Via Jornal GGN em 27/11/2015
O ministro do Supremo Tribunal Federal disse, segundo informações do portal da Folha de sexta-feira, dia 27/11, que é comum conversar sobre pedidos de liberdade provisória em Brasília, inclusive com defensores de réus da Lava-Jato.
Gilmar, assim como outros magistrados da Suprema Corte, foi citado numa gravação pelo senador Delcídio do Amaral (PT), preso esta semana sob suspeita de atrapalhar a operação na Petrobras. Delcídio dizia poder influenciar Gilmar a liberar um habeas corpus para Nestor Cerveró. A partir da soltura, seria deflagrado um plano de fuga pelo Paraguai.
Nesta sexta, perguntaram a Gilmar se alguém havia o procurado para pedir a liberdade de potenciais delatores da Lava-Jato. “Não, nada disso, até já esclareci, não houve nenhum… Sempre tem esse tipo de conversa, as pessoas ficam fazendo alusões ou promessas. Nós em Brasília conversamos com todas as pessoas. Mas as pessoas sabem os limites dos assuntos que eles podem tratar”, afirmou.
“Eles pedem habeas corpus [liberdade provisória], mas isso é público. Veja, o tribunal deferiu alguns habeas corpus naquele caso dos empreiteiros, Ricardo Pessoa e outros. E denegou [alguns] e outros nem chegaram lá [no STF]. A rigor, esse é o tipo de conversa nesse contexto talvez de promessa”, completou, segundo a Folha.
Gilmar ainda negou que o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo, tenha o procurado para tratar da autorização à prisão de Delcídio um dia antes da ordem dada à Polícia Federal.
O Painel da Folha aponta que no dia anterior à prisão de Delcídio, Teori reuniu-se informalmente com os colegas da 2ª turma da Corte em seu gabinete, para avisá-los com antecedência da decisão que tomaria sobre o senador. Os ministros mantiveram a prisão por unanimidade.
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28 de novembro de 2015 às 19:30
Para mim o Gilmar está no mesmo barco. São as relações herdadas quando Delcídio era tucano!