SE O JARDIM FIZER JORNALISMO, NÃO PRECISA FAZER BAIXARIA E SER “ZOADO” POR CUNHA
Fernando Brito, via Tijolaço em 27/12/2015
O espetáculo deprimente da “barriga” não assumida da coluna de Lauro Jardim sobre a falsa viagem de Eduardo Cunha à Cuba, a bunda “roubada” da irmã da Kim Khardashian e as sandices postadas por Eduardo Cunha no Twitter, acusando a Globo de estar a serviço do PT poderia ter sido evitado com apenas duas palavras: jornalismo e decência.
Decência, para reconhecer que a coluna tinha dado uma informação errada e corrigir o erro sem “malandragens”.
Jornalismo, para deixar de se preocupar com bobagens de uma mocinha mal-educada na internet e ir atrás dos negócios da família Cunha, que podem ou não ser corretos.
Por exemplo, todos ficam falando das “filhas do Cunha”, por conta de que uma delas é beneficiária de uma das contas da Suíça.
Mas Cunha tem quatro filhos, as três moças (um delas enteada, palavra imprecisa para a filha alheira que se cria como sua) e um rapaz, de 22 anos, Felipe Dytz da Cunha.
Este rapaz tem, três anos depois de terminar o 2º grau, uma dezena de empresas. A maior parte de comércio eletrônico e propaganda, sozinho ou em sociedade com as irmãs, sendo ele o sócio-diretor.
Estão sediadas no mesmo prédio do escritório de Cunha, na Avenida Nilo Pecanha, 50, salas 3201, 3203 e 3212. O delas é na sala 2909. Ou então, na Avenida das Américas, 1155, sala 1905, como é o caso da GDAV Comércio – Gdav Comércio de Produtos Eletrônicos Esportivos e Papelaria, microempreendedor individual que, entretanto, aparece na internet no tão pomposo quanto vazio site Global Nutricional, que além de dividir o endereço no Brasil, tem filial no chique 616 Corporate Way, Suite 2-3420 Valley Cottage, NY.
Endereço onde estão também a Aluni, plataforma de educação à distância que Felipe divide com Danielle Cunha. Ah, e a GFC, também do rapaz, que é “uma holding de investimentos, que, além do aporte de capital e consultoria, também coloca a mão na massa nos processos essenciais de estudo de viabilidade, construção, desenvolvimento e execução do negócio”.
Pode ser que o rapaz seja um gênio dos negócios. Pode ser que não. Aqui a gente não embarca ninguém para Cuba sem ter certeza que embarcou.
Bem, isso é o que o modesto “blogueiro sujo” aqui pode publicar, sem acusar ninguém, porque não tem os meios de um grande jornal e suas equipes de repórteres, mas fica contente em oferecer como pauta para a grande imprensa.
Já me é paga bastante não ver o jornalismo publicar bundas em lugar de informação.
***
@regisgalo13 no Twitter
SENSACIONAL!
Conheça “FEDCU”, o filho menos famoso de Eduardo Cunha. Aos 22 anos, tem, pelo menos, 6 empresas…
Lavanderias?
Leia também:
● Como interpretar a inédita correção de O Globo na 1ª página
● O Globo assume que mentiu sobre o filho de Lula… novamente
● Em 2014, Lauro Jardim, “colonista” da Veja, já achava que Eduardo Cunha era meio esquecido
● Coletânea de textos: Quem tem Cunha, tem medo
29 de dezembro de 2015 às 19:45
Uai. sô. E eu que pensava que o gênio nos negócios fosse o filho do Lula.