Você só terá acesso aos dados sigilosos da PM de São Paulo quando Alckmin fizer 103 anos

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Alckmin e seu secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que, até pouco tempo atrás, era advogado do PCC. Isso mesmo: Primeiro Comando da Capital.

Após ter dados de homicídios questionados, Alckmin volta a decretar sigilo de documentos da polícia por até 50 anos.

Via HuffPost Brasil em 16/2/2016

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a decretar sigilo em pelo menos 22 temas ligados à Segurança Pública no Estado de São Paulo. A medida foi publicada no último dia 5 de fevereiro no Diário Oficial e acontece quatro meses após o Palácio dos Bandeirantes editar decreto determinando abertura de documentos públicos colocados em sigilo.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, há temas com sigilo de 50 anos, como aquele que trata do “histórico de registro digital de ocorrência e boletim eletrônico de ocorrência, quando não for possível a proteção dos lados pessoais dos envolvidos e testemunhas”. Levando em conta que Alckmin possui hoje 63 anos, o acesso só será possível quando o governador completar 113 anos.

“Ao expedir nova tabela de sigilo, a gestão Geraldo Alckmin reitera o descompromisso com a transparência e o acesso público. É importante que a sociedade conheça os manuais da polícia, por exemplo, porque, sabendo qual é a forma correta de atuação, é possível identificar ilegalidades”, diz a advogada Camila Marques, do Centro de Referência Legal da Artigo 19, organização voltada à defesa da liberdade de expressão e do acesso à informação.

Sem acesso aos boletins de ocorrência, fica comprometida a possibilidade de confrontar dados estatísticos dos registros com os oficiais divulgados pela secretaria – criticada há algumas semanas por divulgar números de homicídios no Estado sem considerar latrocínios e mortes causadas por policiais, o que derrubou a média de assassinatos (Alckmin foi ironizado por isso pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro).

Assinado pelo secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, o novo decreto de sigilo trata de temas que impedem comparativos no que diz respeito à atuação policial, como a distribuição do efetivo policial – o que impossibilita, por exemplo, que a população saiba se as regiões mais violentas têm mais policiais.

Outros temas tidos como sigilosos envolvem as informações sobre controle de armas e drogas por parte das polícias. O assunto foi tema de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo em agosto passado, quando relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que 1.823 armas apreendidas pela polícia tinham desaparecido das delegacias de São Paulo.

À Folha, a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, afirmou não existe justificativa para sigilo dos dados. Para Samira, polícias e pesquisadores do País querem se debruçar sobre os dados de São Paulo para entender a redução dos homicídios nos últimos anos no Estado – há quem diga que é a atuação de uma facção criminosa, e não das autoridades, que fizeram o número de assassinatos cair no Estado.

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Uma resposta to “Você só terá acesso aos dados sigilosos da PM de São Paulo quando Alckmin fizer 103 anos”

  1. daysens Says:

    Estranho sigilo por tantos anos!

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