The Economist: Sabe aquela revista inglesa que vive dando aula para o Brasil? Está à venda.

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Em apuros.

Paulo Nogueira, via DCM em 27/7/2015

Sabe aquela revista que vive dando lições para o Brasil? Façam isso, façam aquilo, sempre pontificando, sempre doutoral. A inglesa Economist?

Ela está à venda. Não está conseguindo sobreviver à era digital. Tão boa para oferecer soluções para o Brasil e para o mundo, a Economist não encontra saída para si própria. E não está também encontrando comprador.

A Economist é 50% da Pearson, que acaba de vender para um grupo japonês o também professoral diário Financial Times.

Algumas grandes editoras – Bloomberg, Thomson Reuters e Axel Springer – foram procuradas para ver se se interessavam pela Economist. Nenhuma topou.

Calcula-se que a fatia da Pearson valha 400 milhões de libras, quase R$2 bilhões. A Pearson, aparentemente, quer se encontrar apenas em seus negócios no campo da educação. Mas quem quer comprar jornal e revista em pleno ano de 2015?

Talvez em países emergentes, por razões específicas. Chineses, no ano passado, arrebataram a Forbes, que foi símbolo de publicação de negócios nos Estados Unidos durante décadas. No caso do FT, o comprador é também asiático – japonês.

Pode ser importante para países emergentes, em sua escalada internacional, ter a posse de companhias respeitadas de mídia.

E aí chegamos a uma situação anedótica.

Os donos das grandes empresas de jornalismo do Brasil não podem vendê-las para compradores de fora. Isso por causa da reserva de mercado.

Foi uma forma de protegê-las da competição externa. Quando quase todos os setores da economia brasileira já tinham sido abertos ao mundo, a proteção – algo que vai contra o espírito puro do capitalismo – continuou a vigorar para a mídia, tamanha a força do lobby da mídia. Era mais uma mamata, até virar uma desvantagem.

Presumivelmente, a China gostaria de comprar alguma empresa relevante de mídia brasileira, dada a importância do Brasil em sua geopolítica.

Digamos a Abril, ou o Estadão, as duas grandes empresas familiares em situação mais dramática. Mas isso não vai acontecer.

Pela lei, apenas 30% das ações das empresas de mídia podem estar em mãos estrangeiras. Privilégios, depois de algum tempo, podem virar o oposto: esta é a lição da reserva de mercado para a mídia.

Quanto à Economist, que salva a humanidade toda semana mas não a si própria, convém ler com cuidado cada vez que ela disser o que o governo brasileiro deve fazer ou não fazer.

3 Respostas to “The Economist: Sabe aquela revista inglesa que vive dando aula para o Brasil? Está à venda.”

  1. Arthur Fernando Costa Says:

    Quero mais é que essa coisa do mal afunde de vez!!!

  2. Bene Bugrao Says:

    “BOM VOYAGE” THE ECONOMIST!!! VÁ ENCONTRAR O TITANIC, E NOS MANDE INFORMAÇÕES DE COMO SALVÁ-LO…

  3. Bene Bugrao Says:

    SE ALGUÉM COMPRAR ESSA PORCARIA, DEVE SER PARA RECICLAGEM… SE É QUE É POSSÍVEL…

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