Como a Globo e o UOL tentam salvar Aécio

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Doleiro Youssef confirma que Aécio recebeu propina de Furnas. Caixa 2 na estatal foi objeto de inquérito. UOL poupa tucano
Via Viomundo em 25/8/2015

Em seu depoimento à CPI da Petrobras, hoje [25/8], o doleiro Alberto Youssef confirmou acusação que havia feito anteriormente segundo a qual o hoje senador Aécio Neves recebeu dinheiro de propina no esquema de Furnas.

Também foi repetida a denúncia de que o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, já falecido, recebeu R$10 milhões para trabalhar contra a criação de uma CPI da Petrobras.

O Jornal Nacional não incluiu as falas sobre Aécio e Guerra em sua reportagem. Preferiu focar em Antônio Palocci e Dilma Rousseff, ambos petistas.

Deu uma nota sobre o assunto, sem imagens, depois da reportagem – enfatizando a defesa do senador tucano.

O UOL colocou os nomes de Aécio Neves e Sérgio Guerra no título ao chamar o assunto no Twitter, mas no site logo mudou a manchete: Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a tucanos (observe acima a denúncia do Esforçado no Twitter).

Ou seja, o presidente do PSDB se tornou apenas mais um “tucano”, logo ele que lidera a tentativa de aprovar o impeachment de Dilma Roussef.

A reportagem do portal da Folha blinda o PSDB. Termina com uma nota oficial que sugere que um deputado petista forçou Youssef a repetir a acusação:

“Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.

Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.

 Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: “Nunca teve contato com Aécio Neves” (página 18) e que “questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não” (página 20).

Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Youssef repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.

Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.”

Antes de reproduzir a nota do PSDB, o texto do UOL incluiu o seguinte parágrafo:

Em março deste ano, Aécio negou participação – no esquema de Furnas. “A chamada lista de Furnas – relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos – é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios”, disse o tucano em nota. Segundo a nota, a “lista de Furnas” surgiu em 2005 como “tentativa de dividir atenção da opinião pública” em meio à revelação do mensalão.

O que faltou dizer é que a Lista de Furnas passou por uma perícia da Polícia Federal, que confirmou que ela não foi forjada – o que em si não atesta a veracidade do conteúdo.

Porém, dados contidos na Lista foram confirmados por investigação da promotora Andréa Bayão Pereira.

Quando o procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou investigar o ex-candidato do PSDB ao Planalto na Operação Lava-Jato, este site publicou: Ao livrar Aécio de inquérito, Janot desconheceu denúncia de promotora sobre caixa 2 em Furnas.

Parte do depoimento original de Youssef sobre Aécio na Lava-Jato é confirmada pelo conteúdo do inquérito que resultou na denúncia reproduzida abaixo. Segundo Youssef, a propina era paga pelo empresário Airton Daré, dono da empresa Bauruense, fornecedora de Furnas. O doleiro ouviu do ex-deputado José Janene, do PP, que o destinatário do dinheiro era o então deputado federal Aécio Neves. PP e PSDB “compartilhavam” uma diretoria de Furnas, segundo Youssef. Os pagamentos eram de pelo menos 100 mil dólares mensais entre 1996 e 2000.

Se a mídia brasileira não destacou o depoimento de Youssef hoje, como denunciaram internautas, o mesmo não fez a Agência Reuters:

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Abaixo a denúncia original de Youssef em 19/3/2015.

Agora, a denúncia de Youssef em 25/8/2015.

Clique aqui para ler a denúncia da promotora sobre o caso de Furnas.

***

DEPUTADOS COBRAM POSIÇÃO DA PGR SOBRE PARTICIPAÇÃO DE AÉCIO NEVES EM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO
Benildes Rodrigues, via PT na Câmara em 26/8/2015

Os deputados petistas de Minas Gerais, Padre João (federal) e Rogério Correia (estadual) protocolaram documento na Procuradoria Geral da República (PGR), na semana passada, cobrando resposta ao pedido de apuração protocolado na procuradoria, no dia 19 de março deste ano. Nessa ação, um grupo de parlamentares da bancada federal do PT solicitou à PGR a investigação do envolvimento do senador Aécio Neves com desvios de recursos de Furnas, conhecido por Lista de Furnas, à época em que Aécio era candidato ao governado de Minas.

“Essa cobrança que fizemos é muito importante, até para resguardar o respeito à instituição. Nesse sentido, é fundamental que a PGR se manifeste sobre as providências que serão tomadas com relação às denúncias que envolvem o Aécio Neves”, alertou Padre João.

A cobrança dos petistas ganhou força nesta semana com o depoimento do doleiro Alberto Youssef que reafirmou, na terça-feira, dia 25/8, de forma contundente, na CPI da Petrobras, que o presidente do PSDB, Aécio Neves recebeu dinheiro de corrupção de Furnas.

Padre João lembrou que esta é a segunda vez que o doleiro Alberto Youssef revela a participação de Aécio Neves no esquema da Lista de Furnas, elaborada pelo lobista Nilton Monteiro.

Na petição impetrada pelos parlamentares no último mês de março, foram anexados documentos que comprovam e corroboram o depoimento do doleiro-delator à Justiça Federal e à CPI da Petrobras.

Defende o deputado Padre João a necessidade de a justiça atuar de forma igualitária, sem promover privilégios. Ele fez esta referência no sentido de alertar a PGR para “abrir o leque” uma vez que, na avaliação dele, os desdobramentos das delações premiadas na Operação Lava-Jato têm sido feitos de forma seletiva.

“Por isso formalizamos, na semana passada, o pedido de desdobramento que a PGR vai dar em relação à lista de Furnas, em particular às denúncias de propinas recebidas pelo ex-governador de Minas, Aécio Neves”, explicou Padre João. O presidente do PSDB e senador eleito por Minas Gerais foi excluído da lista de investigados na Operação Lava-Jato, embora o pivô do esquema, o doleiro Alberto Youssef, tenha afirmado em delação premiada que o tucano estaria envolvido com o esquema.

Desarquivamento – A petição solicita o desarquivamento do processo que a bancada mineira impetrou em fevereiro de 2014 sobre desvios de recursos das estatais Furnas e Cemig, ocorridos entre 1994 e 2002.

Os deputados entendem que as descobertas da Operação Lava-Jato indicam a necessidade da PGR “valorar esses novos achados probatórios e aprofundar as investigações acerca das irregularidades noticiadas na Representação”.

Entre os documentos protocolados estão a própria “Lista de Furnas”, cuja veracidade foi reconhecida pela Polícia Federal; a denúncia sobre o esquema formulado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e cópia da delação de Alberto Youssef na qual cita Aécio Neves e outros políticos.

Na petição, os petistas solicitam também que a PGR leve em consideração o trabalho realizado pela procuradora Andrea Bayão, que investigou o caso e que, além do desvio de recurso, identificou a ocorrência de caixa 2 com verbas da estatal. À época, a procuradora obteve a confissão de Roberto Jefferson, ex-presidente nacional do PTB e ex-deputado federal, afirmando que recebera R$75 mil das próprias mãos do então presidente de Furnas, Dimas Toledo, no escritório da estatal no Rio de Janeiro. Esse valor é o mesmo que consta na lista completa, que traz a assinatura de Toledo e foi considerada autêntica por laudo da Polícia Federal.

De acordo com os parlamentares do PT, o senador tucano deve ser incluído nas investigações da Operação Lava-Jato uma vez que já existem “provas suficientes” para a abertura de inquérito. O entendimento dos parlamentares petistas é reforçado pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo, que também solicitou à PGR o desarquivamento do pedido de investigação contra Aécio Neves.

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