Via Netcina em 17/4/2016
Faltando dois dias para a votação do impeachment, o presidente da Câmara foi alvo de mais uma denúncia. Em sua delação premiada, o empresário Ricardo Pernambuco, dono da Carioca Engenharia, confessou ter pago a Eduardo Cunha uma propina de R$52 milhões, em 36 parcelas.
Neste domingo [17/4], será Cunha, um dos políticos mais corruptos da história do País, o regente de um espetáculo grotesco, após definir as regras a seu bel-prazer, marcando uma votação de impeachment para uma tarde de domingo, sem futebol, ele poderá liderar o afastamento da presidente Dilma Rousseff, que teve 54 milhões de votos e é reconhecida como honesta até por seus adversários.
Num mundo normal, Cunha já teria sido afastado por seus pares, na Câmara, ou pelo Supremo Tribunal Federal. Mas, como bem definiu a Organização dos Estados Americanos, tudo está ao contrário no Brasil. São os corruptos que julgam uma presidente honesta, tese que foi estampada nos mais respeitados jornais do mundo, como The New York Times, El País, Guardian, Independent e Washington Post.
De onde vem, portanto, a força de Cunha?
De um lado, ele se aliou aos derrotados na eleição presidencial de 2014, como o senador Aécio Neves (PSDB/MG), que estarão para sempre associados a um movimento golpista liderado por um corrupto. De outro, ao que tudo indica, os esquemas Cunha não arrecadavam recursos apenas para o deputado, mas sim para toda uma bancada mantida por ele.
Ontem [17/4], o deputado Sílvio Costa tocou na ferida, ao dizer que o parlamento brasileiro tem medo da maior de todas as delações premiadas: a de Eduardo Cunha. É daí que vem a sua força, que pode ser capaz de destruir a democracia brasileira.
Assista ao discurso do deputado Sílvio Costa (PTdoB/PE) de sábado, dia 16/4, para entender melhor.
20 de abril de 2016 às 12:07
Sílvio Costa tem razão. Aliás, ele repercute a ameaça de Cunha de, se cair, levar muita gente com ele. Daí a vergonhosa subserviência e a traição geral na sessão do impeachment, que está servindo de deboche e de desmoralização do Brasil na imprensa internacional. Viramos piada. Nós merecemos isso?
20 de abril de 2016 às 1:28
Não só desaba o Congresso como também o STF!.
19 de abril de 2016 às 23:45
juridicamente não restaram caracterizados como crime de responsabilidade. Isso, obviamente, macula e vicia o processo, tornando-o arbitrário do ponto de vista constitucional.
Jean Keiji Uema – Analista Jurídica do Supremo Tribunal Federal, Mestre em Direito Constitucional pela PUC/SP.
Diante desses esclarecimento, como vai ficar nossa DEMOCRACIA!?