Via Paraná 247 em 30/4/2015
O senador Roberto Requião (PMDB/PR), que acompanhou, de dentro da Assembleia Legislativa, a repressão promovida pela Polícia Militar do governador Beto Richa, do PSDB, contra os professores estaduais, descreveu, ao 247, o que presenciou.
“Foi um massacre. Uma violência absurda contra idosos, mulheres, jovens… Aqui, em Curitiba, o sentimento é de indignação, perplexidade e revolta.”
Requião foi à Assembleia, acompanhado da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR). Ambos tentaram convencer os parlamentares a não votar o pacote fiscal de Richa, que confisca R$2 bilhões da previdência dos servidores para tapar rombos no orçamento.
“Esse parlamento envergonhou o Paraná. Todos se venderam ao Beto. Votaram em troca de emendas e de pequenas benesses em suas localidades.”
Segundo Requião, embora Richa tenha conseguido aprovar o pacote, ele perdeu as condições morais de permanecer no cargo.
“Não tem a menor condição de governar. Antes desse massacre, a rejeição dele já era de 80%. Agora, vai bater no teto.”
O senador diz que Richa só se mantém no cargo graças ao apoio quase absoluto da imprensa paranaense, que se replica também em veículos nacionais.
“Como é que chamam de confronto um massacre que deixa 200 feridos? Era um elefante contra uma formiga.”
O parlamentar diz, ainda, que o Paraná foi tomado por uma “quadrilha”.
“O Beto elevou a distribuição de dividendos das estatais, como Copel e Sanepar, para os sócios privados e esmagou os professores.”
O que fazer diante desse quadro? Segundo ele, agora os parlamentares pedirão um posicionamento do Ministério da Previdência sobre o confisco de R$2 bilhões dos fundos dos servidores.
Requião avalia que, depois do massacre de 29 de abril, os professores dificilmente retomarão as aulas no Paraná.
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4 de maio de 2015 às 9:33
Eu não entendo por que as instituições democráticas, são tão lentas para tomar uma decisão! A intervenção federal no governo do Estado do Paraná se faz urgente!
2 de maio de 2015 às 9:47
Concordo plenamente com o senhor.Se eles não nos representam e não servem ao povo,devem deixar os cargos . Já o governador deve ser afastado e responder pelo crime de lesão corporal contra os professores.
1 de maio de 2015 às 10:51
Governo que pensa mais no interesse privado que no público não deve ter futuro político. Aliás, nem deveria ser eleito.
Um homem público que, antes de eleito, tem um discurso positivo, e, tão logo eleito, tem outro discurso, negativo, não merece confiança da sociedade.
Deve ser excluído para sempre da política.
Política é uma das coisas mais sérias da sociedade humana.
A velha Grécia já sabia disto, há milênios atrás.
1 de maio de 2015 às 0:37
Beto Richa pode e deve ser acusado de improbidade administrativa ao tentar legalizar um crime financeiro e os deputados estaduais que aprovaram esse pretenso projeto, têm que ser processados por falta de decoro parlamentar. Todos se negaram a ouvir os protestos do Povo, portanto, não têm representatividade para continuarem exercendo seus mandatos. Foram eleitos para servir o Povo, não para o burlar, fraudar e ferir violentamente! A GREVE GERAL É A SOLUÇÃO PRA O PARANÁ se ver livre de escroques que nem esse pseudo governador!
30 de abril de 2015 às 16:54
Eu concordo 100% com o senador Requião, todavia ainda não entendo por que as autoridades constituídas não podem fazer nada para tirar do poder um governador tão irresponsável como esse!