País passou também a ser o maior centro de distribuição de cocaína no mundo da última década.
Via Portal R7 em 27/6/2015
O Brasil se transforma em um dos maiores mercados para a cocaína, com uma prevalência que supera a dos Estados Unidos e atinge mais de quatro vezes a média mundial.
Os dados foram divulgados na sexta-feira, dia 26/6, pelo Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (Unodc, na sigla em inglês), que também revela que o Brasil passou a ser o maior centro de distribuição de cocaína no mundo da última década, citado em 56 países como o local de trânsito da droga.
Segundo a ONU, produção de coca no mundo parece ter atingido seu ponto mais baixo desde 1990. O informe também aponta para uma contração nos mercados dos Estados Unidos e da Europa.
Mas é o consumo na cocaína na América do Sul que mais preocupa e o Brasil segue uma tendência inversa.
A taxa de prevalência da droga na região passou de 0,7% da população em 2010 – com 1,8 milhão de usuários – para 1,2% em 2012, um total de 3,3 milhões de pessoas.
As taxas sul-americanos são hoje três vezes a média mundial e parte do aumento teria ocorrido por causa do aumento do mercado no Chile e na Costa Rica.
“Mas o aumento do uso de cocaína na região é liderado pelo aumento do uso no Brasil, que é o maior mercado de cocaína na América do Sul”, alertou a ONU. “Apesar de não haver uma pesquisa recente no Brasil, extrapolando dados a partir de pesquisas com estudantes universitários, a Unodc estima que a prevalência do uso da cocaína seja de 1,75% da população adulta do País.”
O dado se contrasta com a estimativa da ONU de que a cocaína seja consumida por 0,4% da população adulta mundial. Se ela continua elevada na América do Norte e na Europa, o informe revela também que existe uma “tendência geral de queda” nesses mercados.
Nos Estados Unidos, a estimativa é de que a prevalência da cocaína chegue a 1,6% da população a partir dos 12 anos de idade. No total, o mundo contaria com um total de 17 milhões a 20 milhões de usuários da droga.
Neste ano, o informe aponta para uma queda do cultivo da coca, chegando a seus menores níveis desde 1990. Na Colômbia, a capacidade de produção seria a menor desde 1996. Mesmo com um cultivo mundial equivalente a 170 mil campos de futebol, a destruição de áreas levou a uma redução da plantação em 10% entre 2012 e 2013.
Para a ONU, a queda do cultivo pode ter tido um impacto também na queda do consumo, com menor acesso ao produto nos Estados Unidos e no Canadá. Ações coordenadas entre vários países e uma guerra entre grupos criminosos também ajudaram na redução do consumo.
Trânsito
O Brasil ainda foi mencionado 1,7 mil vezes como país de trânsito entre 2005 e 2014. Em termos de citações, é superado pela Argentina, mencionada em cerca de 2,1 mil casos em dez anos. Mas o número de países que indicaram o Brasil é o maior do mundo, revelando que o território nacional seria a maior base de exportação da droga.
Quarenta e cinco países de destino da cocaína mencionaram a Argentina como ponto de trânsito, contra 31 para a Colomba. Incluindo todas as demais drogas, apenas o Paquistão supera o Brasil, com 178 países do mundo o citando local de trânsito da heroína.
“Por conta de sua posição geográfica, o Brasil tem um papel estratégico no tráfico de cocaína, e os confiscos dobraram no País em 2013 para mais de 40 toneladas”, indicou a ONU.
“A cocaína entra no Brasil por avião, por terra (carros, caminhões e ônibus), por rio (barcos que cruzam o Amazonas), antes de ser enviada para o exterior, principalmente para a Europa, tanto de forma direta como via África”, declarou a ONU – 30% da droga confiscada no Brasil tem o mercado externo como objetivo.
Somando todas as drogas ilícitas, a ONU estima que existam 246 milhões de usuários no mundo, pouco mais de 5% da população entre 15 e 64 anos de idade – 27 milhões de pessoas seriam dependentes, dos quais metade por drogas injetáveis.
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29 de junho de 2015 às 20:04
Triste a vida dos coxinhas, né não?
Eles precisam aceitar tudo, arranjar desculpas para tudo. Para os homofóbicos, para os cheiradores de cocaína, para a gangue do metro de SP, para os mentirosos da falta de água, para os racistas, para os fascistas, …
Triste é mesmo a vida dos coxinhas!
Pessoalmente prefiro me relacionar com as portas. Elas não ouvem, elas não veem, elas não leem, elas não pensam, elas não entendem. Contudo elas não perdem a linha. Minha opção é pelas portas.