Relator das contas de Dilma no Congresso contraria TCU e quer aprová-las

Dilma_Discurso03

Mariana Haubert, via Folha online em 22/12/2015

Contrariando a recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União), o relator das chamadas pedaladas fiscais na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senador Acir Gurgacz (PDT/RO), apresentou seu parecer na terça-feira, dia 22/12, pedindo a aprovação com ressalvas das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff.

Em outubro, o TCU recomendou, por unanimidade, que as contas fossem reprovadas por considerar que a presidente descumpriu no ano passado a Constituição e as leis que regem os gastos públicos. Como consequência disso, a União tem que pagar cerca de R$57 bilhões.

O Congresso é quem dá a palavra final sobre a aprovação das contas de um presidente. Dessa forma, os deputados e senadores decidirão se mantêm a decisão de Gurgacz ou se retomam o entendimento do TCU.

Na apresentação do seu parecer aos jornalistas, Gurgacz argumentou que é preciso ter cuidado para não criar, ao se reprovar as contas, uma jurisprudência que possa trazer um engessamento das administrações públicas nos três níveis: federal, estadual e municipal.

“Temos 14 estados que nesse ano não cumpriram a meta fiscal. Estados governados por vários partidos. Por isso a importância de fazermos um relatório baseado na legalidade, na Constituição e não só baseado no presidente atual mas na condição de gestão dos governos”, afirmou Gurgacz.

O senador destacou que as ressalvas se referem, principalmente, às pedaladas fiscais praticadas por Dilma no ano passado e a falta de planejamento para quitar a dívida com restos a pagar de 2012 a 2014.

“Estamos colocando que tem que se ter um planejamento. Essas contas precisam ser pagas e é preciso ter um planejamento para equilibrarmos nosso Orçamento”, disse. Ele, no entanto, afirmou não acreditar que essas contas podem ser ajustadas no próximo ano.

Tramitação
O relatório foi entregue à comissão nesta terça, com dois dias de atraso. Como o Congresso entra em recesso a partir de quarta-feira, dia 23/12, e só retoma seus trabalhos em 2 de fevereiro, os prazos ficarão suspensos neste período.

Quando a comissão voltar a trabalhar, os seus integrantes terão até o dia 13 para apresentar emendas ao relatório. Em seguida, o relator terá até 15 dias para apresentar seu parecer final.

O colegiado, então, terá sete dias para colocar o relatório em votação. Votado, ele será transformado em um projeto de decreto legislativo que terá que ser analisado pelo plenário do Congresso, que une a totalidade da Câmara e do Senado.

Até o dia 11 de março, a comissão terá que enviar a decisão da comissão para o plenário do Congresso. Independente da decisão da CMO, o plenário terá de dar a palavra final sobre a aprovação ou reprovação das contas de Dilma.

Leia também:
STF preferiu deixar país na baderna de Cunha do que adiar férias por algumas horas
Coletânea de textos: Quem tem Cunha, tem medo
Tereza Cruvinel: Dilma riu por último. Duas vezes!
“Sempre afirmei que ela iria até 2018”: O recuo de Temer mostra que o golpe deu ruim
Regulação da mídia já: Eduardo Cunha vendeu emissora de rádio sem ter o aval de ministério
Bom sinal: Reinaldo “rola-bosta” Azevedo e Gilmar Mendes estão “p” da vida com o STF
Câmara já discute quem será o substituto de Eduardo Cunha na presidência da Casa
Direita brasileira: Não aprendem nada, não esquecem nada
Renan Calheiros responsabiliza Temer por grande parte da crise política
Paulo Moreira Leite: Povo tirou país do abismo
Recordar é viver: A mídia soltou rojões por Eduardo Cunha
Paulo Moreira Leite: STF virou Fachin e Cunha do avesso
Cunha e golpistas perderam: Saiba como foi a votação do rito do impeachment no STF
O STF dirá: “Sim, Cunha é criminoso, mas nós somos covardes?”
Tem como impichar a burguesia?
Finalmente, Janot pede afastamento de Cunha da Câmara de Deputados
11 a 9: Apesar da tropa de choque golpista, Conselho de Ética decide investigar Cunha
Saiba quem são os golpistas da tropa de choque que blinda Eduardo Cunha na Câmara
Bandidagem: Ex-relator do processo contra Cunha diz que teve medo de ser morto
Uma comissão à imagem e semelhança de Eduardo Cunha
Um novo cenário na batalha do impeachment
Moniz Bandeira sobre o impeachment: “Wall Street está por trás da crise brasileira”
Governo ilegal e ilegítimo trará onda de revoltas
Eduardo Cunha vai ser afastado pelo STF
Ex-relator de Cunha na Comissão de Ética diz que recebeu oferta de propina
Quem orientou a tropa de choque de Eduardo Cunha foi um servidor da Corregedoria
Janio de Freitas: Eduardo Cunha no Planalto
Guilherme Boulos: O impeachment, Temer e Dunga
Lula denuncia golpe em evento internacional
Deputado protocola pedido de impeachment de Michel Temer
Em 12 anos, novo líder do PMDB aumentou patrimônio em 56 vezes
Bandidagem: Um terço da comissão especial pró-impeachment responde por crime no STF
Temer assinou decretos de pedaladas fiscais: Matéria do Estadão provocou a carta
Vídeo: Temer não pode brincar senão lascam impeachment nele
Michel Temer terá de decidir como pretende entrar para a história
Paulo Moreira Leite: Michel Temer gastou R$10,7 bilhões sem saber por quê?
Fora Cunha: 205 milhões de brasileiros nas mãos de um psicopata
A ficha suja dos defensores do impeachment de Dilma
Na lata de lixo da História, há um lugar especial para o PMDB atual
STF: Fachin freia golpe de Eduardo Cunha
Gregório Duvivier: O certo, o justo e o imbecil
Mauro Santayana: O impeachment e a divisão da oposição
Paulo Pimenta responde carta de Michel Temer: “Meia aliança é meia traição.”
STF: Fachin freia golpe de Eduardo Cunha
O pior dia para Eduardo Cunha deflagrar o impeachment
Truco no Congresso: Eduardo Cunha blefa sobre impeachment de Dilma
Leandro Fortes: A direita brasileira é louca por Cunha
Cunha deflagrou o golpe após sinal que Janot pediria seu afastamento
A farsa de Cunha, jihadista da direita corrupta
Dilma lança site para desmentir boatos da web
Após deixar PT, Marta Suplicy defende o impeachment de Dilma
Vídeo: “Quem quer interromper meu mandato tem biografia que não resiste a uma rápida pesquisa no Google”, diz Dilma
Após resistir às chantagens e ao banditismo, finalmente Dilma iniciará seu 2º mandato
Dilma fala em “golpe” e em “invenção de motivos”
As diferenças do processo de impeachment de Dilma e de Collor
Dilma: “Quero continuar na Presidência para continuar o maior programa habitacional do País.”
Carta de Temer a Dilma revela um homem vaidoso, magoado e disposto a tudo
Para Lula, impeachment de Dilma não tem razão e nem motivo, se não ódio e preconceito
Partidos lançam Rede da Legalidade contra impeachment de Dilma
Fernando Morais: Dilma sairá maior desta guerra
Truco no Congresso: Eduardo Cunha blefa sobre impeachment de Dilma
Dilma Rousseff: “Chega de chantagem.”

Os comentários sem assinatura não serão publicados.

Faça o login usando um destes métodos para comentar:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s


%d blogueiros gostam disto: