Lido no DCM em 5/7/2015
Dono de um conglomerado citado na Operação Lava-Jato como integrante de um esquema de pagamento de propina na Petrobras e sob crise financeira, o presidente do grupo Schahin, Milton Schahin, decidiu falar.
Ele recebeu O Globo em seu escritório na Avenida Paulista, em São Paulo e, sem rodeios, afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), vem patrocinando um esquema de perseguição às suas empresas.
A ação, segundo ele, é capitaneada pelo empresário Lúcio Bolonha Funaro, com suporte de um grupo de parlamentares ligados a Cunha. O presidente da Câmara nega qualquer interferência no episódio. Cunha morou num flat em Brasília que era de propriedade de Funaro. Este, por sua vez, afirmou que trata do assunto apenas com a polícia e o Poder Judiciário. No entanto, admitiu que procurou parlamentares para denunciar o grupo Schahin.
Para Schahin, é o poder político de Cunha que tem permitido a Funaro, seu principal desafeto, acionar a metralhadora giratória contra as atividades das empresas do grupo. O cerco teria começado há sete anos e, segundo ele, está agora se repetindo na CPI da Petrobras.
Na Câmara, há registros de uma sucessão de requerimentos apresentados por parlamentares ligados a Cunha relacionados ao grupo Schahin. Questionado sobre o motivo de tantos pedidos de informações e investigação apresentados na CPI contra suas empresas, Milton responde:
– Vejo como pura sacanagem do Funaro. Agora você me pergunta: como o Funaro pode ter tanta força? Porque o Eduardo Cunha está por trás. Temos uma pendência muito grande com Funaro, e a ligação de Cunha com ele é muito conhecida.
E prossegue:
– O que é estranho é a Câmara se meter na briga entre duas empresas. O que deputados têm a ver com uma disputa judicial entre empresas?
[…]
Em março deste ano, O Globo revelou dois requerimentos da Câmara que reforçam acusações do doleiro Alberto Youssef contra Eduardo Cunha. Em delação premiada, ele afirmou que Cunha era um dos beneficiários de propinas relacionadas a um contrato de aluguel de um navio-plataforma da Samsung e da Mitsui, que teria como representante no Brasil o executivo Júlio Camargo, outro investigado na Lava-Jato que se tornou delator em troca de redução de pena.
Nos requerimentos da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, Solange pressiona publicamente a Mitsui e Camargo. O motivo, segundo o doleiro, seria uma suposta pressão para que as empresas retomassem o repasse de propinas que havia sido interrompido.
Apesar de ter negado qualquer relação com o episódio, Cunha figura nos registros da Câmara como “autor” dos arquivos em que foram redigidos os dois requerimentos. Registros do sistema de informática da Câmara foram requeridos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que lidera o inquérito aberto contra Eduardo Cunha no âmbito da Lava-Jato, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No fim de maio, quando os irmãos Schahin foram convocados a prestar depoimento na CPI da Petrobras, o deputado Ivan Valente (PSOL/SP) indagou Milton Schahin sobre o episódio da convocação dele por Solange. O empresário preferiu ficar em silêncio. Ao GLOBO, disse que, desde o episódio de Apertadinho, vem sendo pressionado a fazer um acordo com Funaro. Perguntado por que não fechou um acordo, disse:
– Por que vou fazer negócio com bandido?
[…]
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8 de julho de 2015 às 12:19
Este cretino aí é apenas um boi-de-piranha!
A quadrilha canalha esconde-se atrás deste fantoche através do qual as maiores atrocidades contra a sociedade vem sendo cometidas, em votações que são verdadeiras ‘goleadas’ contra a sociedade e a nação.
A quadrilha ao redor do Cunha é muito unida!
“É… Assistimos meio que passivamente essa corja, esse ovo de serpente, crescendo sem parar… Estamos mesmo é fodidos!”
– Terceirização do trabalho, incluindo a atividade fim
– Autorização de financiamento privado nas eleições
– Redução da maioridade penal
– Isenção de impostos para as igrejas, agremiações e arrecadadores para as religiões
– Fim da reeleição nos cargos executivos
– Fim do fator previdenciário
– Extinção da lei contra o armamento individual
– Eliminação da identificação de transgênicos nos alimentos comercializados
– Mandato de cinco anos para todos os cargos
– Manutenção do voto obrigatório
– Redução da idade mínima para trabalho
– Renegociação das dívidas dos clubes de futebol
– …
COMO SE VÊ, PINTO NÃO TEM OMBRO!
8 de julho de 2015 às 3:01
E deixaram Cunha, um tremendo escroque muito bandidão, tomar conta da câmara de deputados onde pinta e borda com as cores mais vivas, um painel de velhacarias.