Via Instituto Lula em 4/9/2015
Em uma tentativa de desqualificação de um trabalho sério de resgate histórico das lutas populares no Brasil entre 1964 e 2002, a Folha de S.Paulo procurou com lupa erros que não existem no Memorial da Democracia. Em reportagem publicada na tarde de quinta-feira, dia 3/9, o jornal força a mão no título “Memorial do Instituto Lula enfatiza conquistas de petista e diminui FHC”, que parece sair em “defesa” dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Por um lado, vemos como um elogio à seriedade do nosso trabalho que a Folha de S.Paulo tenha encontrado tanta dificuldade para distorcer o conteúdo do Memorial, recorrendo a uma falsa polêmica para cumprir seu objetivo. Por outro, nos preocupa que tentem “culpar” o trabalho da equipe multidisciplinar de especialistas que montou o Memorial da Democracia pelo legado dos governos anteriores aos de Lula – sobre os quais não fazemos juízo de valor, diferentemente da própria Folha de S.Paulo diante dos registros históricos da era FHC.
Por isso, convidamos todos e todas a ler a íntegra das perguntas enviadas pela reportagem da Folha e as respostas do Instituto Lula, bem como a conhecer e fazer sua própria avaliação do Memorial da Democracia.
No texto sobre a primeira eleição de Lula, em 2002, consta que, no dia de sua posse, ele “anunciaria a primeira política pública de seu governo, o Fome Zero, embrião dos programas de transferência de renda que seriam agrupados posteriormente no Bolsa Família”. Por que programas do governo anterior – como o Bolsa Escola, o Auxílio Gás e o Cartão Alimentação –, que foram incorporados e ampliados pelo Bolsa Família, não foram citados?
Porque conceitualmente, em objetivo e em escala, não são a mesma coisa. O Programa Fome Zero e depois o Bolsa Família foram programa concebidos, em forma, universalidade e escala para erradicar a fome no Brasil. Os programas do governo anterior tinham alcance e caráter limitado, não atingiam todos os potenciais beneficiados e não tinham o caráter de direito. Inclusive a universalidade desses programas foi vetada em lei pelo governo anterior, fato que tampouco está no Memorial.
No texto sobre a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, diz-se que o tucano “antes de se tornar ministro da Fazenda […] era um político com tímido desempenho eleitoral”. Por que há juízo de valor (“tímido”) sobre o desempenho eleitoral de um adversário, mas não do ex-presidente Lula?
Porque haveria de ter juízo de valor sobre desempenho eleitoral de Lula se antes de 1994, em 1989, Lula quase ganhou as eleições presidenciais? Não faz sentido o pretenso paralelismo proposto pela Folha de S.Paulo. É um fato histórico que antes de ser indicado para o Ministério da Fazenda o nome de Fernando Henrique Cardoso não era cotado para as eleições presidenciais daquele ano enquanto Lula liderava as pesquisas eleitorais de então. O adjetivo encaixa-se nesse contexto.
Por que no texto sobre a eleições presidencial de 1994 não há menção ao fato de que a disputa foi vencida em primeiro turno, como acontece no texto de 1998?
Essa afirmação está na linha fina do card, logo abaixo do título: clique aqui.
Quais obras, na bibliografia do site, dão suporte à conclusão de que a vitória de Lula em 2002 “decorreu do amadurecimento do eleitorado brasileiro – que desde a eleição municipal de 2000 vinha externando o desejo de mudança política – e da complexa conjuntura que precedeu o pleito”, conforme consta no texto?
São fatos históricos que talvez o reportariado da Folha de S.Paulo seja muito jovem para lembrar, mas o Brasil viveu uma grave crise econômica e social entre 1999 e 2002, com índices sociais e econômicos muito ruins e baixa popularidade do governo federal. Todos esses fatos são verificáveis inclusive nos arquivos da Folha de S.Paulo.
Por que o site inclui fatos posteriores à primeira eleição de Lula, em 2002 – principalmente no texto sob o título “Mais democracia, mais oportunidades”, mas não apenas –, porém omite a denúncia e o julgamento da Ação Penal 470?
Quanto à falta de referências ao governo do PT, lembramos que teve início em 2003, período que ainda está sendo preparado pela equipe do Memorial, bem como os muitos períodos anteriores ao golpe de 1964. O referido (e curto) texto de apenas um parágrafo de fatos absolutamente incontestáveis é uma introdução que se refere a ampliação da democracia e das oportunidades durante o governo Lula, período que ainda não foi abordado pelo Memorial, quanto mais o período posterior aos dois mandatos de Lula.
Por que estão incluídos na linha do tempo escândalos ligados a outros partidos e figuras políticas, como o da emenda da reeleição (PSDB) e o de Celso Pitta (Maluf), mas não estão listados escândalos ligados ao PT?
Os módulos do memorial já publicados tratam dos períodos entre 1964 e 2002.
Agradecemos às perguntas. O Instituto considera o Memorial uma importante contribuição para a consolidação da democracia no Brasil e considera normal o debate em torno de diferentes interpretações de fatos históricos. Que cada um faça a sua, que cada cidadã ou cidadão participe desse debate.
MEMORIAL DA DEMOCRACIA – UM MUSEU DAS LUTAS DEMOCRÁTICAS DO POVO BRASILEIRO
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6 de setembro de 2015 às 11:24
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