Prefeito comparou escrutínio sobre redução da velocidade em vias e cores da ciclovia a quase ausência de críticas aos atrasos no monotrilho.
Camilla Feltrin, via CartaCapital em 29/8/2015
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), focou não só na cobertura jornalística sobre seu mandato, mas também na judicialização de algumas de suas ações, sobretudo pelo Ministério Público, ao dirigir-se à plateia do seminário “Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades do Século 21”, evento de que participou na sexta-feira, dia 28/8, em São Bernardo do Campo.
“Estou discutindo com o Judiciário a cor usada em uma ciclovia e a redução da velocidade de uma via perigosa”, afirmou. Para Haddad, “a divergência é a base da democracia”, mas o papel das instituições políticas, que trata as gestões de modo completamente diverso dependendo do gestor, está confuso.
Ele citou obras de monotrilho na cidade, uma na zona leste e outra na zona sul, que não são alvos de tantas críticas mesmo alterando profundamente a característica urbana ao custo de bilhões de reais – e a entrega atrasada. “Ninguém se incomodou com o monotrilho? O que há por trás disso?”, questionou o público de cerca de 400 pessoas.
O prefeito recordou ter sido condenado por setores da sociedade por causa da implantação de corredores de ônibus, intervenções que começaram em seu primeiro ano de mandato, em 2013. “Foi um ano de críticas e só pararam de bater quando fizemos as ciclovias. Uma gestão de mudança precisa de quatro ou cinco ações para alternar [as reclamações]”, falou. Desde que assumiu, o prefeito contabiliza ter entregado quase 500km corredores de ônibus em importantes vias no município.
“Hoje, São Paulo não vai admitir que um ônibus fique num trânsito de carros. E essa era a realidade há dois anos”, disse. Haddad também considerou que “a imprensa tem tara pela ciclovia” e que não entende certos questionamentos já que o projeto já constava em seu plano de governo, lançado no pleito de 2012. “A ciclovia vazia já é bonita, cheia, é melhor ainda. A cidade também precisa de vazios”.
O prefeito da Capital considerou que o país necessita de reformas profundas, mas que nem sempre são fáceis de serem aplicadas, seja pela falta de vontade política ou por resistência da sociedade. “É muito mais difícil fazer a reforma viária que a agrária”, falou para o público ao analisar que as terras urbanas são alvo de mais disputas que as no interior do País, além de serem mais caras e alvo de múltiplos interesses.
Ainda avaliando a crise de representatividade entre os eleitores e os políticos, Haddad comparou que períodos de crise são propícios para a aparição de “aventureiros”. “Não é à toa que em períodos de crise apareçam personagens da radiodifusão. Na Itália, depois da [Operação] Mãos Limpas, teve o Berlusconi eleito como presidente”, citou em referência aos pré-candidatos à prefeitura da capital paulista nas eleições de 2016.
Ao menos três dos possíveis concorrentes do petista no próximo ano trabalham como apresentadores: Celso Russomanno (PRB), João Dória (PSDB) e José Luiz Datena (PP).
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1 de setembro de 2015 às 22:21
E para resolver esse problema só com uma revolução radical que ponha fim à politicalha reinante. Os grandes pilantrões se perpetuam e dão origem a grandes canastrões que atuam como bandidos e ladrões que são, como por exemplo Eduardo Cunha um caso para ser resolvido pela justiça do século XVII.
1 de setembro de 2015 às 8:42
O grande problema de São Paulo, é o mesmo do Brasil, ou seja: PSDB/DEM/PPS/STF/MP… É tudo a mesma coisa!!!
31 de agosto de 2015 às 20:47
S.Paulo capital tem hoje um prefeito que tem mostrado saber administrar uma cidade gigante com problemas ainda maiores e por isso, as forças retrogadas de S.Paulo, encabeçadas por Geraldo Alckmin, fazem-lhe uma oposição velhaca, muito suja que prejudica a população.
Haddad é um empreendedor de ideias novas, inteligente e principalmente dedicado a sua função de gestor público.