Fernando Brito, via Tijolaço em 1º/6/2015
A imagem do vídeo publicada pelo Portal Terra com a faixa carregada por um menino e duas meninas, ontem [31/5], no bairro de classe média-alta do Jardim Marajoara, em São Paulo é o retrato dos tempos que estamos vivendo.
Já nem é uma discussão, que deveria ser anacrônica no mundo moderno – excetuados, claro, os fanáticos do Exército Islâmico – sobre a legitimidade ou a eficácia da pena de morte (que, em tese, deveria ter feito dos EUA um dos países menos violentos no mundo), mas sua aplicação, como sugere a faixa, até mesmo a crianças de qualquer idade.
Algo assim semelhante a Herodes.
São três guris que levam a faixa – como na idade deles eu levei pedindo democracia e respeito à dignidade humana – da morte sem idade para ter visto a vida, sequer e dar-lhe o valor que, velhos, nos faz querer conservá-la até o último suspiro.
Era uma marcha pela “paz”.
Paz, como a pax romana dos tempos daquele Herodes, feita com armas e autoritarismo. E com a arma suprema destes tempos, avassaladora: a mídia. Pena de morte, sem limite de idade, a crianças, até.
A esta turma, um pobre ateu feito eu, recomendo a leitura de Mateus 5:20-22:
Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.
Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não matarás”, e “quem matar estará sujeito a julgamento”.
Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: “Racá” [significa desprezível], será levado ao tribunal. E qualquer que disser: “Louco!”, corre o risco de ir para o fogo do inferno.
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2 de junho de 2015 às 20:04
O nível dos escritos em faixas que os atuais manifestantes têm mostrado é uma amostra da debilidade mental dos autores das besteiras publicadas.
2 de junho de 2015 às 19:07
Esses moleques ainda estão “com a fralda grudada na bunda”, devem estar seguindo algum tipo de “débil mental”…
Em tempo: se tivesse escrito, na parte de baixo da faixa, PARA POBRES E NEGROS… Conseguiríamos entender o que se passa na cabecinha “apequenada” dessas crianças, no mínimo criados no vídeo game, assistindo a Xuxa, e sem qualquer assistência de adultos!!!