Números mostram a real do real: a inflação no governo FHC foi pior do que nos governos Lula e Dilma.
Com informações de Paulo Moreira Leite
Implantado em 28 de fevereiro de 1994, o Plano Real estabilizou a inflação à custa da substituição de produtos nacionais por importados e o agravamento da situação fiscal.
Se em duas décadas a inflação jamais retornou a patamares absurdos como o de 1993 (2.477% ao ano) ou de 1994 (916%), a atuação do PSDB para proteger o bolso dos brasileiros, especialmente os mais humildes, aqueles que mais sofrem com a alta dos preços, foi o pior em 20 anos. Quando os dados são expurgados do prestígio e da preferência que a maioria dos analistas devota dos economistas ligados ao PSDB, verifica-se que a realidade é muito diferente. Coube ao governo de FHC cravar as piores médias do período.
Colocando a avaliação no plano puramente inflacionário, está claro que os melhores números foram obtidos nos dois mandatos de Lula. O governo Dilma fica em terceiro lugar, enquanto o governo FHC ocupa as piores posições.
Alguma dúvida?
Há outros pontos que podem ser lembrados. A reconstituição da vida nos primeiros anos do real descreve um país idílico, sem problemas, sob comando firme e resoluto. Os economistas da época adoram lembrar a inflação de 1998, a menor daquele tempo, sem mencionar que o crescimento foi de 0,04% e em 1999, 0,25%. Imagine onde foi parar o emprego – ainda mais porque a prioridade não era proteger o mercado interno, nem reforçar a renda dos mais pobres, com essas políticas que na visão dos campeões da austeridade só aumentam o déficit público, certo?
Terceiro presidente do Banco Central pós-real, Armínio Fraga anunciou juros a 45% quando tomou posse. Os juros ainda foram a 24,5% em 2002 e, nos primeiros meses de 2003, já no governo Lula, tiveram de ser levado um pouquinho a mais, tamanho o descontrole deixado pelo governo anterior. A credibilidade do país era tão baixa que os candidatos de oposição tiveram de avalizar acordo com FMI que, caso contrário, não faria o empréstimo pedido por FHC no fim do governo. As reservas do país não chegavam a 20% do nível de hoje. Na passagem do primeiro para o segundo mandato, foi preciso que Bill Clinton fizesse um pedido pessoal ao Tesouro norte-americano para que saísse um empréstimo bilionário que impediu a quebra do país.
Vamos compreender que o real teve méritos. Mas não vamos fingir que foi uma glória que não volta mais, certo?
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11 de abril de 2016 às 15:12
Ignorância tem limites.Querer discutir contra números como se fossem um bando de mentiras só porque eles anulam suas convicções, João Ornelas e Neivaldo Vieira Pimenta, seja a ser ridículo. Vocês estão discutindo números claros por causa de um ódio irracional. Quando se discute sem conhecimento do que estão falando, se pesquisa e, depois se argumenta ao contrário, se for o caso. Agora questionar diante de números concretos…
6 de março de 2016 às 20:34
Este tipo de comparação não faz o menor sentido e não mostra o real desempenho de cada governo. O governo PSDB/FHC foi de recuperação e reestruturação do país; o Brasil vivia um caos econômico, financeiro e social. O país vinha de um quadro de hiperinflação que havia sido debelada com o plano Real. As reformas e as dezenas de medidas estruturantes do governo PSDB/FHC com a economia mundial em crise em todo o seu governo e com uma oposição ferrenha encabeçada pelo PT. O real ainda bebê resiste a tudo com medidas muitas vezes impopulares mas extremamente necessárias garantindo a estabilidade da moeda e da economia. O Brasil foi colocado no caminho do desenvolvimento. Lula começou dando sequência as diretrizes do governo FHC, que depois abandonou, desenvolvendo o um governo populista impulsionado pelo bom desempenho da economia. Foi aí neste boom com sua popularidade e muitas mentiras, que o PT desenvolveu o maior se sistema de corrupção governamental que continua até os dias de hoje. Todos os ganhos do governo FHC foi exaurindo nos governos PT Lula/Dilma. O PT nunca pagou a dívida externa pelo contrário ela só cresceu, hoje a dívida externa e interna chega a 3 trilhões. A inflação de 12,53 de 2002 se deveu ao medo do mercado com a expectativa com o governo Lula, foi FHC companheiro e militante esquerdista com Lula que acamou o mercado. VEJA: http://fhcsemeando.blogspot.com.br/p/80-medidas-estruturantes-do-governo-fhc.html
10 de janeiro de 2016 às 1:08
É preciso lavar em consideração que meta principal do Governa de FHC era consolidar o controle da inflação. Teve também que enfrentar uma crise internacional de fato. Houve também muita pressão e até sabotagem por parte do PT para que o controle da inflação fracassasse. Lula navegou em céu de brigadeiro. Tanto é que equipe econômica no primeiro mandato, ele conservou a mesma de FHC. No segundo mandato ele começou a mudar tudo, e fazer besteiras. Entregou para Dilma um abacaxi, que ela não conseguiu descascar até hoje.
15 de junho de 2015 às 20:09
Esse post mostra apenas os números de inflação, e ainda assim FHC perde para Lula e para Dilma… E que tal se fôssemos verificar os números de: PAGAMENTO DA DÍVIDA ESTERNA, CONSTRUÇÃO DE UNIVERSIDADES E ESCOLAS TÉCNICAS, FERROVIAS, RODOVIAS, ESTALEIROS, PORTOS AEROPORTOS, RETOMADA DOS INVESTIMENTOS MILITARES… O governo FHC, ficará parecendo um pontinho preto no nada!!!
14 de junho de 2015 às 17:32
FHC e Fraga se preocuparam primeiramente de encher o cú dos vbanqueiros com juros nas alturas, e depois que coisas pequenas relativas ao país. Com Levy tenho sensação de déja vu.