Sem construir um único quilômetro de ciclovia, João Dória burocratizou o processo de ampliação da malha cicloviária. E em alguns pontos, removeu a ciclovia em prol de comerciantes que alegavam perder vagas de estacionamento em seus negócios. Só em 2017, foram 32 ciclistas mortos em São Paulo.
- Quer transformar as crianças da rede pública em mídia alternativa, colocando propaganda nos uniformes escolares. Após polêmica, anunciou que irá vetar a lei.
- Cortou a verba da saúde e com isso, paralisou as obras nos hospitais Brasilândia e Parelheiros, que atenderam parte da demanda das periferias norte e sul da cidade.
- Cortou o transporte escolar e disse aos pais para mudarem filhos de escola.
- Em uma posição autoritária, João Dória demitiu ou afastou diversos funcionários que fizeram declarações contrárias a suas decisões.
[EDIT1]
Como a lista da barbárie é tanta eu vou editando aqui com informações que for lembrando ou o pessoal comentar.
- Proibiu as crianças da rede pública de repetir as refeições, marcando a mão de quem já comeu com um carimbo.
- Ofereceu para a iniciativa privada a gestão de informação sobre o Bilhete Único, facilitando o monitoramento do direito de ir e vir do cidadão.
- Deixou cães e gatos sem comida no Centro de Controle de Zoonoses, por problemas de licitação.
- Cortou em mais da metade a verba do “Leve Leite”, e com os ajustes deixou de fora do programa 690 mil crianças e adolescentes.
[EDIT2]
Esse post era um resumo dos desastres do primeiro ano de gestão, mas como voltou a tona agora, vale acrescentar mais alguns tópicos:
- Pretender reduzir o número de ônibus e linhas. A cidade pela primeira vez na história teve um recuo no número de pessoas transportadas em modais públicos e com isso, o João Trabalhador que manter o pobre na periferia ou levando ainda mais tempo para ir e voltar ao trabalho.
- Dória, está sendo processado pelo MP pelo uso indevido da marca própria do CIDADE LINDA em veículos públicos para propaganda pessoas.
- Rebaixou a CGM – Controladoria Geral do Município, órgão contra a corrupção que descobriu a máfia do ISS, a uma secretaria. Além de demitir a Controladora Laura Mendes Armando de Barros duas semanas após abrir uma investigação da máfia da Cidade Limpa.
- Aumentou exponencialmente o investimento em propaganda, enquanto cortou orçamento de diversas secretarias importantes.
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