
FHC parece querer transformar seu instituto num Ibad ou um Ipes, os centros de conspiração do golpe de 64.
Presidenta deve denunciar à sociedade que corruptos da oposição que antes operavam para engavetar investigações hoje querem parar a “faxina” e impedir a reforma política. Falta melhorar sua comunicação.
Helena Sthephanowitz, via RBA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do alto de seus 83 anos, tendo vivenciado como poucos brasileiros vivos todos os vícios das estruturas de poder, deveria ser o primeiro a se posicionar a favor de uma reforma política transformadora do grande problema institucional brasileiro, raiz do subdesenvolvimento, do patrimonialismo e da corrupção.
Em vez disso, prega um golpe paraguaio, defendendo o uso do Poder Judiciário como instrumento político para derrubar uma presidenta da República eleita pela maioria dos brasileiros. Quem te viu, quem te vê, FHC. No entardecer da vida, prefere servir aos mesmos golpistas que um dia combateu. E servir-se deles.
Primeiro foi um artigo publicado domingo, dia 1º/2, em dois jornais da imprensa corporativa – de longa tradição em defender golpes de Estado e ditaduras em benefício dos interesses oligárquicos e econômicos próprios – estimulando o golpe por meio do Judiciário. Depois seu advogado encomendou um parecer ao jurista Yves Gandra Martins para fundamentar um eventual processo de impeachment com base não em crimes da presidenta, porque não existem, mas em suposta responsabilidade por crimes dos outros.
Ora, bons advogados colocam no papel qualquer coisa que o dinheiro possa comprar, mas falta combinar com o povo.
Dilma tem suas dificuldades, tem sua cota de impopularidade pela agenda negativa que domina a pauta política e noticiosa (bem menor do que aquela da desvalorização do real e dos escândalos bancários que marcaram os primeiros dias do segundo governo FHC). Mas tem também sua cota de crédito junto à população, pois acabou de ser reeleita. Enquanto isso, a reputação popular do Congresso está bem abaixo da dela, para o Parlamento se credenciar a julgá-la. Digamos que a maioria da população, se tivesse de escolher, preferiria comprar um carro usado de Dilma do que da maioria dos parlamentares.
O povo veria a presidenta como vítima, se julgada por parlamentares acusados diretamente e pessoalmente de corrupção, enquanto não há nada contra ela, nem mesmo sinais exteriores de riqueza. Para piorar o cenário da oposição, alguns deputados e senadores foram demonizados pela própria imprensa adepta do golpismo e pelo noticiário com mensagem antipolítica.
Calada, a presidenta poderia cair, mas cabeças rolariam junto de toda a classe política. Como é impensável que um processo político de impeachment se dê com a presidenta e sua base de apoio calada, ela também tem suas armas para enfrentar um duelo contra o golpe. Se chegasse a esse ponto, ela mesmo poderia dizer em alto e bom som a todo povo brasileiro que estaria sofrendo um golpe justamente dos corruptos da oposição que querem paralisar a “faxina”, para usar uma expressão popular que não deixa margem para dúvidas, e também impedir a reforma política moralizadora. Lembrando ao povo que a oposição que quer derrubá-la é a mesma que quando esteve no governo tucano operava para engavetar as investigações.
Não por acaso, a presidenta incluiu em seu discurso da primeira reunião ministerial e na mensagem ao Congresso na abertura no ano legislativo, o tema corrupção, reiterando a meta proposta durante a campanha eleitoral de enviar leis de endurecimento e que aumentem a eficiência contra a impunidade. Falta melhorar a comunicação governamental para que essa mensagem chegue a todos os brasileiros.
Como se vê, por mais que o ex-presidente venha a querer transformar o instituto que leva seu nome em um Ibad ou Ipes (os centros de conspiração participaram da arquitetura do golpe de 1964), não há chance de dar certo. É dura a vida de aspirante a golpista do ex-presidente FHC no entardecer da vida.
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24 de setembro de 2015 às 18:03
Tenho a mesma idade de meu colega de profissão FHC (quer dizer, continuo sociólogo), acompanho, desde menino, a política nacional e lamento não querer o ex-presidente dedicar sua velhice a causas mais nobres e úteis à humanidade, como tantos ex-presidentes; prefere empregar seu nome às intrigas da paixão política. O despeito e a inveja do “pau-de-arara” apedeuta que se tornou mais famoso que ele impede-lhe marcar seu nome na história. O mundo está aberto a seus talentos, sua cultura; mesmo seu país poderia se beneficiar de sua ação pacificadora de ex-presidente, contribuindo para o aprimoramento de nossas instituições. Satisfaz-lhe, no entanto, um mundo pequeno de lutas partidárias.
7 de fevereiro de 2015 às 21:49
O artigo de Helena Sthephanowitz é primoroso. Com lógica aristotélica, desvenda condutas, seus objetivos e fins, apontando as razões de suas ineficácias. O artigo teve o condão de levar-me a um giro no tempo e no espaço do mundo da política. Veio-me, então, à mente a atuação humanitária do grande político e ex-Presidente norte-americano, Bill Clinton. Ele, que governou, de modo brilhante, um dos países mais democráticos e de maior economia deste Planeta, vem se empenhando em ação humanitária em várias regiões da Terra.
Ele é, certamente, um grande político, que pensa grande e age elevadamente.
Um grande exemplo!
7 de fevereiro de 2015 às 4:18
É muito estranho o comportamento do PT em relação aos sucessivos ataques que vem sofrendo duma solerte oposição instalada em órgãos nevrálgicos do Estado. Na primeira tentativa para depôr Lula, usaram o boca rota do Roberto Jefferson para cantar aos quatro ventos sobre o tal mensalão que na realidade era a corriqueira prática de caixa 2, faltosa, mas não tão grave para alarido tão grande. Os videos que mostraram na época foram todos feitos por gente do Carlinhos Cachoeira que pactuava com figurões instalados no congresso e no judiciário. Depois veio o desenrolar do mensalão que virou AP 470 cozinhada pelo famigerado Quinzão, empossado como ministro do STF e verdadeiro algoz do PT que massacrou seus membros mais importantes como José Dirceu e Genoíno, condenando-os sem provas acusatórias a pesadas penas de prisão e o PT ficou quieto como se nada tivesse acontecido!
Houve mais manobras sujas pelo caminho, mas vamos direto a esta de tentar colocar em movimento um processo de impedimento de Dilma Roussef. Se FHC, o maior traidor da Pátria que o Brasil conheceu, continua transitando pelos jornais dando palpites no governo, é bom lembrar que isso acontece porque Lula ao tomar posse em 2003, deveria ter aberto grande auditoria sobre as tais privatizações que já foram tema de livro onde são todas enumeradas com provas, a Privataria Tucana. Esse sim, foi um capítulo da história brasileira onde FHC grava seu epitáfio de grande traidor e lhe tira toda a credibilidade.para o resto da vida.
Agora é a Petrobras o palco do golpe que pretendem aplicar na presidente por improbidade administrativa? Será mesmo improbidade ou conivência delituosa? Quanta ousada aleivosia lhes é peculiar no dia a dia de semear discórdia e caluniar! E mais uma vez o PT permanece quieto como se carregasse os Bilhões de reais que foram desviados da Petrobras para o PSDB, mesmo durante seus governos! Falta alguém no PT com garra para pôr a boca no trombone e esclarecer as multidões!