Henrique Fontana, via Sul21 em 18/7/2015
Serão no domingo, dia 7 de outubro de 2018. A tentativa de retirar uma presidenta, legitimamente eleita, com um mandato conquistado nas urnas, antes desta data atenta contra a democracia brasileira. E não bastará aos defensores da quebra das normas constitucionais envolverem suas manobras para um golpe institucional em um “verniz” legalista.
Os argumentos para colocar em marcha o impeachment da presidenta Dilma Rousseff apresentados pela oposição são tão duvidosos quanto frágeis. Desde a reeleição da presidenta a oposição, especialmente tucana, vem promovendo formas de interromper o seu mandato com pedidos de recontagem de votos, de rejeição das contas de campanha no Tribunal Superior Eleitoral ou do governo no Tribunal de Contas da União, ou de pedido de impeachment por conta da Operação Lava-Jato.
As supostas “pedaladas fiscais” nas contas do governo federal de 2014, mecanismo até este momento considerado legal pelo TCU na gestão do Orçamento, inclusive utilizado durante o governo do PSDB; e a contribuição de um empresário delator da Operação Lava-Jato para a campanha presidencial de Dilma em 2014 em valor menor ao doado a seu adversário direto, Aécio Neves, todos registrados dentro das regras eleitorais, nenhum desses expedientes nem de longe podem justificar a quebra da ordem democrática do país.
Mesmo que o senador Aécio queira, contraditoriamente, fazer crer que o valor maior recebido por ele do mesmo empresário, na mesma campanha, seja lícito, e o de Dilma não. Todos nós somos contra a corrupção e vamos trabalhar duramente para erradicá-la de nosso meio, onde estiver. De outro lado, a política nacional não deve ser pautada pelo revanchismo eleitoral ou pelos humores do mercado e da economia. Reagir e buscar saídas para a crise econômica não são motivos para um golpe contra a democracia.
Concorde ou não, tenha votado ou não, apoie ou não o governo da presidenta Dilma, terá ele acertos e erros, é papel de cada cidadão e cidadã brasileira garantir à presidenta o direito de exercer seu mandato e colocar em prática as políticas nas quais acredita para fazer o Brasil crescer. É tarefa de toda a sociedade defender a estabilidade, as instituições e a legalidade democrática, duramente conquistada após mais de 20 anos de ditadura. Particularmente, não quero acreditar que o ex-presidente Fernando Henrique autorize, por ação ou omissão, que seu partido, o PSDB, juntamente com outras forças de oposição, dê curso a um golpe institucional contra a presidenta Dilma. Seria isto uma mancha profunda em sua biografia.
Nenhum jogo acaba, ou mesmo o juiz expulsa todo um time, aos dez minutos do primeiro tempo, porque não está gostando da partida. A democracia não é brincadeira e a política não pode ser um jogo onde vale tudo. A maioria do povo brasileiro não torce pelo “quanto pior, melhor”. Vamos trabalhar pelo Brasil, defender a democracia e ajudar a presidenta Dilma a fazer um bom governo para todos e todas.
Henrique Fontana é deputado federal (PT/RS).
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21 de julho de 2015 às 17:58
Concordo.
21 de julho de 2015 às 12:59
Torcer não; trabalhar. E, até lá, espero que os trogloditas não consigam transformar meu país em uma republiqueta africana (sem ofensa aos povos africanos, pois seus males, lá também, vêm das elites que possuem, comprometidas com interesses espúrios, estrangeiros).
21 de julho de 2015 às 4:11
Governar com plebiscitos acaba com as fofocas e pretensões golpistas.