Valter Xéu, via Pátria Latina em 12/2/2016
Um dos maiores problemas do Brasil são os “especialistas de coisa nenhuma” que se metem a escrever sobre isso ou aquilo sem ao menos ter cuidado de se aprofundar na questão.
Na visão da maioria, até parece que o Brasil só passou a existir a parti de 2002, esquecendo todo um passado onde a nossa economia sempre esteve no fundo do poço e as dívidas internacionais na estratosfera com o FMI ditando o que deveríamos fazer.
Em artigos diversos nas grandes publicações parece que a economia mundial vai bem e nós por incompetência do governo vamos de mal a pior.
Com certeza a maioria tem conhecimento de como está à economia no mundo, com uma Europa falida, níveis de desemprego altíssimo e aí pergunto: Foram os governantes, todos eles, incompetentes ou é esse sistema monetário internacional que está levando todos para o fundo do poço?
Os Estados Unidos estão quebrados.
Com uma dívida sem lastro de US$210 trilhões teve em 2015 um PIB de US$17 trilhões e acumulou um déficit de US$21 trilhões.
O renomado economista da Universidade de Boston, Laurence Kotlikoff em conversações com os membros da Comissão de Orçamento do Senado norte-americano deu um testemunho escrito e oral em fevereiro do ano passado, onde afirmou. “Nossa nação está falida, e não quebrará em 75 anos ou 50 anos ou 25 anos ou 10 anos. Está quebrada hoje”.
Hoje qualquer baixa na bolsa de Kuala Lumpur lá pras bandas da Malásia, todas as outras pelo mundo entram em pânico.
Se a China resolve puxar o freio de mão para uma rearrumação na sua economia ou o seu PIB cai de 8 para 7%, o mundo treme, pois toda economia global que é dominada por poucos nessa jogatina maluca termina levando países a bancarrotas como foi o caso agora recente de França onde o seu presidente usando a mídia comunicou aos franceses que a economia do país está no chão.
Mas para os economistas brasileiros, uma boa parte ligada a especuladores financeiros, e a partidos que estão loucos para pegarem a chave do cofre, alardeiam a quatro cantos que o Brasil está no fundo do poço e isso é culpa unicamente do governo que não soube conter seus gastos etc.
Nesses últimos 12 anos o sistema financeiro amealhou lucros e mais lucros como nunca no país e assim, palmas para eles.
Bastou à coisa se complicar em 2015, a culpa é do governo e usando isso como argumento com apoio de uma mídia cuja finalidade não é informar e sim desinformar para imbecilizar o povo, com um congresso de políticos imprestáveis e um dos piores da história política do Brasil e de um judiciário com magistrados loucos por holofotes, tentam a todo custo derrubar um governo democraticamente eleito e para isso transforma um barco de quatro mil reais em uma potente lancha de milhões.
Muitos escrevem afirmando que o Brasil errou em apostar no mercado chinês e esquecem do tempo em que vendíamos quase tudo para os Estados Unidos e bastava qualquer susto em Wall Street, tudo despencava aqui.
O Brasil não depende só do mercado chinês que é o que mais compra no mundo de hoje. O Brasil exporta para Japão, vários da União Europeia, países asiáticos, Rússia, continente africano e mais e mais.
Petrobras
O preço do barril de petróleo está em baixa e isso vêm criando dificuldades principalmente para os países produtores, cuja economia depende em muito do produto que exporta.
As companhias petrolíferas, todas elas estão assistindo despencar nas bolsas de valores em todo mundo os preços de suas ações e todas elas, amargam grandes prejuízos, até mesmo as empresas dos Estados Unidos, Reino Unido e França que estão no Oriente Médio roubando (essa é a palavra) o petróleo do Iraque, Líbia e parte da Síria controlada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Mas essas informações os tais especialistas de “porra nenhuma” passam ao largo com os seus comentários diários na mídia golpista que despreza todas informações corretas, pois o interesse é mostrar que a Petrobras está em dificuldades em função das maracutaias e incompetência administrativa do governo petista e não pela queda do preço do barril de petróleo no mundo.
Para os EUA que está na lona, a saída é provocar guerras e mais guerras pelo mundo afora, destroçar países, roubar suas riquezas e vender armas usando a estratégia de vender hoje, e amanhã criar algum incidente com o presidente do país comprador, vão lá, destrói o armamento, mata o presidente e coloca um fantoche em seu lugar que de imediato compra bilhões de dólares em armamentos e abre o país para as empresas norte-americanas.
É só ver o que aconteceu com Saddam no Iraque, no Afeganistão e com Kadafi na Líbia que era um país prospero com um IDH altíssimo no Oriente Médio e hoje não passa de um país destroçado onde facções armadas pelos EUA se matam diariamente para a tranquilidade da Haliburto, empresa que se tornou dona do petróleo iraquiano e da Líbia, de propriedade de Dick Cheney que era o vice-presidente dos EUA na época do tresloucado Bush.
Enquanto isso, para a maioria dos economistas, o Brasil não faz parte desse planeta.
Valter Xéu é jornalista, editor e diretor dos portais Pátria Latina e Irã News.
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