Leandro Fortes, um dos mais proeminentes jornalistas da esquerda brasileira, em artigo especial, analisa a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que na quarta-feira, dia 7/9, rejeitou as contas da presidenta Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, os “ministros” do órgão são herança colonial provinciana que se associaram aos barões da mídia e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em aliança “espúria” jamais vista desde 1964. Fortes aponta ainda que o Brasil, para sair da crise, precisa de políticos como Lula, Ciro Gomes e Roberto Requião. Ele também afirma que o país precisa de uma nova Dilma Rousseff e de um novo PT.
A CADELA UDENISTA ESTÁ NO CIO
Leandro Fortes, lido no Blog do Esmael Morais em 8/10/2015
Aquilo não foi um julgamento, porque o TCU não é um tribunal, mas um cartório de políticos aposentados e apadrinhados de ocasião – alguns lá colocados pelo PT, diga-se de passagem.
O TCU é um apêndice do Poder Legislativo com estafetas de luxo autoproclamados “ministros” por conta de uma herança colonial provinciana.
Ao recomendar a reprovação das contas de Dilma, o TCU apenas cumpriu uma tarefa encomendada pelos tutores da oposição, que precisam voltar ao comando dos cofres públicos, ainda que com suas marionetes de sempre alçadas ao poder.
Pelo voto, perceberam, essa missão tornou-se quase impossível, ainda mais depois da decisão do STF que decretou inconstitucional as doações empresariais para campanhas eleitorais.
Sem falar na indigência das lideranças de direita, que oscilam entre os surtos fascistas da turma de Bolsonaro e a inoperância legislativa dos tucanos.
A solução foi voltar às origens, aos sobreviventes da Arena, aos herdeiros do udenismo lacerdista.
À tigrada.
Apostam, ainda, no envenenamento diário da mídia e na sobrevida de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, no que já pode ser classificado como a mais espúria aliança política da República desde o golpe de 1964.
Essa farsa do TCU, embalada numa fachada técnica cafajeste e hipócrita, exige uma reação política à altura, e não esse republicanismo barato que transformou os políticos do PT em clientes clandestinos de hospitais e restaurantes, Brasil afora.
Exige um grande e decisiva mobilização social e política, com todos os aliados dos movimentos sociais, com as forças democráticas, e não apenas de esquerda, que estão enojados com esse movimento golpista bancado, como de costume, pelos barões da mídia e pela escória fisiológica da política nacional.
Exige a voz das massas, de grandes lideranças populares e de políticos que não têm medo de enfrentar a manada e o senso comum.
Políticos como Lula, Ciro Gomes e Roberto Requião. Exige uma nova Dilma Rousseff e um novo Partido dos Trabalhadores. Exige um novo Brasil.
Leandro Fortes é jornalista em Brasília.
14 de novembro de 2015 às 1:35
Não por nada, mas por tudo, Leandro Fortes, por que vc não acrescentou a este trio ao menos uma mulher? Por acaso vai me dizer que não existe representação política feminina forte ou vc nunca notou a existência de uma Jandira Fegali, por exemplo?
11 de outubro de 2015 às 13:02
Concordo plenamente, apenas faço a ressalva de que, neste confronto com os grupos reacionários que querem voltar ao poder pelo golpe, não podemos titubear; a denúncia e o desmascaramento deve ser firme, contundente. Não podemos nem devemos permitir que aqueles que perderam justificadamente a confiança e o voto do eleitor, voltem para infelicitar o povo brasileiro.
João Batista
9 de outubro de 2015 às 15:30
O inimigo semeou por de mais joio no meio do trigo. O povo brasileiro está, não só contaminado, mas está doente, desanimado e abatido. Está perdendo o seu poder de reação, por ter sido tão manipulado, tão massacrado psicologicamente, que se sente castrado de suas possibilidades, de discernimento e de ver o que ainda há de bom, nos gestos de esperança e fé, das pessoas que ainda tem boa vontade e acreditam, na construção de um mundo novo e melhor, com mais justiça social, socorrendo amorosamente os mais necessitados Fico muito triste, quando vejo, certos glichês pejorativos, que só embrutece mais o povo, que vai perdendo o seu poder de uma reflexão sadia e produtiva, como por exemplo, ‘as pedaladas da Dilma’. As pessoas que, quase já não pensam, mas apenas acham que não deve ser boa coisa. Nem imaginam, que nessas pedaladas, está uma atitude amorosa de pagar religiosamente, sem atraso, aqueles que mais precisam. Àqueles, que no passado já sofreram, por tanto que lhe negaram. Só agora, que estas pedaladas vieram lhe socorrer. Porque não se dá um nome mais digno a essas pedaladas? Por que não chamá-la de ‘ ajuda aos pequeninos de Deus’? Ou: ajuda cristã? Ou até: ‘Um alimento a dignidade’? Porque, temos sempre de distorcermos os bons gestos, dos que, nós os colocamos como opositores? É urgente que procuremos nos convergir, para o bem de todos.
8 de outubro de 2015 às 23:28
se isso acontecer! e melhor entregar o país para os americanos, porque vai ser o fim.
8 de outubro de 2015 às 20:21
Exatamente! Lula, Ciro e Requião, três pessoas fortes, destemidas, íntegras e comprometidas com a democracia!